tag:blogger.com,1999:blog-71472822611798864462024-02-19T10:58:07.238+00:00O baú da históriaCassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.comBlogger385125tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-13736211209743221412016-12-30T20:11:00.000+00:002016-12-30T20:11:10.974+00:00FELIZ ANO NOVO<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>No ano passado...<br /><br />Já
repararam como é bom dizer "o ano passado"? É como quem
já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem...Tudo
sim, tudo mesmo! Porque, embora nesse "tudo" se incluam
algumas ilusões, a alma está leve, livre, numa extraodinária
sensação de alívio, como só se poderiam sentir as almas
desencarnadas. Mas no ano passado, como eu ia dizendo, ou mais
precisamente, no último dia do ano passado deparei com um despacho
da Associated Press em que, depois de anunciado como se comemoraria
nos diversos países da Europa a chegada do Ano Novo, informava-se o
seguinte, que bem merece um parágrafo à parte:<br /><br />"Na
Itália, quando soarem os sinos à meia-noite, todo mundo atirará
pelas janelas as panelas velhas e os vasos rachados".<br /><br />Ótimo!
O meu ímpeto, modesto mas sincero, foi atirar-me eu próprio pela
janela, tendo apenas no bolso, à guisa de explicação para as
autoridades, um recorte do referido despacho. Mas seria levar muito
longe uma simples metáfora, aliás praticamente irrealizável,
porque resido num andar térreo. E, por outro lado, metáforas a
gente não faz para a Polícia, que só quer saber de coisas
concretas. Metáforas são para aproveitar em versos...<br /><br />Atirei-me,
pois, metaforicamente, pela janela do tricentésimo-sexagésimo-quinto
andar do ano passado.<br />Morri? Não. Ressuscitei. Que isto da
passagem de um ano para outro é um corriqueiro fenômeno de morte e
ressurreição - morte do ano velho e sua ressurreição como ano
novo, morte da nossa vida velha para uma vida nova.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i><a href="https://pensador.uol.com.br/autor/mario_quintana/">Mario
Quintana</a></i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Para todos, um abraço e votos de um Feliz 2017 </i></span>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-24492318420788087852015-12-22T19:29:00.001+00:002015-12-22T19:29:59.552+00:00INVERNO<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiifBlJnofm8njIY_WkSnXD0tB57ErVh8odQRzKQr7Bt4pshANZ_rNU3DxBez15fRT2Y27qmRmOgTvIo419rGECsxrsXF8QuV3BJ7AmNYXZcflu-Aiqd7eEqFU0hXZ0R9AsQ2VpZAcxY9I/s1600/images+4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiifBlJnofm8njIY_WkSnXD0tB57ErVh8odQRzKQr7Bt4pshANZ_rNU3DxBez15fRT2Y27qmRmOgTvIo419rGECsxrsXF8QuV3BJ7AmNYXZcflu-Aiqd7eEqFU0hXZ0R9AsQ2VpZAcxY9I/s1600/images+4.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Velho, velho, velho<br />Chegou o
Inverno.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Vem de sobretudo,<br />Vem de cachecol,</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>O chão onde passa<br />Parece um
lençol.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Esqueceu as luvas<br />Perto do fogão:</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Quando as procurou,<br />Roubara-as um
cão.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Com medo do frio<br />Encosta-se a nós:</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Dai-lhe café quente<br />Senão perde
a voz.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Velho, velho, velho.<br />Chegou o
Inverno.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="__mceDel"></a><span style="font-size: medium;"><i>Eugénio de
Andrade - in</i></span><em><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">
Aquela nuvem e outras</span></i></span></span></em></div>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-22230886793435898662015-12-22T19:22:00.000+00:002015-12-22T19:22:00.517+00:00FELIZ NATAL<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP7IRXmcair2_IkZbX87sskg0FB7h3oOZXcaOURaNOzdNfdtwuVH6MYJ8Zw708c-5IuT7m4TkQeXm2vwpEGjN1rZsULTGUaONqDvlLMzXV2FS4i0co2DxI30TE2K7uavJjZ6HVgq8t3rw/s1600/images+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjP7IRXmcair2_IkZbX87sskg0FB7h3oOZXcaOURaNOzdNfdtwuVH6MYJ8Zw708c-5IuT7m4TkQeXm2vwpEGjN1rZsULTGUaONqDvlLMzXV2FS4i0co2DxI30TE2K7uavJjZ6HVgq8t3rw/s1600/images+3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<h1 align="CENTER" class="western">
<span style="font-size: large;"><i>Oração de Natal</i></span></h1>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que neste Natal,<br />eu possa lembrar
dos que vivem em guerra,<br />e fazer por eles uma prece de paz.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que eu possa lembrar dos que
odeiam,<br />e fazer por eles uma prece de amor.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que eu possa perdoar a todos que me
magoaram,<br />e fazer por eles uma prece de perdão.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que eu lembre dos desesperados,<br />e
faça por eles uma prece de esperança.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que eu esqueça as tristezas do ano
que termina,<br />e faça uma prece de alegria.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Que eu possa acreditar que o mundo
ainda pode ser melhor,<br />e faça por ele uma prece de fé.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Obrigada Senhor<br />Por ter
alimento,<br />quando tantos passam o ano com fome.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Por ter saúde,<br />quando tantos
sofrem neste momento.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Por ter um lar,<br />quando tantos
dormem nas ruas.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Por ser feliz,<br />quando tantos
choram na solidão.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Por ter amor,<br />quantos tantos vivem
no ódio.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Pela minha paz,<br />quando tantos
vivem o horror da guerra.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>tirado de
www.fábulasecontos.com mas não sei quem é o autor</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Para
todos um Santo e Feliz Natal!</b></i></span></div>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-25574105164633089512015-12-08T19:59:00.000+00:002015-12-08T19:59:06.263+00:00Poemas A. Nobre<div style="text-align: center;">
</div>
<h2 align="CENTER" class="western">
<i>Certa Velhinha</i></h2>
<div align="CENTER" style="line-height: 0.79cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: georgia;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><i>Além,
na tapada das Quatorze Cruzes, <br />Que triste velhinha que vae a
passar! <br />Não leva candeia; hoje, o céu não tem luzes...
<br />Cautella, velhinha, não vás tropeçar! <br /><br />Os ventos entoam
cantigas funestas, <br />Relampagos tingem de vermelho o Azul! <br />Aonde
irá ella, n'uma noite d'estas, <br />Com vento da Barra puxado do sul?
<br /><br />Aonde irá ella, pastores! boieiras! <br />Aonde irá ella,
n'uma noite assim? <br />Se for un phantasma, fazei-lhe fogueiras, <br />Se
for uma bruxa, queimae-lhe alecrim! <br /><br />Contava-me aquella que a
tumba já cerra, <br />Que Nossa Senhora, quando a chama alguem,
<br />Escolhe estas noites p'ra descer á Terra, <br />Porque em noites
d'estas não anda ninguem... <br /><br />Além, na tapada das Quatorze
Cruzes, <br />Que linda velhinha que vem a passar! <br />E que olhos
aquelles que parecem luzes! <br />Quaes velas accezas que a vêm a
guiar... <br /><br />Que pobre capinha que leva de rastros, <br />Tão
velha, tão rôta! Que triste viuvez! <br />Mas se lhe dá vento, meu
Deus! tantos astros! <br />É o céu estrellado vestido do envez...
<br /><br />Seu alvo cabello, molhado das chuvas, <br />Parece uma vinha de
luar em flor... <br />Oh cabello em cachos, como cachos de uvas! <br />So
no céu ha uvas com aquella cor... <br /><br />A luz dos seus olhos é
uma luz tamanha <br />Que ao redor espalha divino clarão! <br />Parece
que chove luar na montanha... <br />Que noite de inverno que parece
verão! <br /><br />Além, na tapada das Quatorze Cruzes, <br />Velhinha
tão alta que vem a chegar! <br />Parece uma Torre côada de luzes! <br />Ou
antes a Torre de Marfim, a andar! <br /><br />Não! Não é uma Torre
côada de luzes, <br />Nem antes a Torre de Marfim, a andar, <br />Que
pela tapada das Quatorze Cruzes, <br />N'uma noite destas, eu vejo
passar... <br /><br />Tambem não é, ouve, minha velha ama! <br />Como tu
contavas, a Virgem de Luz: <br />Digo-te ao ouvido como ella se chama,
<br />Mas guarda segredo, que é... </i></span></span></span>
</div>
<ul>
<li><div align="CENTER" style="line-height: 0.79cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: georgia;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><i>Jezus!
Jezus!</i></span></span></span></div>
</li>
</ul>
<div align="LEFT" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><i>António
Nobre - SÓ</i></span></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-5771239667520197012015-11-12T18:38:00.001+00:002015-11-12T18:38:41.084+00:00D. Dulce de Aragão<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaxNB1CXlyHdgRzxo8hvCQzI2aNsh5O_xNUU92PRm3xcntrg4G8dxzf56VEJ8jtKXVufPJwYyutlmBShqtig2wrmRoMbVRaLr1xk6CRf1rl46-QncmL2kZgdy_8HRD98cU0xxogY30GJ8/s1600/rainha_d_dulce.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaxNB1CXlyHdgRzxo8hvCQzI2aNsh5O_xNUU92PRm3xcntrg4G8dxzf56VEJ8jtKXVufPJwYyutlmBShqtig2wrmRoMbVRaLr1xk6CRf1rl46-QncmL2kZgdy_8HRD98cU0xxogY30GJ8/s320/rainha_d_dulce.jpg" width="254" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><i><b>(vinheta
da CVP de 1939) </b></i></span>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Aldonça,
Dulcia, Doce ou Dulce (versões do mesmo nome em documentos
administrativos), a segunda rainha de Portugal, casou em 1174, aos 14
anos de idade, com o então infante D. Sancho, futuro D. Sancho I, de
vinte anos, num casamento de conveniência política, como eram
todos, negociado entre o pai do noivo, o rei português D. Afonso
Henriques e o conde Raimundo Berenguer IV, de Barcelona, pai da
noiva, o Dominador ou Protector do Reino de Aragão.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A
sua mãe, a rainha Petronilha, única herdeira do reino de Aragão,
foi dada com apenas um ou dois anos de idade em casamento ao
conde-rei Raimundo de Barcelona, que contava cerca de 24 ou 27 anos e
um dos mais bravos cavaleiros do seu tempo, com a condição deste
proteger a herança da sua pequenina esposa, sendo-lhe outorgado o
título de Protector do Reino de Aragão, estipulando-se no contrato
de casamento que o futuro filho de ambos herdaria o reino, ou no caso
de não haver descendência, seria o próprio Raimundo o herdeiro. Na
altura em que D. Dulce nasceu, por volta de 1159, já existia o seu
irmão Raimundo Berengário, que ao tornar-se príncipe herdeiro
depois da morte de um irmão mais velho, Pedro,mudará o nome para
Afonso, subindo ao trono de Aragão como Afonso II, tal como fez o
noivo de D. Dulce, o príncipe D. Sancho, nascido Martinho, após a
morte do irmão mais velho, Henrique.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nesta
altura, o reino de Portugal ainda não tinha sido reconhecido como
tal pelo Papa, por isso ter como esposa uma filha de rainha e irmã
de um rei que beneficiara do privilégio de ser ungido pelo Papa
aquando da sua emancipação só podia trazer uma boa ajuda ao
monarca português e a união com uma princesa da linhagem real de
Aragão, cujo estatuto de reino independente já tinha sido
reconhecido em 1095, só prestigiava a própria linhagem de D. Sancho
que urgia fazer reconhecer como régia. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Não
sabemos também se ela amou o homem de “meã estatura, mui dobrado
de membros, rosto grande, boca grossa e grande, olhos pretos e
grandes, cabello castanho mui tirante a preto”, que gostava de
caça, de correr touros e dos serões da corte onde não faltavam
jograis e trovadores de que ele fazia parte, poemas e vinho, mas que
D. Dulce agradou ao marido atesta-o os cerca de 15 filhos que os
cronistas lhe apontam, embora só se conheçam onze, e o facto de
apenas se conhecerem filhos bastardos ao rei ou depois da morte da
rainha, como apontam alguns historiadores, ou já nos seus últimos
anos de vida, como referem outros. D. Sancho I apenas sobe ao trono
em 1185, pelo que a primeira década do casamento da rainha é
passada em Coimbra, sendo que depois provavelmente acompanhará a
normal itinerância da corte.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nada
se sabe sobre o dote que trouxe ou das arras que lhe foram
concedidas, e do seu séquito sabe-se que, entre outros, trouxe
Martim de Aragão que aqui se estabeleceu e casou com D. Maria
Reimondo ou Reimondes e uma aia, D. Toda Palazim, talvez filha de D.
Palazim, cavaleiro aragonês e tenente de Saragoça, que a acompanhou
toda a vida e que depois da morte da rainha ajudou a criar os filhos
mais pequenos, sendo-lhe feita por D. Sancho I a doação do reguengo
de Entre Ambos-os-Rios. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Segundo
Luciano Cordeiro, a rainha "Formosa e excellente senhora,
tranquilla e modesta, condizente no carácter com o nome",
gostava de administrar e acrescentar a sua casa, conservando-se
indiferente à política. Suportou as ausências do marido
constantemente em batalha contra os mouros para expansão do reino,
os surtos de fome e as epidemias que o reino atravessou e que
prejudicaram a saúde do seu herdeiro Afonso, o futuro rei leproso.
Aguentou também o feitio inconstante do rei e os seus ciúmes. Diz o
Conde de Sabugosa no seu livro “Donas de Tempos Idos”:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Conta-se
que induzido pelos murmúrios pérfidos de algumas vozes de
invejosos, picados pelo valimento de algum mimoso da côrte, valente
e galenteador. O Rei chegou a suspeitar da fidelidade de sua mulher.
A Regina Dulcia, e a manifestar a intenção de castigá-la e ao
suposto cúmplice. Ficou porém inconsolável pela sua suspeita ao
reconhecer a inocência dos dois, e pesaroso por ter dado ouvidos a
perversos caluniadores.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Dulce
de Aragão estava inocente, e não consta mesmo que, usando dos seus
encantos, quisesse vingar-se das empresas amorosas do marido”.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Se
não há a certeza que a Rainha D. Mafalda, esposa de D. Afonso
Henriques possuísse bens em Portugal, não acontece o mesmo em
relação à sua nora, pois em testamento feito em 1188, quando
tencionava visitar a Palestina, D. Sancho I deixa a sua mulher os
rendimentos de Alenquer, terras do Vouga, de Santa Maria e do Porto;
ignora-se se a rainha gozou os rendimentos de todos estes bens, mas
enquanto a Alenquer, junto a um lugar chamado Marinha fez a rainha
muitas aquisições de terras e courelas que comprou a diversos,
sendo de facto, senhora de Alenquer. Comprou também várias terras
na Beira, adquiriu Ervedel, que doou à albergaria de Poiares, perto
de Coimbra, comprou dezanove casais em Travanca (de Lagos) e as
herdades de Sameice e de Seia, pelo que se pode depreender que no
tempo de D. Sancho I, as rainhas de Portugal já tinham Casa. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Por
mandato do rei outorga algumas cartas e entre elas, em 1192, o foral
aos povoadores de Mortágua.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Era
também uma princesa muito beneficente e piedosa que frequentemente
vestia o hábito da Ordem Terceira, no entanto não fundou nem igreja
nem mosteiro algum, provavelmente porque a relação de D. Sancho I
com o clero foi sempre conflituosa, tendo sido excomungado por várias
vezes. Nos primeiros anos do seu reinado doou um cálice de prata
dourada e pedras preciosas ao Mosteiro de Alcobaça para serviço no
altar-mor conforme consta na inscrição, e outro mais pequeno para
servir nos altares laterais. Juntamente com o marido, em
1187,ofereceu também um outro cálice ao Mosteiro de Santa Marinha
da Costa, em honra de sua sogra, a rainha D. Mafalda, considerada a
fundadora do mosteiro. Na sacristia do Mosteiro de Santa Cruz de
Coimbra conservava-se um anel com uma esmeralda, que se diz ter
pertencido a D. Dulce.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Conhecida
como a “Rainha Fecunda” devido à sua extensa prole, o seu
primeiro herdeiro varão só nasceu ao fim de quase doze anos de
casamento e quando já toda a corte desesperava, apesar das três
infantas já nascidas. Três das suas filhas foram beatificadas,
outras foram rainhas, mas apenas assistiu ao casamento de uma delas,
a sua primeira filha, D. Teresa, rainha de Leão, pois em 1138, o seu
corpo enfraquecido por tantos partos, alguns deles múltiplos, não
resistiu ao últimos deles e à peste que então grassava no país,
tendo falecido, a 26 de Agosto de 1198. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Tanto
D. Sancho como D. Dulce foram sepultado em Santa Cruz de Coimbra, em
sepultura rasa. O rei D. Manuel I mandou levantar o rico mausoléu
que hoje contém os restos do segundo rei de Portugal e supõe-se que
o corpo da rainha se encontre dentro dele, tal como aconteceu com D.
Mafalda.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<i><b><br /></b></i><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Descendência</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.Teresa
(1176-1250), casou com Afonso IX de Leão, fundou o Mosteiro feminino
de Lorvão e foi beatificada em 1705.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Sancha (1177/1180-1229), fundou o Mosteiro de Celas, em Coimbra e foi
beatificada em 1705.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Constança (1182-1186?) morreu em criança</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Afonso (1186- 1223) futuro D. Afonso II de Portugal.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D. Pedro
(1187-1258),chamado de Henrique durante o seu primeiro ano de vida,
casou com Arumbaix, condessa de Urgel, foi senhor feudal de Maiorca.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Fernando (1188-1233), casou com Joana de Constantinopla, condessa da
Flandres e de Hainaut.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Henrique (1190-1191), morreu em criança.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Uma
filha? (1192-?)</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Raimundo(1195-1196?), morreu em criança.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Mafalda (1196-1257), casou com Henrique I de Castela, reestruturou o
Mosteiro de Arouca e o de Bouças e foi beatificada em 1705.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Branca (1198-1240), monja e senhora de Guadalajara, fundou com a irmã
Teresa o Mosteiro de S. Domingos e está sepultada em St. Cruz de
Coimbra.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>D.
Berengária (1198-1220), casou com o rei Valdemar II da Dinamarca.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Talvez
mais dois ou três filhos provavelmente mortos à nascença, ou
gravidezes que não chegaram ao fim, mas não há registos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Fontes:
</span></i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://www.wikipedia.org/"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">www.wikipedia.org</span></i></span></a></u></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>As
Primeiras Rainhas - Colecção Rainhas de Portugal do Circulo de
Leitores </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Oliveira,
Ana Rodrigues – Rainhas Medievais de Portugal</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Benevides,
Francisco da Fonseca – Rainhas de Portugal</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-26590239493923022242015-10-28T18:37:00.001+00:002015-10-28T18:37:39.308+00:00A Batalha de Ponte Mílvio<br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgU_DFjqzszD3CBW_QeWlfK8Gucw1NYT4NIK3YvjEpsKUdO8iudPY0zgfh_6lmskZPODHzIYIKiZbsIuoVhh5OjvQEh8xpNqCwvuu7kzC0W-6dnt973oDOwPxOEcRYgSjLHRf5ALb4oDM/s1600/batalha+da+ponte+m%25C3%25ADlvia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgU_DFjqzszD3CBW_QeWlfK8Gucw1NYT4NIK3YvjEpsKUdO8iudPY0zgfh_6lmskZPODHzIYIKiZbsIuoVhh5OjvQEh8xpNqCwvuu7kzC0W-6dnt973oDOwPxOEcRYgSjLHRf5ALb4oDM/s1600/batalha+da+ponte+m%25C3%25ADlvia.jpg" /></a></div>
<br />
<br />
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Poucas batalhas têm sido tão
autênticos pontos de viragem na História como a batalha hoje
travada em Ponte Mílvio, perto de Roma.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>No início do sec. IV, vários
rivais competiam e combatiam pelo controlo do império romano. Dois
dos mais poderosos eram Constantino (Flavius Valerius Constantinus),
também conhecido como </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Constantino
Magno</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i> ou </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Constantino,
o Grande,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i> que tinha dominado a Gália,
a Britania, e a Germania, e seu cunhado Maxêncio (Marcus Aurelius
Valerius Maxencius Augustus), que se tinha auto-proclamado imperador
e que dominava a Itália, a Hispânia e a África.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em 310, Constantino conquistou a
Hispânia e decidido a apoderar-se de todos os territórios de
Maxêncio desce em 312 até à Itália a fim de eliminar seu cunhado
e fazer-se proclamar imperador em Roma. Instala-se em Mediolano
(Milão) até meio do Verão desse ano, prosseguindo depois a
campanha.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Esperava-se que Maxêncio tentasse a
mesma estratégia que aplicara antes contra os seus inimigos, Severo
e Galério, ou seja, protegido na bem-defendida cidade de Roma, e
esperar que os recursos dos inimigos se esvaíssem num cerco caro e
perigoso. Por razões pouco claras, resolveu enfrentar Constantino a
28 de outubro de 312, numa das pontes que atravessavam o Rio Tibre,
em Roma. Possivelmente, após ter consultado os seus adivinhos, estes
devem ter assumido que o dia 28 de Outubro (o seu dies imperii, o
dia da sua ascensão ao trono a 28 de Outubro de 306), seria o mais
indicado para a batalha. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Segundo os cronistas cristãos do
sec. IV, na véspera do combate, às 12h00, Constantino viu suspensa
nos céus, uma cruz luminosa, mais brilhante que o Sol, com as
palavras </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>In hoc signo vinces (Com este
sinal vencerás!). </b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>Eusébio de
Cesareia, na sua “Vida de Constantino” descreve o sinal como Chi
(Χ) atravessado por RÕ (Ρ) ou </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Chi_Rho"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>☧</i></span></span></a></u></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>,</i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span><span style="font-size: medium;"><i>um símbolo representando as primeiras
duas letras da grafia grega da palavra Cristo (Christos).
Interpretando esta visão como uma mensagem directa de Deus, mandou
bordar o sinal no estandarte imperial assim como nos escudos dos seus
soldados.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>No dia seguinte os dois adversários
defrontaram-se na Ponte Mílvio ou Mílvia, onde as tropas inspiradas
de Constantino obtiveram uma vitória esmagadora; Maxêncio morreu
afogado no Tibre quando, ao fugir do campo de batalha uma ponte
flutuante ruiu sob os seus pés.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>O primeiro resultado desta batalha
foi a reunificação do império romano sob um único governante
(após a derrota de um outro César regional, Licínio, em 324). No
entanto, a consequência de longe a mais duradoura foi a conversão
de Constantino ao Cristianismo. No ano seguinte ao da batalha, ele e
Licínio promulgaram o Édito de Milão, aceitando o Cristianismo por
todo o Império. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Qualquer
que tenha sido a fé individual de Constantino, o fato é que ele
educou os seus filhos no cristianismo, associou a sua dinastia a esta
religião, e deu-lhe uma presença institucional no Estado Romano (a
partir de Constantino, o tribunal do bispo local, <b>a episcopalis
audientia,</b> podia ser escolhida pelas partes de um processo como
tribunal arbitral em lugar do tribunal da cidade). E quanto às suas
profissões de fé pública, num édito do início de seu reinado, em
que garantia liberdade religiosa, ele tratava os pagãos com desdém,
declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma
velha superstição".</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Esta
clara associação da casa imperial ao cristianismo criou uma
situação equívoca, já que o cristianismo se tornou a religião
"pessoal" dos imperadores, que, no entanto, ainda deveriam
regular o exercício do paganismo — o que, para um cristão,
significava transigir com a idolatria. O paganismo retinha ainda
grande força política — especialmente entre as elites educadas do
Ocidente do império — situação que só seria resolvida por um
imperador posterior, Graciano, que renunciaria ao cargo de pontífice
máximo em 379 — sendo assassinado quatro anos depois por um
usurpador, Magno Máximo. Somente após a eliminação de Máximo e
de outro usurpador pagão, Flávio Eugénio, por Teodósio I, é que
o cristianismo se tornaria a única religião oficial (39</i></span>5).</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
imperador romano Constantino influenciou em grande parte a inclusão
na igreja cristã de dogmas baseados em tradições. Uma das mais
conhecidas foi o Édito de Constantino. promulgado em 321, que
determinou oficialmente o domingo como dia de repouso, com exceção
dos lavradores, — medida tomada por Constantino utilizando-se da
sua prerrogativa de, como Sumo Pontífice, fixar o calendário das
festas religiosas, dos dias fastos e nefastos (o trabalho sendo
proibido durante estes últimos). Note-se que o domingo foi escolhido
como dia de repouso, não apenas em função da tradição sabática
judaico-cristã, como também por ser o "dia do Sol" —
uma reminiscência do culto do Sol Invicto de que o imperador era
adepto. Aboliu também a crucificação como forma de castigo, devido
ao seu significado simbólico e quando partia para a guerra, fazia-se
acompanhar de um altar portátil.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Apesar
de a Igreja ter prosperado sob o auspício de Constantino, ela
própria decaiu no primeiro de muitos cismas públicos. Constantino,
após ter unificado o mundo romano, convocou um Primeiro Concílio em
Niceia, um grande centro urbano da parte oriental do império, em
325, um ano depois da queda de Licínio, a fim de unificar a Igreja
cristã, pois com as divergências desta, o seu trono poderia estar
ameaçado pela falta de unidade espiritual entre os romanos. Duas
questões principais foram discutidas em Niceia (atual Iznik): a
questão da Heresia Ariana que dizia que Cristo não era divino, mas
o mais perfeito das criaturas, e também a data da Páscoa, pois até
então não havia um consenso sobre isto. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Foi em
grande parte devido aos esforços de Constantino que o mundo
ocidental se converteu ao Cristianismo tão cedo e tão
completamente. Estranhamente, o Imperador só aceitou receber o
baptismo poucos dias antes de morrer e pelas mãos de um bispo
ariano, Eusébio de Nicomédia.</i></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVjSgRFdMShT8ljVFJq8ttU9IhhE4if_OOQuFnXCe1gv_jmc1n0teqNJTRbXgrfQMMA3BNzYBN-hN7dHZDB8QEl35sDHOXt64JA2DDP-PzlskF84cQd9z-ayP_ircoLoMF_M5krquhez4/s1600/l%25C3%25A1baro.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVjSgRFdMShT8ljVFJq8ttU9IhhE4if_OOQuFnXCe1gv_jmc1n0teqNJTRbXgrfQMMA3BNzYBN-hN7dHZDB8QEl35sDHOXt64JA2DDP-PzlskF84cQd9z-ayP_ircoLoMF_M5krquhez4/s1600/l%25C3%25A1baro.png" /></a></div>
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes: wikipedia,org.</i></span><br />
<span style="font-size: medium;"><i>Marsh, W.B. E Bruce Carrick – 365 Grandes
Historias da História</i></span><br />
<br /><br />
<br />
<br />
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-90799669593271606012015-09-29T20:44:00.000+01:002015-09-29T20:44:13.112+01:00A Batalha de Nicópolis<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU1Jj4FWu2G-FuOwCpOazcb_R2wkJXEDrCOeN_7nA61FT4tjxDOxIHDFIp5vPfvj4mVekepWJ8YpDBiyAdT1OOd539fWsqDnh-0vPNEEiSO_zrcMx3wEMtlEzRtxWGgO1lxI5oH2e59H8/s1600/Nicopol_final_battle_1398.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU1Jj4FWu2G-FuOwCpOazcb_R2wkJXEDrCOeN_7nA61FT4tjxDOxIHDFIp5vPfvj4mVekepWJ8YpDBiyAdT1OOd539fWsqDnh-0vPNEEiSO_zrcMx3wEMtlEzRtxWGgO1lxI5oH2e59H8/s320/Nicopol_final_battle_1398.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Em finais
do sec. XIV, os Turcos Otomanos tinham reduzido o outrora poderoso
império bizantino a pouco mais do que a própria cidade de
Constantinopla. Em 1389, o sultão Murad I tinha vencido os exércitos
sérvios e búlgaros na batalha de Kosovo Polje, terminando assim com
a independência da Sérvia e da Bulgária. O seu império abrangia a
maior parte da península balcânica. Da Arménia e do Cáucaso
estendia-se até ao Adriático. Só as muralhas de Constantinopla
resistiam ainda aos Turcos. No Ocidente, um certo número de países
seguiam com apreensão as conquistas otomanas.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O novo
sultão era agora o temível Bayezid I, ou Bajazet, que tinha
</i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">ascendido
ao sultanato em 1389, após o assassinato do pai, Murad I, por um
nobre sérvio no Kosovo. Uma das suas primeiras medidas é assassinar
todos prisioneiros sérvios capturados na batalha como vingança pelo
assassinato do pai, muito embora o próprio Bayezid tivesse mandado
matar seu irmão Yakub, popular herói das campanhas balcânicas e um
virtual pretendente ao trono otomano</span></i></span><span style="font-size: medium;"><i>.
Apesar de sua falta de piedade com os prisioneiros de guerra
sérvios, e da redução daquele país à condição de vassalo dos
Otomanos, Bayezid consegue uma aliança de paz com o rei Lázaro da
Sérvia, ao tomar em casamento sua filha Olivera Despina, e ao
conceder aos sérvios uma autonomia considerável sob o governo de
Stefan Lazarevic, filho do rei Lázaro. É possível que os sérvios
tenham preferido o protectorado otomano porque os Húngaros já
faziam incursões em território Sérvio planeando conquistar o país
e usá-lo como trincheira contra os Otomanos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Quando da ascensão de Bayezid ao
trono, a Bulgária resumia-se a um estreito polígono entre o Mar
Negro, a cordilheira do Haimos, as fronteiras com a Sérvia e o rio
Danúbio e a Roménia dividia-se em dois reinos: o da Valáquia
(entre os Cárpatos e o Danúbio) e o do Principado da Moldávia (dos
Cárpatos ao Rio Bug do Sul). </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Na tentativa de conquistar
Constantinopla e desejando eliminar os dois estados cristãos ao
norte, de onde poderiam partir expedições de socorro, Bayezid impõe
um cerco à capital bizantina em 1391 e dois anos depois, invade a
Bulgária, tomando a capital Tarnovo</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Cerco_de_Tarnovo"><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>e a maior parte
daquele país, restando livres apenas o Czarado de Vidin</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Czarado_de_Vidin"><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>e o Despotado de
Dobruja. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Todavia, ao cruzar o Danúbio em
1394, é derrotado por Mircea I, comandante das forças romenas, na
Batalha de Rovine. Mircea ocupa temporariamente a Dobruja até esta
ser conquistada por Bayezid em 1396. Alcunhado de “O Raio” devido
aos seus repentinos e devastadores ataques, tendo decidido alargar
os seus domínios mais além, em 1395 marchou para Ocidente,
ameaçando directamente a Hungria, governada pelo rei Sigismundo I, o
Sacro Imperador Românico Germânico que chamou em seu socorro os
príncipes e os povos da Europa Ocidental. Em princípios de Julho,
alcançou Nicópolis, uma fortaleza búlgara situada nas margens do
Danúbio que conquistou após um breve cerco aniquilando os
defensores.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Desta
vez, o Papa Bonifácio IX convocou uma cruzada para eliminar a ameaça
muçulmana. A ideia propagou-se com os melhores resultados. Carlos VI
de França prometeu ajuda e os duques de Borgonha reclamavam a honra
de serem psotos à frente de um exército de cruzados. Assim, em
Julho de 1396 Jean de Nevers, o herdeiro da Borgonha conhecido mais
tarde como João Sem-Medo, pôs-se em movimento à testa de um
exército heterogéneo formado por 10.000 franceses, 2000 alemães,
1000 ingleses e grande variedade de soldados provenientes da Polónia,
Áustria, Lombardia e Croácia, bem como um contingente de Cavaleiros
Hospitalários. Marcharam para leste e em Buda juntou-se-lhes um
grande exército de 30.000 húngaros, sob o comando do seu rei
Sigismundo. O objectivo dos Cruzados era nada menos do que expulsar
os Turcos dos Balcãs e depois, através da Anatólia e da Síria,
seguir rumo a Jerusalém para reconquistar a Cidade Santa. O seu
primeiro alvo importante era Nicópolis, recentemente conquistada e
agora ocupada pelos Turcos. À frente deste imponente exército
marchavam oito cavaleiros, escoltando a bandeira da Virgem, cuja
imagem estava rodeada de flores de lis. Os cruzados não tinham
dúvida de que iam exterminar facilmente os inimigos da cristandade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Ao longo
dos séculos, sempre a coragem e a determinação dos Cruzados foi
muito mais forte do que o planeamento e a preparação. A Cruzada de
1396 não constituiu excepção, porque os exércitos europeus não
tinham trazido material de assédio, pelo que foram forçados a
cercar e a isolar Nicópolis, em vez de a subjugar. Este erro deu aos
Turcos várias semanas para segurarem a fortaleza, enquanto esperavam
por reforços que não tardaram a chegar. Resolvido a salvar
Nicópolis, o sultão saiu da Turquia à testa de um grande exército,
que incluía os temíveis janízaros (do turco Yeniçeri ou “Nova
Força”), um contingente de infantaria composto por jovens cristãos
raptados às famílias e obrigados a converter-se ao Islamismo. Era o
chamado “imposto de sangue” imposto pelo Sultão Murad I e
aplicado aos povos cristãos que ficavam sob o jugo otomano. Não
podiam casar e depois de anos de treino intensivo, formavam a guarda
pessoal do Sultão, a quem eram fiéis até à morte e à sua ordem
combatiam até os seus antigos irmãos, sendo considerados a elite do
exército otomano. Depois de se lhe juntarem os aliados sérvios,
Bajazet ocupou posições defensivas na estrada para a cidade, com os
flancos protegidos por fundas ravinas.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Era o dia
25 de Setembro de 1396. Ávidos de sangue e honra, os impacientes
cavaleiros franceses lançaram imediatamente um ataque, não obstante
os conselhos em contrário do rei Sigismundo que propôs que a
infantaria húngara fosse a primeira a atacar. A princípio foram
bem-sucedidos derrotando a infantaria turca e a cavalaria ligeira e
lançando-se sobre os Janízaros. Bruscamente, a cavalaria francesa
foi obrigada a uma paragem; tinham chegado a um campo de estacas
aguçadas cravadas no terreno e tiveram de desmontar dos seus
cavalos esventrados. Mesmo a pé eram combatentes formidáveis,
rompendo a linha dos Janízaros e matando-os aos milhares.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os
Franceses e seus aliados subiram então uma pequena colina, na
esperança de pilharem o acampamento do sultão; mas deram de caras
com a cavalaria pesada otomana ali reunida. Isolados do resto do
exército cristão, foram cercados e chacinados ou aprisionados.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Entretanto,
a infantaria húngara dos Cruzados inicialmente saiu-se melhor,
derrotando as forças turcas à sua frente, antes que os soldados
sérvios de Bajazeto surgissem de emboscada e pusessem em fuga todo o
exército dos Cruzados em pânico.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Apenas
alguns poucos escaparam. O rei Sigismundo fugiu para o Danúbio, onde
embarcou; Jean de Nevers e cerca de vinte e quatro outros cavaleiros
de grande nome e fortuna foram feitos prisioneiro e libertados após
o pagamento dos seus resgates, o que poderia demorar anos. Os
restantes, no dia seguinte à batalha, foram obrigados a desfilar
perante o Sultão furioso pelas baixas sofridas e entregues ao
carrasco, depois de se negarem a converter-se ao Islão, sendo
decapitados na presença do conde da Borgonha e dos outros
cavaleiros. Os cruzados marcharam para o suplício como verdadeiros
mártires. Segundo relatam testemunhas, podiam-se ouvir agradecer a
Deus a graça que lhes fora concedida de morrerem por Ele. Os que
sobraram foram dados aos soldados como escravos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Toda a
cristandade sentiu uma emoção intensa em face do relato do destino
pavoroso reservado aos Cruzados e voltaram a ver-se no Ocidente as
procissões de penitentes conhecidas dos tempos das epidemias da
peste. Poderia o sultão executar a ameaça de levar os seus cavalos
a pastar nos jardins de S. Pedro?</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas
Bajazet que tinha também sofrido pesadas perdas, conquista as
províncias remanescentes da Bulgária e pôs cerco a
Constantinopla. Todavia, em 1401 levanta-se na Ásia um novo império
mongól, liderado por Timur-I-Leng, conhecido na literatura ocidental
como Tamerlão. Este já havia conquistado boa parte da Ásia
Central, todo o Irão e o Cáucaso, e invadira o leste da Anatólia,
alcançando os Otomanos pela retaguarda. Bayezid é obrigado a
abandonar o assédio a Constantinopla e voltar todas as suas forças
para a defesa da Anatólia. Em 20 de Julho de 1402, Bayezid é
derrotado e capturado pelos Mongóis na Batalha de Ancara. Em vão
esperou que os filhos o fossem libertar. Quando após o cativeiro de
nove meses soube que iria ser arrastado em triunfo a Samarcanda, não
pode suportar esta ideia e morreu em 1403 vítima de uma crise de
coração. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os turcos
mantiveram sua pressão sobre Constantinopla que só cairia em 1453
aumentaram o controle sobre os Balcãs e tornaram-se uma grande
ameaça para a Europa Central. A nobreza búlgara foi eliminada –
os aristocratas foram obrigados a aceitar o Islamismo sob pena de
serem executados. Os camponeses foram reduzidos à servidão
sendo-lhes também aplicado o famigerado “imposto de sangue”.
Demoraram cerca de cinco séculos a reconquistarem a sua liberdade! </i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Grimberg, Carl - História Universal</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Marsh, W.B. e Bruce Carrick - 365 Grandes Histórias da História</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>www.wikipedia.org </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-64502401181652707702015-09-15T20:11:00.001+01:002015-09-15T20:11:52.226+01:00O Aniversário da Lua<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
Festival da Lua, também chamado na China de Festival de Meados de
Outono, é um dos principais feriados tradicionais celebrados pelo
povo chinês, ocorrendo sempre no 15º dia do 8º mês lunar do
calendário chinês, (normalmente em meados de setembro no calendário
gregoriano), e que coincide com a Lua Cheia do equinócio de outono
do calendário solar. Este ano o festival celebra-se a 27 de
Setembro.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>É
manifestamente uma festa das colheitas que se querem boas, sendo
tempo de guardar provisões para o Inverno que se aproxima, reservas
alimentares e sementes. a Lua é aqui ainda o símbolo da
fecundidade. A lua é de água, ela é a essência do yin: como o
Sol, é habitada por um animal, que é uma lebre ou um sapo.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>O culto
“oficial” à Lua parece remontar à dinastia Shang (1600 – 1046
a. C.) contudo referências ao festival do Meio de Outono surgem já
nos célebres Ritos de Zhou (Dinastia Zhou do Oeste) altura em que
entre a nobreza e os ricos vingou o hábito de sacrificarem à Lua no
15.º dia da 8.ª Lua. Tornar-se-ia uma festa popular já na Dinastia
Tang (618 – 907) mas é na dinastia seguinte, a Song que a tradição
se enraíza permanecendo até aos nossos dias.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Conta-se
que o Imperador Xuanzong terá feito uma visita pela mão do mestre
Taoista Lo Gong Yuan, até ao “Palácio da Lua” através de uma
ponte que unia a terra à lua através dos céus, ou como consta numa
outra versão, através de um sonho, onde </i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">terá
sido recebido com “música”, “bailarinas” e “bolo lunar”,
que foi então adoptado como símbolo da celebração. O bolo lunar é
sempre redondo ou quadrado, redondo por ser a forma da lua, quadrado,
pelas quatro faces da Lua.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nesse
dia, uma Lua límpida e brilhante paira nas alturas da noite
transparente, de onde contempla a Terra com um sorriso. Nessa Lua
redonda e luminosa mora a bela e solitária deusa Chang E, a mulher
do herói ou semi-deus Hou Yi, o arqueiro que derrotou os nove sóis
e, por isso perdeu a sua imortalidade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Diz a
lenda, há sempre uma lenda, que havia dez sóis na terra que se
substituíam saindo um a cada dia. Um dia, cansados das suas rotinas,
resolveram sair todos de uma vez e o calor foi tanto que as pedras
derretiam, as pessoas morriam e as plantas secavam. Por isso, o
imperador, <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Yao"><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;">Yao</span></span></a>,
implorou ao pai dos sóis, Dijun, que os controlasse. Os sóis não
deram ouvidos a seu pai e por isso ele enviou Houyi para a Terra com
um arco mágico e flechas. Dijun esperava que Hou Yi apenas
assustasse os sóis, mas quando ele viu a devastação causada por
aqueles foi tomado por um acesso de fúria e derrubou nove deles,
restando apenas o atual. Dijun por sua vez ficou furioso e baniu Hou
Yi<span style="font-size: medium;"><b> </b></span>para a Terra
para passar o resto de seus dias como um mortal. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Depois
deter destruído os nove sóis Hou Yi conhece a bela mortal Chang'e
por quem se apaixona e casam-se. Vivem felizes e o archeiro continua
a ensinar a sua arte aos mais necessitados dos seus seguidores para
que estes pudessem com a caça sobreviver e para se defenderem. Um
dia, resolveu ir falar com a Imperatiz-mãe para saber como poderia
novamente tornar-se imortal e conseguir que a sua amada também o
fosse. A viagem foi muito longa e cheia de perigos, mas o nosso herói
venceu todos os obstáculos e conseguiu da imperatriz o elixir da
imortalidade. Se o tomasse junto com a esposa ascenderiam os dois aos
céus.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Feng
Meng, considerado o melhor de todos os discípulos de Hou Yi, era, no
entanto, orgulhoso, invejoso e perverso. Todos os dias desejava que
o seu mestre morresse, pois cobiçava ser considerado o mais exímio
arqueiro do mundo. Contudo, ao saber do elixir que tornava
irrealizável o seu sonho, tenta roubá-lo a Cheng'e aproveitando uma
ausência do mestre. Cheng'e não querendo dividir o elixir com um
homem tão perverso, toma-o e chorando amargamente, voa para a Lua, o
lugar mais próximo da Terra e de onde poderia continuar a ver o seu
amor. </span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Mas
Feng Meng espera por Hou Yi arma-lhe uma emboscada, acabando por o
matar com uma paulada na cabeça e esconde-se, aproveitando a
escuridão, Ao saberem do crime, os habitantes da aldeia ficam
consternados e partem à procura do assassino munidos de lanternas
acesas, acabando por o encontrar. Amarram-no a uma árvore e
matam-no, atravessando-o cada um com uma flecha.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Chang
E continuou a habitar, tal como uma fada celestial, o luxuoso palácio
de Guanghan feito de jade e esmeraldas, mas afastada da Terra e da
companhia de Hou Yi, a sua eternidade tornou-se um mar de amargura,
solidão e sofrimento.</span></i></span></div>
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8bdFAWvB4i61fDML8Rb8868yVxz5g-82PluMBgEFnFLCy81e_REJ_FtquwN5S0ZobNrxbLjAy6WGZT_KWR6-rjVDSywRnfmNahcV6eSaKJWSiL8JqSjn2twi1G3VknCKqWI1svK0Rhag/s1600/festival-da-lua-meio-outono-de-change.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8bdFAWvB4i61fDML8Rb8868yVxz5g-82PluMBgEFnFLCy81e_REJ_FtquwN5S0ZobNrxbLjAy6WGZT_KWR6-rjVDSywRnfmNahcV6eSaKJWSiL8JqSjn2twi1G3VknCKqWI1svK0Rhag/s320/festival-da-lua-meio-outono-de-change.jpg" width="320" /></a></div>
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-78487966707343972842015-09-02T22:06:00.001+01:002015-09-02T22:06:34.689+01:00D. Mafalda<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMHM83TYMCI0iyoB5HIDXzGMjthQ8qsTuKCjRALLY7EcfbGb02-VVmvBXh2smWavZtABiLeUQp24B564vXyZ1rKr2d1j4pQuHzlaBpQGH5NX3CTxsgv_nc1hiee8cVoegMEskkvJEvKEQ/s1600/Mafalda_de_Saboia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMHM83TYMCI0iyoB5HIDXzGMjthQ8qsTuKCjRALLY7EcfbGb02-VVmvBXh2smWavZtABiLeUQp24B564vXyZ1rKr2d1j4pQuHzlaBpQGH5NX3CTxsgv_nc1hiee8cVoegMEskkvJEvKEQ/s320/Mafalda_de_Saboia.jpg" width="200" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: medium;">Mafalda,
Matilde, Mahault ou Mahalda, da vida da primeira rainha de Portugal,
como aliás de algumas outras, sabe-se muito pouco.</span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">Filha
de Amadeu III, conde de Sabóia, Maurienne e Piemonte e da condessa
Mafalda de Albón, ignora-se ao certo o ano e o dia do seu
nascimento, supondo-se que tivesse sido entre 1125 e 1130, pelo que
teria entre 16 ou 20 anos quando se casou em 1146 com D. Afonso
Henriques, que rondaria então os 37 anos de idade, pois a partir
desse ano o seu nome figura, embora como </span></span><span style="font-size: medium;"><b>Mahalda,</b></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">
em todos os documentos públicos do seu tempo, juntamente com o nome
do rei. </span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">
Seu pai tinha participado na 2ª Cruzada, sendo considerado um
príncipe muito piedoso e um fiel Defensor do Papa, e além de D.
Mafalda tinha mais 9 filhos. Pelo lado materno era sobrinha do rei
Luís VII, de França, visto sua mãe ser irmã da rainha Adelaide,
esposa deste soberano. Um seu tio-avô tinha sido Papa entre 1119 e
1124, com o nome de Calisto II e era também bisneta de Berta,
imperatriz da Alemanha, casada com o imperador Henrique IV. </span></span></span></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">Como
todas as princesas da sua época deveria possuir uma cuidada formação
moral e religiosa influenciada pela Ordem de Cister, mas a noiva do
nosso primeiro rei deve ter trazido também, juntamente com as suas
aias e validos, alguma coisa da galantaria e do requinte que se
verificava entre a alta aristocracia tanto de além Pirenéus como de
além Alpes já muito mais sujeita à influência trovadoresca da
França, que em Portugal ainda dava os primeiros passos.</span></span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">As
razões para este consórcio também não estão muito bem
esclarecidas, mas além da Casa de Sabóia ter fortes ligações com
a Casa de Borgonha de que D. Afonso descendia, o rei ganharia um
excelente aliado para a expulsão dos mouros do território
português. Roma também era favorável a esta união e o facto do
monarca se unir matrimonialmente com a filha de um vassalo do
imperador romano-germânico não só o distanciava do imperador
hispânico, como o prestigiava e favorecia a legitimação do reino
junto da Santa Sé.</span></span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Mas
enquanto decorriam as escolhas e as negociações para o matrimónio
do rei, em 1138 ou talvez antes, D. Afonso apaixonou-se por D.
Flâmula ou Chamoa Gomes, sobrinha de Fernão Peres de Trava e filha
de Gomes Nunes de Pombeiro, antigo conde de Toroño. Tinha sido
casada com Paio Soares da Maia, com quem teve 3 filhos. O mais velho,
Pedro Pais foi alferes – mor de D.Afonso entre 1147 e 1169. Após
enviuvar, D. Chamoa entrou para o Mosteiro de Vairão, mas ainda teve
uma relação com D. Mem Rodrigues de Tougues, de quem teve também
um filho. </span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-weight: normal;">É
depois destes acontecimentos que D. Afonso estabelece com ela uma
relação sentimental </span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">da
qual nasceram 2 filhos e que só acaba com o casamento do Rei. Chamoa
foi o grande amor da vida do monarca português que tudo tentou para
casar com ela, mas dado que era “devota, isto é deo vota, votada a
Deus”, nem a Santa Sé teria poder para a desligar dos votos
monásticos. Por outro lado, D. Afonso teria também a oposição dos
barões portugueses que, de maneira nenhuma, quereriam ver uma
sobrinha do conde Fernão Peres de Trava, sentada no trono de
Portugal…</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Atendendo
a todas estas razões e porque era imperioso garantir a sucessão do
trono, D. Afonso Henriques aceita o casamento com D. Mafalda e Chamoa
Gomes retira-se para o convento de Grijó, onde ainda sobreviveu ao
rei. Seria um casamento de conveniência, como era normal na época,
mas os cronistas dizem que era “mui formosa e dotada de muitas
bondades.” Dizem também que tinha mau génio, que a união não
seria muito pacífica, e que a presença da rainha no reino não
estivera isenta de conflitos. </span></span></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">O
mais célebre deu-se com S. Teotónio, prior do Mosteiro de St. Cruz,
de quem se dizia que D. Afonso quando o via, descia do cavalo para
lhe beijar a mão. Diz a tradição que D. Mafalda era de partos
difíceis; assim achando-se uma vez às portas da morte, por ocasião
de estar no último período de gravidez, sem poder nem ter forças
para parir, diz a lenda que mandara chamar S. Teotónio, o qual
deitando-lhe a benção, logo a rainha dera à luz o menino com toda
a facilidade. Um quadro foi mandado fazer, em 1627, pelo prior geral
D. Miguel de Santos Agostinho, para a capela de S. Teotónio na
igreja de Santa Cruz, representando aquele milagre.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">A
Rainha foi depois ao Mosteiro em acção de graças, pela recuperação
do parto, e pretendeu de todos os modos, ver o claustro interior. S.
Teotónio guardava-se das mulheres como se fossem inimigos e nunca
falava com uma sem ter testemunhas, recusou-lhe terminantemente a
entrada por “nem ser coisa de ordem nem de louvável costume,
mulher alguma entrar na morada dos que fugiam ao mundo, senão por
ventura fosse morta nem ser ofício de rainha, nem por Deus lhe seria
reputado a glória fazer tal cousa.” - Em Vida de S. Teotónio,
1968 p.164. Acrescenta Fonseca Benevides, que muitas foram as
desavenças</span></span><span style="color: #663300;"><span style="font-size: medium;">
</span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">entre
a rainha e o prior, a quem perseguiu com o seu ódio e muitas
vexações.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">De
qualquer modo, D. Mafalda cumpriu em pleno o seu papel de
procriadora, dando à luz em 12 anos de casada, sete filhos. O
primogénito herdeiro, a quem foi dado o nome de Henrique, nasceu a 5
de Março de 1147, fruto de um parto difícil e complicado, como
foram todos os seis seguintes. Sucederam-se Urraca (1148), Teresa
(1151), Mafalda (1153), Martinho, futuro Sancho I (1154), João
(1156) e Sancha, nascida em 1157 a quem não chegou a ver pois morreu
dez dias após o seu nascimento.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Não
se conhece qualquer interferência da rainha na vida política do
país. Dedicou-se à educação dos seus filhos e dos bastardos do
rei, que como era uso na altura eram criados juntos e passou pelo
desgosto de ver morrer o seu primogénito. Às mortes do outros três
filhos que morreram jovens, Mafalda, João e Sancha , já não
assistiu, pois já não era deste mundo. </span></span></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Quanto
ao seu casamento, é certo que durante os doze anos que durou, não
se conheceram quaisquer ligações amorosas ao rei, mas dado o feitio
colérico de D. Afonso, sujeito a excessos, violências e
brutalidades e as suas constantes ausências da corte devido aos
combates que teve de travar para a expansão e consolidação do
reino, não deve ter primado pela felicidade...</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Segundo
as poucas notícias que temos dela, são-lhe atribuídas algumas
obras sociais, como a fundação de uma igreja em Marco de Canaveses
juntamente com uma albergaria para peregrinos e pobres “e com boas
portas fechadas porque os peregrinos que ali albergarem não recebam
algum desaguisado. E estarão aí camas boas e limpas em que se
possam bem albergar nove desses peregrinos, aos quais serão dadas
rações de entrada ou de saída e lume e água e sal quanto lhe
fizer mester. E finando-se algum desses peregrinos seja enterrado com
três missas. E com pano e cera.” – La Figaniére, 1859,p.222. </span></span></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Fundou
também o Mosteiro da Costa, sobranceiro a Guimarães. Atribui-se-lhe
o estabelecimento do serviço de dois barcos em Moledo e Porto de
Rei, de modo a proporcionar a travessia do rio Douro, perto de
Lamego. Os barqueiros recebiam pelo serviço as rendas de algumas
propriedades locais pertencentes à rainha e estavam proibidos de
cobrar o que quer que fosse aos passageiros, sob pena de multa ou
prisão. Mandou também construir uma ponte sobre o rio Tâmega e
outra sobre o Douro, em Mesão Frio.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Morreu
a 3 de Dezembro de 1157/1158, provavelmente de complicações do
último parto, com cerca de 32 anos e jaz sepultada na Igreja de St.
Cruz, no mesmo mausoléu do seu marido, que lhe sobreviveu 27 anos. </span></span></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br /></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Descendência:</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><br /></span></i>
</div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
Henrique</b> (1147 – 1155) presumível herdeiro do trono, falecido
aos 8 anos de idade.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.Urraca</b>
( 1148 – 1211?) casada com Fernando II, de Leão e cujo casamento
foi anulado pelo Papa ao fim de onze anos de casamento, por falta de
dispensa de parentesco.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
Teresa </b>(1151 – 1218) também conhecida por Matilde, casou em
primeiras núpcias com o conde Filipe da Flandres em 1184, e depois
com o duque Odo III da Borgonha, de quem se separou, tendo-se tornado
condessa regente da Flandres.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
Mafalda</b> (1153 – 1162) noiva de Afonso II de Aragão, morreu
jovem.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
Martinho, futuro Sancho I</b> (1154-1211) herdeiro do trono de
Portugal, depois da morte do seu irmão Henrique, altura em que lhe
trocaram o nome para Sancho por ser um nome mais usual entre os
monarcas leoneses.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
João</b> (1156 – 1163) falecido ainda criança.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><b>D.
Sancha</b> (1157 – 1167) faleceu aos dez anos.</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Fontes:</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Domingues,
Mário – D. Afonso Henriques</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Freitas
do Amaral, Diogo – D. Afonso Henriques</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Benevides,
Francisco da Fonseca – Rainhas de Portugal</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Oliveira,
Ana Rodrigues – Rainhas Medievais de Portugal</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;">Imagem:
Purl,pt</span></span></span></i></div>
<i><span style="font-family: Times,"Times New Roman",serif;">
</span></i><div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-82047359495115516532015-08-20T23:29:00.002+01:002015-08-20T23:29:56.015+01:00Christina Georgina Rossetti <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlN5ppeA-NW0r4DNNHN487UCHoI62RkwWAjDIzC5Uf6sjHp090mi32Z8IGi5X7hJq_UzXw5UMyExzDYxqMy4b3NOvRgDvSZMCSApwLTK2gyeqxmEKex1-JmWPJ5m7P2kozmMPo0SGowGo/s1600/Christina_Rossetti_2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlN5ppeA-NW0r4DNNHN487UCHoI62RkwWAjDIzC5Uf6sjHp090mi32Z8IGi5X7hJq_UzXw5UMyExzDYxqMy4b3NOvRgDvSZMCSApwLTK2gyeqxmEKex1-JmWPJ5m7P2kozmMPo0SGowGo/s1600/Christina_Rossetti_2.jpg" /></a></td></tr>
<tr align="left"><td class="tr-caption">
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Christina Georgina Rossetti</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
(Londres, 5 de Dezembro de 1830 – Londres, 29 de Dezembro1894), foi
uma poetisa inglesa, filha do escritor e poeta italiano Gabriele
Rossetti (1734-1854), refugiado político do Reino das Duas Sicílias,
casado com Frances Polidori, filha de Gaetano Polidori, secretário
do escritor italiano Alfieri. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Deste casamento nasceram quatro
crianças, sendo Christina a mais nova. Dois dos seus irmãos, Dante
Gabriel Rossetti (1828-1882), pintor e depois poeta e William Michael
(1829-1919), inspector dos impostos e crítico de arte foram os
fundadores em 1848 do movimento pré-rafaelita, também conhecido
como <b>Irmandade Pré-Rafaelita (Pre-Raphaelite Brotherhood ou PBR em
inglês),</b> ou simplemente Pré-Rafaelitas, um grupo artístico
dedicado principalmente à pintura.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Educada em casa, partilha dos
interesses culturais da família e contribui para os jornais
familiares. Anglicana devota, o seu noivado com o pintor James
Collinson, amigo de seu irmão e membro do mesmo movimento é
desfeito em 1850 quando o noivo se converte ao catolicismo, o mesmo
se passando anos mais tarde com outro pretendente, mas porque este
não sabia se era crente. Encerra-se em casa, embora esta seja
frequentada por vários dos amigos dos seus irmãos, como Whistler,
Swinburne, também pertencentes à Irmandade ou Lewis Carrol.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Ao todo, Christina escreveu mais de
1100 poemas, estreando-se aos doze anos com um poema dedicado ao
aniversário de sua mãe. Em 1874, o avô publica-lhe um pequeno
livro de poesia em inglês e italiano. Toda a sua obra acabará sendo
recolhida em Poetical Works, editada em 1904 pelo seu irmão William,
com uma dedicatória.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em 1850 começa a contribuir para a
revista The Germ com cinco textos usando o pseudónimo de Ellen
Alleyn.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em 1862, publica aquele que é tido
por todos como o primeiro grande êxito literário da Irmandade e o
melhor trabalho de Christina (embora lhes tivesse servido de modelo,
nunca foi considerada um membro a tempo inteiro),<b> Goblin Market and
Other Poems (Mercado de Duendes e Outros Poemas).</b> Ilustrado pelo seu
irmão Dante, tem posteriormente diversas edições em Inglaterra e
nos Estados Unidos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em 1883 é-lhe encomendada uma
biografia da poetisa Elizabeth Barrett Browning, que recusa por falta
de cooperação do também poeta Robert Browning, marido de
Elisabeth.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A obra de Christina Rossetti
notabilizou-se pela originalidade, simplicidade, religiosidade e
profundidade sentimental, sendo muita dela atravessada por uma
melancolia por vezes rasando o mórbido.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Morre em Londres a 29 de Dezembro de
1894, de cancro da mama, surgido em 1893.</i></span></div>
</td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: left;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAwRAzOOuo0Elb2vi413_8iiO-F0-N1eaoyg4FHEor0QBRJC9ttQW8ZX1hUdQcqyfPAps_826pju05hwzI5halfsrUn1h4PLaEhkYDnVSdlIS_06RLC2FoOGFN_2GfJaqhmPxyhAFLR8/s1600/christina+Rossetti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNAwRAzOOuo0Elb2vi413_8iiO-F0-N1eaoyg4FHEor0QBRJC9ttQW8ZX1hUdQcqyfPAps_826pju05hwzI5halfsrUn1h4PLaEhkYDnVSdlIS_06RLC2FoOGFN_2GfJaqhmPxyhAFLR8/s1600/christina+Rossetti.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-size: small;">Ilustração de </span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Dante_Gabriel_Rossetti"><span style="font-size: small;">Dante
Gabriel Rossetti</span></a></u></span></span><span style="font-size: small;"> para a
capa de Goblin Market and Other Poems (1862), primeiro de poemas de
Christina Rossetti </span></i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-size: small;">
</span></i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Song</b></i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>When I am
dead, my dearest,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Sing no
sad songs for me;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Plant thou
no roses at my head,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nor shady
cypress tree;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Be the
green grass above me</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>With
showers and dewdrops wet;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>And if
thou wilt, remember,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>And if
thou wilt, forget.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>I shall
not see the shadows,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>I shall
not feel the rain;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>I shall
not hear the nightingale</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Sing on,
as if in pain;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>And
dreaming through the twilight</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>That doth
not rise nor set,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Haply I
may remember</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>And haply
may forget.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Quando
estiver morta, querido amor,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Não
cantes canções tristes por mim,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Não
plantes rosas sobre a minha cabeça,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nem um
ombroso cipreste;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Que nasça
a verde erva sobre mim</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Regada de
gotas e orvalho;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E se te
apetecer, recorda,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E se te
apetecer, esquece.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Eu não
mais verei as sombras,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Não
sentirei a chuva,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nem
ouvirei o rouxinol</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A cantar
como se sofresse;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E sonhando
num crepúsculo</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Que não
nasce nem se põe,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Talvez
possa recordar</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Talvez
possa esquecer.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Christina
Rossetti – in Goblin Market and Other Poems</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes:
wikipedia org.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os Poetas
Pré-Rafaelitas, Antologia Poética – Círculo de Leitores</i></span></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-size: small;"> </span></i></span>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-27896102459328254052015-08-04T22:28:00.001+01:002015-08-04T22:28:34.431+01:00Os Burgueses de Calais<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYt_8GfwA7GxlYxJIg3hKQmEvtMD_JXnxgwNUHAddsy_zDDGD3YZFxTskgdr6L-55XxnL8p2tV39-1_eLZyptiDGk2t9deXv0RAi9fREKBW3HAD64jGR5BuvwPocxHOB8wQ05sTp9gijM/s1600/Burghers_of_Calais_London_50593.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYt_8GfwA7GxlYxJIg3hKQmEvtMD_JXnxgwNUHAddsy_zDDGD3YZFxTskgdr6L-55XxnL8p2tV39-1_eLZyptiDGk2t9deXv0RAi9fREKBW3HAD64jGR5BuvwPocxHOB8wQ05sTp9gijM/s320/Burghers_of_Calais_London_50593.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Uma das 12 cópias do grupo, em
Londres</i></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>O Monumento aos Burgueses de Calais,
que ocupou Rodin durante onze anos, evoca um episódio da Guerra dos
Cem Anos, relatado pelo cronista Froissart nas suas “Crónicas de
França”, (1370-1400).</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A história narra o patriotismo e a
coragem de seis dos mais notáveis cidadãos de Calais, que
voluntariamente se ofereceram como reféns ao rei Eduardo III de
Inglaterra, para que levantasse o cerco da cidade e salvasse as
populações famintas. Rodin retrata estes mártires num momento
crucial, quando se dispunham a abandonar a Praça do Mercado a
caminho da execução.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">O
</span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Cerco de Calais</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">
</span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Eduardo
III, de Inglaterra, que através da sua linhagem materna, reclamava
também o reino de França, invadiu o reino e depois de derrotar os
franceses nas Batalhas de Sluyis em 1340 e de Crécy em 1346,
necessitava de um porto de águas profundas para garantir o
transporte dos abastecimentos provenientes de Inglaterra.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Calais,
situada no Estreito de Dover, no ponto mais estreito do Canal da
Mancha, e sendo a cidade francesa mais próxima da Inglaterra,
</span></i></span><span style="font-size: medium;"><i>estava perfeitamente apropriada
para os propósitos do monarca inglês. Era altamente defensável,
com duplo fosso e muralhas que tinham sido erguidas cem anos antes. A
cidadela no lado noroeste da cidade tinha o seu próprio fosso e
fortificações adicionais. Assim, o rei inglês reivindicou-a por
direito, mediante o seu título de conde de Ponthieu</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A cidade foi cercada no dia <b>3 de
Setembro de 1346</b> por um exército de cerca de 34.000 homens
comandados pelo próprio rei, enquanto que dentro da cidade as forças
francesas comandadas pelo governador Jean de Vienne, contavam apenas
com 7 a 8.000 cidadãos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Apesar da disparidade dos números,
e mesmo sabendo que não conseguiriam ser socorridos pelos seus, os
franceses resistiram heroicamente aguentando o cerco, e capitulando
apenas quando a fome que já grassava na cidade se tornou
insuportável , precisamente no dia <b>4 de Agosto de 1347, onze
meses mais tarde.</b></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Furioso com esta longa demora,
Eduardo III ordenou primeiro a execução em massa dos habitantes,
mas acabou por aceitar poupar-lhes a vida em troca da presença dos
seis homens mais importantes da cidade, descalços, vestidos apenas
com as roupas interiores e de baraço ao pescoço. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Eustache de Saint-Pierre, o mais
velho e rico dos burgueses foi o primeiro a oferecer-se para o
sacrifício, no que foi seguido por Jean d'Aire, que levava a chave
do castelo, Pierre et Jacques de Wissant, Andrieu d’Andres y Jean
de Fiennes.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas no momento em que o rei ia dar o
sinal para serem executados, sua esposa, a rainha Philippa de
Hainaut, que se encontrava grávida e tinha acompanhado o marido
durante o cerco, ao ver os seis infelizes suando de calor e tremendo
de medo pela cólera do rei, cobertos de trapos, com a corda ao
pescoço, trazendo nas mãos as chaves da cidade e do castelo,
ajoelhou-se aos pés do marido, suplicando por misericórdia, em nome
do filho ainda por nascer.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Impressionado com a bondade da
rainha, Eduardo acalmou-se e mandou que os libertassem.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Calais continuou inglesa até ao
reinado de Maria Tudor, quando a França reconquistou definitivamente
a cidade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em Setembro de 1884, o município de
Calais, propôs erigir um monumento, com a ajuda de uma subscrição
nacional, ao heroísmo de Eustache de Saint-Pierre e seus
companheiros. Para isso foram escolhidos dois artistas que não
puderam executar a obra; o primeiro, David d'Angers porque ter
falecido e o segundo, Auguste Clésinger, devido à guerra
Franco-Prussiana. Foi feito então um convite a vários escultores,
Rodin incluído, para apresentarem os seus esboços.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Baseado no relato histórico de
Froissart, o escultor põe mãos à obra, ainda sem um contrato
definitivo. Logo a partir da primeira maquete, impõe-se a noção de
sacrificio colectivo. Não é um burguês de Calais que ele quer
representar, mas sim seis, numa lenta procissão para a morte Os
personagens que todavia não estão individualizados, apresentam-se
num mesmo plano, movendo-se em torno uns dos outros, sem se tocarem e
sem distinção de hierarquias, vestidos com a camisa dos condenados.
Os pés e as mãos das figuras são demasiado grandes para o seu
tamanho e os gestos tetrais ainda mais enfatizam as suas diferentes
atitudes face ao martírio; ira, medo, orgulho...Eustache de
Saint-Pierre, o mais velho, no centro do grupo inclina-se para a
frente, as mãos caídas, pesadas, Jean d'Aire de cabeça erguida,
desafiante, leva nas mãos uma chave enorme, as pernas afastadas,
Andrieu d'Andres leva as mãos à cabeça, em desespero e Jean de
Fiennes, o mais novo e o mais relutante, abre os braços com as mãos
viradas para dentro . O seu vizinho, Pierre Wissant, com a mão
direita levantada e o indicador apontado para si mesmo parece
perguntar: Porquê eu? . Jacques Wissant atrás de Eustache, levanta
a mão numa interrogação ou protesto </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>O grupo forma uma espiral, obrigando
assim o espectador a rodeá-las para que as possa observar na sua
totalidade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Feito em bronze, o monumento é, sem
dúvida alguma, uma das sua obras mais importantes. Foi inaugurado na
Praça do Soldado Desconhecido, diante da prefeitura de Calais, em
1895, apesar das muitas críticas que recebeu.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Actualmente existem vários
exemplares desta famosa escultura no mundo.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes: </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Marsh,
w.b. E Bruce Carrick – 365 grande histórias da História</i></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<cite><span style="font-size: medium;">www.museu.gulbenkian.pt/</span></cite><span style="font-size: medium;">
</span>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="http://www.musee-rodin.fr/"><span style="font-size: medium;"><i>www.musee-rodin.fr</i></span></a></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>wikipedia.org</i></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="LEFT" style="border: none; margin-bottom: 0cm; padding: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="background: #ffffff;">
</span></span></span>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-79318813316019234002015-07-31T18:39:00.001+01:002015-07-31T18:39:48.105+01:00Aniversário blog
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>Hoje</i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
30 de Julho, </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>dia do</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>5º aniversário do blog</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>,
é também internacionalmente comemorado o </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Dia
da Amizade</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i> , o que me deixa muito
feliz. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>A
iniciativa para o estabelecimento de um Dia do Amigo reconhecido
internacionalmente, teve como antecedente histórico a </i></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><a href="https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Cruzada_Mundial_da_Amizade&action=edit&redlink=1"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Cruzada
Mundial da Amizade</span></i></span></span></a></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">,
</span></i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i> uma
campanha a favor da valorização e realce da amizade entre os seres
humanos, de forma a fomentar a cultura da paz, idealizada pelo médico
Ramón Artemio</i></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></span></u></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Bracho
</span></i></span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>em
Puerto Pinasco, Paraguai, a 20 de Junho de 1958, durante um jantar
com um grupo de amigos.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>A
27 de Abril de </i></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/2011"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">2011</span></i></span></span></a></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>,
na </i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Assembleia
Geral das Nações Unidas </span></i></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">(Secção
65),</span></i></span></span></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">
</span></i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>dentro
do tratamento da "Cultura da Paz", reconheceu-se "a
pertinência e a importância da amizade como sentimento nobre e
valioso na vida dos seres humanos de todo o mundo" e decidiu-se
designar como Dia Internacional da Amizade o dia 30 de Julho, em
</i></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>c</i></span></span></u></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>oncordância
com a proposta original promovida pela Cruzada Mundial da Amizade. A
iniciativa foi apresentada conjuntamente por 43 países sendo aceite
unanimemente pela Assembleia Geral. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>No
entanto, há países que celebram este dia a 20 de Julho, data da
chegada do homem à Lua em 1969. O médico argentino Enrique Ernesto
Febbraro enviou cerca de quatro mil cartas para diversos países e
idiomas com o intuito de instituir o Dia do Amigo. Febbraro
considerava a chegada do homem à lua "um feito que demonstra
que se o homem se unir com os seus semelhantes, não há objetivos
impossíveis".</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Em qualquer destas datas os amigos
enviam mensagens de carinho, amizade e afeto aos seus amigos,
agradecendo a amizade e dedicação destes. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Para todos os meus amigos, com o meu
abraço cheio de afecto e um muito obrigado pelo vosso carinho, aqui
vos deixo</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<br /><br />
</div>
<div align="CENTER">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="NDE0NjI"></a><span style="font-size: medium;"><i>O importante da
amizade<br /><br />O importante da amizade não é conhecer o amigo;<br />e
sim saber o que há dentro dele!...<br /><br />Cada amigo novo que
ganhamos na vida, nos aperfeiçoa <br />e enriquece, não pelo que nos
dá, mas pelo <br />quanto descobrimos de nós mesmos.<br /><br />Ser amigo
não é coisa de um dia. São gestos, palavras, <br />sentimentos que
se solidificam no tempo <br />e não se apagam jamais.<br /><br />O amigo
revela, desvenda, conforta.<br />É uma porta sempre aberta em qualquer
situação.<br /><br />O amigo na hora certa, é sol ao meio<br />dia,
estrela na escuridão.<br /><br />O amigo é bússola e rota no
oceano,<br />porto seguro da tripulação.<br /><br />O amigo é o milagre
do calor humano<br />que Deus opera no coração.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<i>(Desconhecido)</i></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7WxP6DV3bftBQ8FfqjaVGpOGAXgVoKx1FHi_oxQ-LswNxYPh4fZ3THu2SEvYZlITnBk-yYfP2qDswWA6vuk2BExJr5H2pQtKUg7zalK_RrDPALtWz3AkEOvZjFuVGJKFrR3XShUXS9_4/s1600/dia+da+amizade.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7WxP6DV3bftBQ8FfqjaVGpOGAXgVoKx1FHi_oxQ-LswNxYPh4fZ3THu2SEvYZlITnBk-yYfP2qDswWA6vuk2BExJr5H2pQtKUg7zalK_RrDPALtWz3AkEOvZjFuVGJKFrR3XShUXS9_4/s320/dia+da+amizade.gif" width="320" /></a></div>
imagem:recadosdanet.com<br />
<br />
PS: Por ontem me ter sido completamente impossível publicar a mensagem do aniversário do blog, a transcrevo-a hoje, com o mesmo sentimento de ontem... <br />
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-429748150118893522015-07-11T20:38:00.000+01:002015-07-11T20:38:32.625+01:00Magna Carta IV<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiViBP2n-G02a0aLJfPOKibYPn9vakhmGGLOc1oN6SHaYRSeZtIJTvvtsBaIOSZSinlSHoU-mr6C9Bn7GA8HJj8IQw1i_gGi9GYtNpciL4Hc17f7hOM9_KdDrrEMQoiVdjcHwP9z8hqwLY/s1600/John%252C_Magna_Carta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiViBP2n-G02a0aLJfPOKibYPn9vakhmGGLOc1oN6SHaYRSeZtIJTvvtsBaIOSZSinlSHoU-mr6C9Bn7GA8HJj8IQw1i_gGi9GYtNpciL4Hc17f7hOM9_KdDrrEMQoiVdjcHwP9z8hqwLY/s320/John%252C_Magna_Carta.jpg" width="215" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Após
a morte do rei Ricardo,que não deixou descendência, sobe ao trono o
seu irmão mais novo, João Sem-Terra, coroado como João I, de
Inglaterra.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Embora no
início do seu reinado procurasse reorganizar as finanças do país,
a sua natureza violenta e cruel, a arrogância e o desprezo com que
tratava os nobres – irlandeses, ingleses e normandos – e a
impopularidade que já o acompanhava, depressa o tornaram odiado pela
maior parte dos seus súbditos. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Uma
má estratégia política e militar resultou na perda da quase
totalidade das suas possessões no norte da França em 1204 e uma
última tentativa em 1214 para recuperar o ducado da Normandia
resultou num fracasso total. Em 1211 entrou também em conflito com o
Papa Inocêncio III ao recusar-se aceitar o candidato nomeado por
este para Arcebispo da Cantuária e ao confiscar os bens
eclesiásticos, o que lhe valeu a excomunhão.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>As
desastrosas campanhas militares exigiam cada vez mais dinheiro e se
em 1207, o rei controlava a sexta parte de todo o dinheiro em
circulação no país, por volta de 1213 era já a metade desse todo
que a Coroa arrecadava, o que não impedia que estivesse arruinada e
o reino a braços com uma forte recessão económica.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Aproveitando-se
desta debilidade interna, os barões do Norte (os chamados
Northeners), ainda não esquecidos do poder que tinham adquirido
durante o período da Anarquia revoltaram-se, pelo que por volta de
1212 o país encontrava-se num quase estado de guerra civil. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
humilhante desfecho do conflito que pôs frente a frente o monarca
inglês e o autoritário Papa acabou por levar ao rubro a cólera de
todos os ingleses. Além da excomunhão, Inocêncio III ameaçou
destronar João I e dar a coroa ao seu rival, o rei Filipe Augusto,
de França, que preparava uma expedição para invadir a Inglaterra.
Perdendo toda a coragem, o rei ajoelhou-se em frente ao legado do
Papa e estendeu-lhe a coroa, o que significava que aceitava a
Inglaterra como um feudo do sumo pontífice, prometendo também pagar
um tributo anual a Roma.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Em
1215, os vassalos romperam o juramento de fidelidade ao rei apoiados
pelos burgueses de Londres e outras cidades seguiram-lhe o exemplo,
tais como Bury, St. Edmunds e St. Albans, conhecidas como Charter
Towns (as cidades da Carta). Liderados pelo Arcebispo da Cantuária,
Stephen Langton, apresentaram ao rei, a 10 de Junho de 1215, um
documento de 63 cláusulas, a que então se deu o nome de “Artigos
dos Barões” (Articles of the Barons), e que foi assinado por ambas
as partes a 19 desse mesmo mês, sendo enviadas cópias para as
cidades mais importantes do país, existindo hoje apenas quatro
delas.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A
cláusula 61, a que os historiadores conhecem como “cláusula de
segurança” e que estipulava a criação de uma comissão de 25
barões encarregada de vigiar a aplicação da Magna Carta,
pressupunha uma humilhação inaceitável para qualquer governante,
pois tornava-o formalmente num refém dos seus próprios súbditos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Imediatamente
depois de ser assinada, a Carta foi praticamente ignorada por ambas
as partes; os barões não levantaram o cerco a Londres e o rei
apelou para o Papa, que excomungou tanto o Arcebispo como os
revoltosos, declarando que o documento “era nulo e vazio de
qualquer conteúdo”, o que levou ao começo da Primeira Guerra dos
Barões que durou de 1215 a 1216, altura da morte de João I.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Para
os seus contemporâneos a Magna Carta foi um fracasso, com aplicação
problemática uma vez que nenhuma das partes tinha a intenção de
cumprir o acordado. </span>Mas os compromissos que continha foram
retomados nas décadas seguintes e, com algumas alterações, acabou
por ser integrada na legislação inglesa.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Curiosamente,
embora as cláusulas da Magna Carta na sua grande maioria tenham sido
anuladas ao longo do tempo, substituídas ou simplesmente tornadas
irrelevantes, 800 anos depois três delas - sobre a liberdade da
igreja de Inglaterra, sobre as liberdades da cidade de Londres e
sobre a recusa da privação de liberdade de forma arbitrária -
continuam em vigor na lei inglesa, provando a imortalidade e invulgar
atualidade de um dos mais importantes documentos da história
universal.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-84654492676974371822015-06-28T20:09:00.001+01:002015-06-28T20:10:14.188+01:00MAGNA CARTA - III<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIaSqg6dREqowMrOdYiaFBbCBqU97-mukFuu-xerRBFJ6uJCdHpuKwTO1frb8Oa1mp7LWpX3M7XaFgQKeL9FzkHyTwnAWGHrRpraMyJFa6QF6lwqQ1JcyhWHVARGZDrjkiZPVbb4o7d4I/s1600/Henry_II_of_England_cropped.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIaSqg6dREqowMrOdYiaFBbCBqU97-mukFuu-xerRBFJ6uJCdHpuKwTO1frb8Oa1mp7LWpX3M7XaFgQKeL9FzkHyTwnAWGHrRpraMyJFa6QF6lwqQ1JcyhWHVARGZDrjkiZPVbb4o7d4I/s320/Henry_II_of_England_cropped.jpg" width="211" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Henrique II</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div align="LEFT" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Henrique
II (1154-1189), filho de Matilde e Godofredo, além de rei de
Inglaterra era também duque da Normandia e é considerado o primeiro
rei da Casa Plantageneta (assim chamada por ter uma flor de giesta –
plant à genêt- nas suas armas) e cabeça do império angevino.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Pelo
lado da mãe possuía a Normandia e a Bretanha; pelo pai, as regiões
do Loire, e, após o seu casamento aos 19 anos com a bela e rica
Leonor de Aquitânia, ex-rainha de França e 12 anos mais velha, o
ducado da Aquitânia de que ela era a herdeira. Por isso, quando
subiu ao trono em 1154, pouco depois do seu casamento, Henrique
governava um vasto país que se estendia das montanhas da Escócia
até aos Pirinéus. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Este
rei iria dar um novo impulso à evolução da sociedade inglesa ao
tentar submeter tanto a nobreza como o clero à autoridade da Coroa.
As suas primeiras medidas foram dirigidas aos nobres que se haviam
tornado imprevisíveis durante a crise. Castelos construídos sem
autorização real foram desmantelados e um novo sistema de colecta
de impostos implementado. A administração pública melhorou
significativamente com o estabelecimento de registos públicos
criados pelo rei. Descentralizou também o exercício da justiça
através de magistrados com poderes de agir em nome da coroa e
implementou o julgamento por júri. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Em
1164, o monarca promulgou uma série de leis conhecidas como <b>As
Constituições de Clarendon – Constitutions of Clarendon.</b>
Estes textos, apresentados no Palácio de Clarendon, em Wiltshire, e
que pretendiam diminuir a independência do clero e a influência de
Roma na política inglesa, tiveram uma grande influência no
posterior desenvolvimento do direito inglês. Entre outras medidas,
determinou que os clérigos fossem julgados em casos de assassinato,
não só por tribunais eclesiásticos, mas também por um tribunal
civil, para assim evitar a sua impunidade. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas
se conseguiu impôr-se aos seus barões, o rei não quis ou não
soube impôr-se aos seus próprios filhos. Da rainha Leonor teve
vários filhos varões e por volta de 1170, sentindo-se doente,
Henrique decidiu separar os seus territórios de forma a serem
herdados pelos diferentes filhos, nada deixando porém ao mais novo,
João, por ser ainda muito jovem e que ficou conhecido por João
Sem-Terra (John Lackland). O resultado foi desastroso uma vez que os
príncipes, apesar do pai ter recuperado a saúde, decidiram mesmo
assim apropriar-se das terras antes da sua morte, o que levou a
vários anos de guerras civis entre pai e filhos, que culminaram após
a morte de Henrique, o Jovem, primeiro e do próprio Henrique II
depois, na coroação de Ricardo, Coração de Leão, como rei de
Inglaterra.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Ricardo
(Oxford, 8 de Setembro de 1157 – Châlus, 6 de Abril de 1199)
durante o seu breve reinado de dez anos, apenas passou vários meses
em solo inglês. Guerreiro brilhante e experiente(aos 16 anos já
comandava o seu próprio exército), educado principalmente por sua
mãe no Ducado de Aquitânia e sem saber falar inglês, foi um dos
principais chefes da 3ª Cruzada, ficando célebre pelas suas
vitórias contra Saladino, embora não conseguisse reconquistar
Jerusalém.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b><span style="font-weight: normal;">Imediatamente
após a subida ao trono, começou a preparar a expedição à Terra
Santa. Para tal, não hesitou em esvaziar o tesouro do pai, cobrar
novos impostos, vender títulos e cargos por somas exorbitantes a
quem os quisesse pagar e até libertar o rei Guilherme I da Escócia
dos seus votos de vassalagem por cerca de 10.000 marcos. Ao partir,
deixou como regente sua mãe, a rainha Leonor, auxiliada pelo seu
irmão mais novo, João.</span></b></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Em
1192, viu-se obrigado a regressar ao reino, devido não só à
atitude do irmão que intentava tirar-lhe o trono, mas principalmente
devido à ameaça pendente sobre as suas possessões francesas,
representada pelo rei Filipe II de França, que lhe cobiçava a
Aquitânia e a Normandia. Preso pelo arquiduque de Áustria, o seu
resgate custou 150.000 marcos ao tesouro de Inglaterra, soma
equivalente ao dobro da renda anual da coroa, o que colocou o país
na absoluta bancarrota e obrigou a muitos impostos adicionais nos
anos seguintes. </span></i></span></b>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<b><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Apesar
do esforço do país para o libertar, Ricardo abandonou a Inglaterra
de novo ainda no mesmo ano de 1194 para lidar com os problemas
fronteiriços com a França nos territórios do continente, mas é
morto por uma flecha quando cercava o castelo de Châlus, em 1199.</span></i></span></b></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqRsgPBxJBk_nG5xqwAwPaO9bSA276K0edFw9Htnd6rheVDBVj8qvexXBcR3uKIc5djAwEbVm-M1j7xtYWHYJSJXNZgzAEqghhcye35qydE7althe5GlFKcoPRygVrbKCUBoSq4SckZpA/s1600/ricardo+cora%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+le%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqRsgPBxJBk_nG5xqwAwPaO9bSA276K0edFw9Htnd6rheVDBVj8qvexXBcR3uKIc5djAwEbVm-M1j7xtYWHYJSJXNZgzAEqghhcye35qydE7althe5GlFKcoPRygVrbKCUBoSq4SckZpA/s320/ricardo+cora%25C3%25A7%25C3%25A3o+de+le%25C3%25A3o.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ricardo, Coração de Leão</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-84431294719561753822015-06-19T20:14:00.002+01:002015-06-19T20:14:48.013+01:00MAGNA CARTA – II<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgWLgl-tB2BhYC_YlX6_2_HKHv_A0ykAymSGixmqF-djDqId647Zgy-6ziYJ4-KOBkcmKQSO6lFQt5gnIgxrTa2nA91hp6VlMpH9ve5-vZEpiwLM5q5uE1RySbxv66DEf9ezqdJ5uKE-8/s1600/henrique+I.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgWLgl-tB2BhYC_YlX6_2_HKHv_A0ykAymSGixmqF-djDqId647Zgy-6ziYJ4-KOBkcmKQSO6lFQt5gnIgxrTa2nA91hp6VlMpH9ve5-vZEpiwLM5q5uE1RySbxv66DEf9ezqdJ5uKE-8/s1600/henrique+I.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Henrique I</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Em 1066,
Guilherme, duque da Normandia, invade a Inglaterra, derrotando o rei
Harold Godwinson na Batalha de Hastings e sobe ao trono com o nome de
Guilherme I, o Conquistador. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Para
poder cumprir as suas promessas feitas aos cavaleiros ávidos de
saque que o acompanhavam, declarou traidores todos os que pegaram em
armas contra ele, e todas as terras que o rei não conservou para si,
distribuiu-as pelos seus vassalos normandos, a título de feudos,
introduzindo assim o sistema feudal na Inglaterra.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Embora
Guilherme permitisse inicialmente aos nobres ingleses manter suas
terras em troca da sua submissão. em 1070 a nobreza nativa tinha
deixado de ser parte integrante da paisagem inglesa, e em 1086,
apenas controlava 8% das suas propriedades originais. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Oprimidos,
espoliados das suas terras e dos bens, vendidos como escravos ou
reduzidos à situação de servos dos grandes senhores, os
Anglo-Saxões, desesperados, por diversas vezes se revoltaram, mas
as suas revoltas foram afogadas em sangue. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
ódio aos conquistadores exprime-se nas narrativas populares
relativas ao nobre salteador Robin Hood, que vivendo à margem da
lei, distribuía pelos pobres o dinheiro que tirava aos ricos</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Apenas
com o decorrer do tempo o ódio entre Anglo-Saxões e Normandos
diminuiu; foi preciso século e meio para que estes dois povos se
fundissem num único povo </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>inglês</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">
e que o idioma misto, que se transformou na língua inglesa, se
consolidasse. </span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os
sucessores de Guilherme, o Conquistador foram os seus outros filhos,
que herdaram do pai a força brutal e o egoísmo impiedoso, assim
como parte do seu talento de homem de estado, principalmente o mais
novo, que subiu ao trono como Henrique I, reinou de 1100 a 1135 e
consolidou o reino de Inglaterra frente a galeses e escoceses. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">De
acordo com a tradição inglesa e para legitimar o seu reinado,
Henrique emitiu uma carta régia, também conhecida como Carta das
Liberdades (Charter of Liberties), em que garantia os direitos da
nobreza e prometia “abolir todos os maus costumes pelos quais o
Reino de Inglaterra era injustamente oprimido.” Apresentou-se
como tendo restaurado a ordem a um país devastado por dificuldades e
anunciou que iria abandonar as políticas de Guilherme em relação à
igreja, que eram vistas como opressivas pelo clero; prometeu também
evitar os abusos reais dos direitos de propriedade dos barões,
garantindo uma volta aos costumes gentis de Eduardo o Confessor,
afirmando também que iria “estabelecer uma paz firme" por
toda a Inglaterra, e ordenando que essa paz fosse mantida. </span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Apesar
da Carta das Liberdades ser praticamente ignorada durante mais de um
século (até ser recuperada para servir de base à Magna
Carta),Henrique I sempre se esforçou por consolidar a sua autoridade
mais pela força do Direito do que pela força das armas. Em 1120,
sofre uma tragédia pessoal e política com a morte do seu único
filho varão de apenas 17 anos de idade, Guilherme Adelin
(1103-1120), no naufrágio do “White Ship”, no rio Sena, pelo que
para evitar uma guerra de sucessão, e apesar de ter vários filhos
ilegítimos, nomeia como sucessora a sua filha Matilde, viúva de
Henrique V, imperador do Sacro Império, casada em segundas núpcias
com um conde angevino Godofredo de Anjou, obrigando os nobres, por
duas vezes, a jurarem-lhe fidelidade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>As
consequências foram terríveis; após a morte do rei em 1135 devida
a uma intoxicação alimentar provocada pela ingestão de lampreias
estragadas, o acesso de uma mulher ao trono, facto inédito em
Inglaterra, provocou uma insurreição popular apoiada por grande
parte dos nobres e pela igreja, que depressa deflagrou numa guerra
civil, entre os partidários da rainha, que se intitulou de Imperatiz
Matilde, apoiada pelo seu meio-irmão Robert, conde de Gloucester, e
os de Estêvão de Blois, sobrinho do falecido monarca, que na
ausência de Matilde se fez coroar rei de Inglaterra e era apoiado
pela maioria dos nobres e pelo clero.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Entre
1135 e 1154, a Inglaterra esteve a ferro e fogo, numa guerra tão
selvagem que ficou conhecida como “A Anarquia”. Por incrível que
pareça, a guerra terminou, não pela vitória militar de uma das
partes, mas porque, alguns barões e notáveis do país se recusaram
a continuar uma luta inútil, dispendiosa e excessivamente longa e
impuseram aos dois monarcas em litígio, em 1153 o Tratado de
Winchester (o Wallingford), em que após a morte de Estêvão de
Blois, o sucessor seria, não o seu herdeiro, mas o filho de Matilde,
o jovem Henrique, coroado em 1154 como Henrique II Plantagenet.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Esta
imposição dos nobres seria, em grande medida, o gérmen da atitude
que os barões tomariam em 1212...</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtCFVslPxG5f-473ASG0w6up9bw2Hh6-UTHpr-1KE77NhVcC8in8Q2PL6We0J4TjEad-yr_5NrbuDgKL6Q9bFgTlkgkXsjFRL1PoLtjq0upa2ToW1azp4WIvtTIlFqB-cZhGV8lO1kAXo/s1600/godofredo+e+matilde.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtCFVslPxG5f-473ASG0w6up9bw2Hh6-UTHpr-1KE77NhVcC8in8Q2PL6We0J4TjEad-yr_5NrbuDgKL6Q9bFgTlkgkXsjFRL1PoLtjq0upa2ToW1azp4WIvtTIlFqB-cZhGV8lO1kAXo/s320/godofredo+e+matilde.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Godofredo e Matilde</td></tr>
</tbody></table>
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-77753238598655147072015-06-15T21:02:00.000+01:002015-06-19T20:15:15.765+01:00MAGNA CARTA – I<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-UmrBUK9DDceGDogNcG2TZ0WtqxomyPA7IdN5eTjDbHL1mJ0wSDKJa3L6pWbtZOxLOtS0Gdzba2uguSs5qA2LYMTQN6NsCcprLX8KkbwZP5UxGwA8B4dDb4UKHd23ay08PYGT-fL2dX4/s1600/Magna+Carta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-UmrBUK9DDceGDogNcG2TZ0WtqxomyPA7IdN5eTjDbHL1mJ0wSDKJa3L6pWbtZOxLOtS0Gdzba2uguSs5qA2LYMTQN6NsCcprLX8KkbwZP5UxGwA8B4dDb4UKHd23ay08PYGT-fL2dX4/s1600/Magna+Carta.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Articles of the Barons 1215</td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: left;"><div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-size: medium;"><i><b>Nenhum
homem livre poderá ser detido, preso, declarado fora da lei, exilado
ou punido de qualquer outra forma sem primeiro ter sido julgado pelos
seus pares, segundo as leis do reino”. </b></i></span>
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">É
este artigo que diz respeito à protecção da liberdade pessoal do
cidadão contra o abuso do poder, o ponto principal do histórico
documento chamado de “Articles of the Barons” apresentado a 10 de
Junho de 1215, ao rei inglês João Sem-Terra pelos revoltados barões
ingleses que cercavam Londres, e assinado pelo monarca a 15 do mesmo
mês, faz hoje 800 anos, nos prados de Runnymede, nas margens do rio
Tamisa, e que ficou conhecido pelo nome de </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Magna
Carta.</b></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Depois
de aposto o selo real, os barões extraíram várias cópias do
documento que enviaram para todos os condados e a 19 de Junho os
nobres renovaram os seus votos de lealdade para com o rei.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Embora
na realidade, neste documento, </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>homem
livre</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">
significasse </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>homem nobre</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
e sancionasse os privilégios dos senhores feudais e dos príncipes
da Igreja, com o andar dos tempos, a consciência popular
considerou-o como extensível a todo o povo inglês, e apesar de,
naquela altura, ter sido ignorado por ambas as partes, tornou-se
séculos depois, um dos fundamentos do constitucionalismo.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Escrita
em latim, o documento assinado e cujo nome completo é </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Magna
Charta Libertatum, seu Concordiam inter regem Johannen at barones pro
concessione libertatum ecclesiae et regni angliae (Grande Carta das
liberdades, ou concórdia entre o rei João e os barões para a
outorga das liberdades da Igreja e do rei Inglês)</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
continha mais 62 artigos, que focavam aspectos muito concretos,
considerados então igualmente importantes, garantia certas
liberdades políticas inglesas e continha disposições que tornavam
a Igreja livre da ingerência da monarquia, reformavam o direito e a
justiça e regulavam o comportamento dos funcionários reais:</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
art. 40 diz: "A ninguém venderemos, a ninguém recusaremos ou
atrasaremos, direito ou justiça."</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
art. 35, impunha uma única de medida para o vinho, a cerveja e o
cereal a vigorar em todo o reino, o chamado “quarto de Londres”
(London quart).</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os
arts. 30 e 31, proibiam a confiscação arbitrária de carros,
cavalos, casas ou bosques, pelo rei ou pelos barões.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Nos
arts. 2 e 3 estipulava-se uma forma primitiva do Direito das
Sucessões.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
art. 8 garantia que nenhuma viúva seria obrigada a contrair novo
matrimónio contra a sua vontade.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>No
art. 17 estabeleciam-se tribunais de justiça geográficamente
estáveis, isto é, não seguiriam a Corte itinerante do rei, e no
art. 45 exigia-se a que as autoridades judiciais nomeadas para essas
zonas tivessem um conhecimento profundo das leis e dos costumes
locais.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">A
Carta declarava também que o suserano não seria autorizado a lançar
impostos, além daqueles há muito considerados legais, sem a
aprovação de um Grande Conselho composto pelos vassalos do rei e
pelos dignitários eclesiásticos. Esta assembleia, que em breve
receberia o nome de </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Parlamento</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
seria convocada por decreto real. Como a burguesia tinha participado
no movimento pela liberdade, a </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Magna
Carta </b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">confirmava
os antigos direitos e privilégios das cidades.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas,
sem dúvida alguma, o artigo mais gravoso para o rei, que limitava a
sua autoridade e lhe impunha uma humilhação inaceitável para
qualquer monarca, era o art. 61, o chamado “artigo de segurança”,
que estipulava a criação de uma comissão de 25 barões
encarregados de assegurar que a Carta seria respeitada por ambas as
partes, e o direito à rebelião armada por parte desses mesmos
nobres caso o rei faltasse à palavra dada.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Devido a
uma união perfeita, as classes emancipadas da nação inglesa
conseguiram forçar o tirano a inclinar-se perante a lei. Este facto
iria contrabalançar o princípio feudal da fidelidade incondicional
dos vassalos. Na realidade, a Magna Carta representou na altura, não
tanto uma carta de liberdades, mas uma vitória simbólica da
aristocracia contra um rei odiado por todos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas
porquê? Como foi possível que em pleno sec. XIII um documento
destes pudesse ser firmado e quem era João Sem- Terra?</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Para o
compreendermos teremos de voltar cerca de um século atrás...</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY">
<br />
<br /></div>
</td><td style="text-align: center;"></td><td style="text-align: center;"></td><td style="text-align: center;"></td><td style="text-align: center;"></td><td style="text-align: center;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td><td style="text-align: justify;"></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-80935961564152001952015-06-01T21:16:00.003+01:002015-06-01T21:16:59.504+01:00O Dia da Criança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVf7_prXJ4GWs2m9bJsRQSy2HMjDDr8GGjU7r3PxSMI_NOZD13yyPXdgsCNnYRLQ5LyDbzrfK-EWBf7PQ22aQvL-dwfc4yiLyUI9H77JmpQZ2famZAjuyo01Gp0DKTXmrG0EB0-AOPeL4/s1600/crian%25C3%25A7as.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVf7_prXJ4GWs2m9bJsRQSy2HMjDDr8GGjU7r3PxSMI_NOZD13yyPXdgsCNnYRLQ5LyDbzrfK-EWBf7PQ22aQvL-dwfc4yiLyUI9H77JmpQZ2famZAjuyo01Gp0DKTXmrG0EB0-AOPeL4/s1600/crian%25C3%25A7as.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>O Direito das Crianças <br /><br />Toda
criança no mundo<br />Deve ser bem protegida<br />Contra os rigores do
tempo<br />Contra os rigores da vida.<br /><br />Criança tem que ter
nome<br />Criança tem que ter lar<br />Ter saúde e não ter fome<br />Ter
segurança e estudar.<br /><br />Não é questão de querer<br />Nem
questão de concordar<br />Os diretos das crianças<br />Todos tem de
respeitar.<br /><br />Tem direito à atenção<br />Direito de não ter
medos<br />Direito a livros e a pão <br />Direito de ter
brinquedos.<br /><br />Mas criança também tem <br />O direito de
sorrir.<br />Correr na beira do mar,<br />Ter lápis de colorir...<br /><br />Ver
uma estrela cadente, <br />Filme que tenha robô,<br />Ganhar um lindo
presente,<br />Ouvir histórias do avô.<br /><br />Descer do
escorregador,<br />Fazer bolha de sabão,<br />Sorvete, se faz
calor,<br />Brincar de adivinhação.<br /><br />Morango com chantilly,<br />Ver
mágico de cartola,<br />O canto do bem-te-vi,<br />Bola, bola,bola,
bola!<br /><br />Lamber fundo da panela<br />Ser tratada com afeição<br />Ser
alegre e tagarela<br />Poder também dizer não!<br /><br />Carrinho,
jogos, bonecas,<br />Montar um jogo de armar,<br />Amarelinha, petecas,<br />E
uma corda de pular.</i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i>Ruth Rocha </i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Ruth Rocha nasceu em S. Paulo a 2 de
Março de 1931, sendo uma das mais importantes escritoras da
literatura infanto-juvenil brasileira. É formada em Sociologia
Política, iniciando a sua carreira de escritora em 1976, com o livro
“Palavras muitas Palavras”. Porém a sua obra mais famosa é o
best-seller “Marcelo, Marmelo, Martelo”, que foi traduzido para
diversas línguas e vendeu mais de um milhão de exemplares. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas a sua escrita é também rica em
conteúdos sociais, como por exemplo, o livro "Uma História de
Rabos Presos", lançado no Congresso Nacional brasileiro, em
1989. Em 1990, lançou na sede das Organizações das Nações Unidas
o livro "Declaração Universal dos Direitos Humanos Para
Crianças".</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Foi condecorada em 1998, pelo então
Presidente Fernando Henrique Cardoso, com a Comenda da Ordem do
Ministério da Cultura. Ganhou quatro prêmios Jabuti, com destaque
para o livro "Escrever e Criar", lançado em 2002.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="cite_ref-1"></a><span style="font-size: medium;"><i>É
membro da Academia Paulista de Letras desde 25 de outubro de
2007,ocupando a cadeira 38. Foi também escolhida em 2002 para
fazer parte do PEN CLUB-Associação Mundial de escritores,
localizada no Rio de Janeiro.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<span style="font-size: medium;"><i>Obras da Autora:</i></span><br />
<span style="font-size: medium;"><i>Marcelo, Marmelo, Martelo<br />Mil
Pássaros<br />Almanaque Ruth Rocha<br />O Macaco Bombeiro<br />Este
Admirável Mundo Novo<br />O Coelhinho Que Não Era de Páscoa<br />O
Velho, O Menino e o Burro<br />O Sistema de Caderninho
Preto<br />Armandinho, o Juiz<br />A Rua do Marcelo<br />A Menina Que
Aprendeu a Voar<br />Gabriela e a Titia<br />Viva a Macacada<br />O Que é,
O Que é?<br />De Hora em Hora<br />Solta o Sabiá<br />Faz Muito Tempo<br />O
Gato e a Árvore<br />Atras da Porta</i></span><br /><span style="font-size: medium;"><i>O
Menino Que Quase Morreu Afogado no Lixo<br />Como se Fosse Dinheiro<br />As
Coisas Que Agente Fala<br />Palavras Muitas Palavras<br />Uma História
de Rabos Presos<br />Declaração Universal dos Direitos Humanos Para
Crianças<br />Pessoinhas - Natureza e Sociedade<br />Pessoinhas -
Matemática<br />A Arte de se Expressar Bem em Público<br />Escrever e
Criar, Uma Nova Proposta<br />Minidicionário da Língua Portuguesa</i></span><br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div align="CENTER">
<span style="font-size: medium;"><i> </i></span>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-50059545257029187212015-04-22T20:46:00.001+01:002015-04-22T20:46:38.682+01:00A TERRA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjSuxC8LmxSR1c4ZqRLQQ7AZqle9ReeHMX5clYLKFEUlHWEK0nGzPdYRJte1VTH7PGY-N6Z9UsTbw13x69b5BynfhWg1MBcKrge6-cizGbywSAZQpE5FEWl1kwxRixU5AeOiCesMjwKZ4/s1600/MaeTerra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjSuxC8LmxSR1c4ZqRLQQ7AZqle9ReeHMX5clYLKFEUlHWEK0nGzPdYRJte1VTH7PGY-N6Z9UsTbw13x69b5BynfhWg1MBcKrge6-cizGbywSAZQpE5FEWl1kwxRixU5AeOiCesMjwKZ4/s1600/MaeTerra.jpg" height="320" width="241" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b>O
Cântico da Terra</b></i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Eu
sou a terra, eu sou a vida.<br />Do meu barro primeiro veio o homem.<br />De
mim veio a mulher e veio o amor.<br />Veio a árvore, veio a fonte.<br />Vem
o fruto e vem a flor. </i></span></span>
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Eu
sou a fonte original de toda vida.<br />Sou o chão que se prende à
tua casa.<br />Sou a telha da coberta de teu lar.<br />A mina constante
de teu poço.<br />Sou a espiga generosa de teu gado<br />e certeza
tranqüila ao teu esforço.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Sou
a razão de tua vida.<br />De mim vieste pela mão do Criador,<br />e a
mim tu voltarás no fim da lida.<br />Só em mim acharás descanso e
Paz.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Eu
sou a grande Mãe Universal.<br />Tua filha, tua noiva e desposada.<br />A
mulher e o ventre que fecundas.<br />Sou a gleba, a gestação, eu sou
o amor.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>A
ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.<br />Teu arado, tua foice, teu
machado.<br />O berço pequenino de teu filho.<br />O algodão de tua
veste<br />e o pão de tua casa.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>E
um dia bem distante<br />a mim tu voltarás.<br />E no canteiro materno
de meu seio<br />tranquilo dormirás.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Plantemos
a roça.<br />Lavremos a gleba.<br />Cuidemos do ninho,<br />do gado e da
tulha.<br />Fartura teremos<br />e donos de sítio<br />felizes seremos.</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0.5cm;">
<br /><br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Cora
Coralina</i></span></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>O <b>Dia
da Terra</b> foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson,
um activista ambiental, tendo por finalidade criar uma consciência
comum para os problemas que afligem a Terra, depois de verificar as
consequências do desastre petrolífero de Santa Barbara, na
Califórnia, ocorrido em 1969. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Na
primeira manifestação que teve lugar no dia 22 de Abril de 1970,
para a criação de uma agenda ambiental, participaram duas mil
universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas
de comunidades. A pressão social teve sucesso e o governos dos
Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental
(Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à
proteção do meio ambiente. Em 2009 as Nações Unidas instituíram
o Dia Internacional da Mãe Terra. </span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
“<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">...A
informação sobre as possíveis ameaças em resultado do
desenvolvimento insustentável parece não assustar a humanidade.
Afinal, a Terra continua a dar-nos água, alimento (mais para uns do
que para outros), recursos vários.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>O ponto de não retorno ainda não
foi atingido e a “teoria de Gaia”, proposta por James Lovelock,
parece continuar a resultar: o planeta Terra mostra resiliência,
como se se tratasse dum superorganismo, apesar de todos os riscos que
o Homem lhe faz correr. Lembra a história de </i></span><em><span style="font-size: medium;"><i>Pedro
e o Lobo</i></span></em><span style="font-size: medium;"><i>. Os lenhadores não
acreditavam nas partidas que o Pedro pregava, porque não havia lobo,
o problema foi quando ele apareceu mesmo. No caso do nosso planeta,
os cientistas avisam, não para pregar partidas, mas para alertar
para os riscos e consequências das nossas opções...” - (Excerto
de um Artigo publicado no Jornal “O Público” na coluna Opinião,
pela Prof. Dra. Maria Amélia Martins-Loução).</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Astronomicamente, a nossa Mãe Terra
é o terceiro planeta a contar do Sol, </i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">o
mais denso e o quinto maior dos oito planetas do Sistema Solar, sendo
também conhecido por Planeta Azul. É também o maior dos quatro
planetas telúricos e (até agora), o único onde é conhecida a
existência de vida tal como a concebemos.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Mitologicamente, a Terra é a
substância universal Prakriti, o caos primordial, a matéria-prima
separada das águas, segundo o Génesis; trazida à superfície das
águas pelo javali de Vixnu; coagulada pelos heróis míticos do
xintoísmo; matéria com que o Criador (na China, Niukua) molda o
homem.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A Terra simboliza a função
maternal: Tellus Mater. Ela dá e tira a vida. Prostrando-se no chão,
Job escreve: Saí nu do ventre da minha mãe e nu voltarei para ele
(1, 21), identificando a terra-mãe com o colo maternal. Na religião
védica, a terra simboliza também a mãe, fonte do ser e da vida,
protectora contra todas as forças do aniquilamento. Segundo os ritos
védicos dos funerais, no momento em que a urna funerária contendo
os restos da incineração é enterrada, são recitados versos:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
“<span style="font-size: medium;"><i>Vai para esta Terra, tua mãe, </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>para as vastas moradas, para os
bons favores!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Suave como a lã a quem a soube dar,</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>que ela te proteja do Nada!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Forma uma abóbada para ele e não o
esmagues;</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>recebe-o Terra, acolhe-o!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Cobre-o com uma orla do teu vestido</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>como uma mãe protege o seu filho”.
(Rig Veda, Grhyasutra, 4, 1)</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Segundo a Teogonia, de Hesíodo, ela
(Gaia) deu à luz o próprio Céu (Úrano), que deveria cobri-la a
seguir para dar origem a todos os deuses. Os deuses imitaram esta
primeira hierogamia, depois os homens, e os animais; a Terra
revelou-se a origem de toda a vida, e foi-lhe dado o nome de Grande
Mãe.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>No Japão supõe-se que a terra é
transportada por um enorme peixe; na Índia, por uma tartaruga; entre
os Ameríndios por uma serpente; no Egipto, por um escaravelho; no
Sueste da Ásia, por um elefante, etc. Os sismos explicam-se pelos
movimentos repentinos desses animais geóforos que correspondem às
fases da evolução.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Na
literatura identifica-se muitas vezes a terra fértil com a mulher:
sulcos semeados, lavoura e penetração sexual, parto e colheita,
trabalho agrícola e acto gerador, colheita dos frutos e aleitamento,
a relha do arado e o falo do homem.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>Paul
Diel esboçou toda uma psicogeografia dos símbolos na qual a
superfície plana da terra representa o homem enquanto ser
consciente; o mundo subterrâneo com os seus demónios e os seus
monstros ou divindades malevolentes, representa o subconsciente; os
cumes mais elevados, mais próximos do céu, são a imagem do
supraconsciente. Ela é a arena dos conflitos da consciência do ser
humano.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<br /><br />
</div>
<h2 align="CENTER" class="western">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Poema
da Terra Adubada</i></span></span></h2>
<div align="CENTER" style="line-height: 0.79cm; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Por
detrás das árvores não se escondem faunos, não. <br />Por detrás
das árvores escondem-se os soldados <br />com granadas de mão. <br /><br />As
árvores são belas com os troncos dourados. <br />São boas e largas
para esconder soldados. <br /><br />Não é o vento que rumoreja nas
folhas, <br />não é o vento, não. <br />São os corpos dos soldados
rastejando no chão. <br /><br />O brilho súbito não é do limbo das
folhas verdes reluzentes. <br />É das lâminas das facas que os
soldados apertam entre os dentes. <br /><br />As rubras flores vermelhas
não são papoilas, não. <br />É o sangue dos soldados que está
vertido no chão. <br /><br />Não são vespas, nem besoiros, nem
pássaros a assobiar. <br />São os silvos das balas cortando a
espessura do ar. <br /><br />Depois os lavradores <br />rasgarão a terra
com a lâmina aguda dos arados, <br />e a terra dará vinho e pão e
flores <br />adubada com os corpos dos soldados. <br /><br />António
Gedeão, in 'Linhas de Força' </i></span></span>
</div>
<div align="CENTER" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Fontes:
www.wikipédia.org</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Jornal
“O Público”</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Chevalier,
Jean, Alain Gheerbrant – Dicionário dos Símbolos</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Imagem:
internet</i></span></span></div>
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-6924162806353922832015-04-07T20:39:00.000+01:002015-04-07T20:39:03.277+01:00Gabriela Mistral<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSRWxF88EWNDNQlc49XcH6YDejidyYDnjZGnBu_In1c65xS1HKXLQml8CyobeZdaLChU5H77ynmU3TViUriVNGnQgzqu3f3bRm4vJYAwPnFPhOKj41aRF8D4hWblipj4d51ErHCIqTPLw/s1600/Gabriela_Mistral-.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSRWxF88EWNDNQlc49XcH6YDejidyYDnjZGnBu_In1c65xS1HKXLQml8CyobeZdaLChU5H77ynmU3TViUriVNGnQgzqu3f3bRm4vJYAwPnFPhOKj41aRF8D4hWblipj4d51ErHCIqTPLw/s1600/Gabriela_Mistral-.jpg" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Gabriela
Mistral</b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>,
pseudónimo da poetisa chilena </i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Lucila
de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, </b></i></span></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>nasceu
a 7 de Abril de 1889, na pequena vila de Vicuña, no Vale de Equi, a
norte do Chile, filha</i></span></span><i> </i><span style="font-size: medium;"><i>de
Juan Jerónimo Godoy Villanueva, e de Petronila Alcayaga Rojas, de
ascendência basca. </i></span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Foi
criada na aldeia de Monte Grande, no mesmo vale, por sua mãe e uma
irmã mais velha. O pai, um professor primário, que escrevia
pequenos poemas para ela e lhos cantava à guitarra, abandonou a
família quando ela tinha 3 anos de idade. Dele, como diria mais
tarde Gabriela, herdou a veia poética e a alma nómada.</i></span></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Poetisa,
educadora, diplomata e feminista chilena, foi a primeira escritora
latino-americana a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1945,
sendo comparada a Unamuno por alguns críticos. Eugénio d'Ors
chamou-lhe o “Anjo da Guarda da República do Chile”. Ninguém
como ela sentiu e descreveu os contrastes da paisagem chilena.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Tida como um
exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo
sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo marcou toda a
sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal,
principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Na sua
obra aparecem como temas recorrentes: o amor pelos humildes, um
interesse mais amplo por toda a humanidade.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Iniciou
a sua vida aos 15 anos, dando aulas e em 1914 obtém o 1º Prémio
nos Jogos Florais de Santiago do Chile com “Sonetos de La Muerte”,
sob o pseudónimo de Gabriela Mistral, formado a partir do nome dos
seus dois poetas preferidos – o italiano Gabriel D'Annunzio e o
francês Frederico Mistral - e com o qual se tornou universalmente
conhecida. Os “Sonetos” foram inspirados pelo suicídio do seu
noivo em 1909. Gabrielle nunca se casaria mas em </i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>1946
conheceu a escritora estadounidense Doris Dana, com quem estabeleceu
uma relação de amizade que se manteve até à sua morte e a quem
confiou a sua obra, para que os direitos obtidos pela sua venda
fossem destinados às crianças de Montegrande. </i></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Os temas centrais
nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais
dolorosas, mágoa e recuperação. A mãe de Lucila faleceu no ano de
1929 e a escritora dedicou-lhe a primeira parte de seu livro Tala, a
que chamou: Muerte de mi Madre. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em 1922, o
Instituto Hispânico de Nova Iorque publicou uma colectânea das suas
poesias dispersas, sob o título de </i><i><b>“Desolação”</b></i><i>,
na qual está incluído o poema </i><i><b>“Dolor”</b></i><i> onde
fala da perda do seu amado. O sentimento de maternidade frustrada
aparece nos trabalhos seguintes, </i><i><b>Ternura</b></i><i> (1924)
e </i><i><b>Tala</b></i><i> (1938). Escreve depois </i><i><b>Nuvens
Brancas</b></i><i> (1930), </i><i><b>A Oração da Mestra,</b></i><i>
que lhe valeu o título de </i><i><b>Cantora da Raça</b></i><i>
(1930), </i><i><b>Leituras para Mulheres</b></i><i> (1932), </i><i><b>Vidas
de Artesãos Franceses</b></i><i>, obra-prima de prosa, e </i><i><b>Vida
de S. Francisco de Assis</b></i><i> uma obra excepcional, que
reflecte tendências para o misticismo e religiosidade. </i><i><b>Antologia</b></i><i>
(1941), </i><i><b>Lagar</b></i><i> (1954), </i><i><b>Recados Contando
a Chile</b></i><i> (1957), </i><i><b>Poema de Chile</b></i><i>
(1967).</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em 1922, foi
encarregada de estudar, no México a organização de bibliotecas.
Representou o Chile no Congresso dos Educadores, em Lucarno, e na
Conferência International das Universidades, em Madrid. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>O Prêmio Nobel
transformou-a em figura de destaque na literatura internacional o que
a levou a viajar por todo o mundo e representar seu país em
comissões culturais das Nações Unidas. A notoriedade a obrigou a
abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na
Europa. Foi Secretária do Instituto de Cooperação Intelectual da
Sociedade das Nações; desempenhou funções consulares em diversos
países: Génova, Madrid, Lisboa, Petrópolis, Los Angeles. Conhecia
Portugal, sendo admiradora de Gil Vicente. </i></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Sofrendo de
diabetes e com problemas cardíacos faleceu em 1957 numa clínica em
Hempstead, estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Três anos
depois de morrer, o seu corpo foi trasladado, do Cemitério Geral de
Santiago para a sua aldeia natal, onde a população prestou uma
comovida homenagem à sua memória. O Governo chileno determinou que
a casa onde nascera e vivera fosse considerado monumento nacional.
Foi sepultada por sua expressa determinação numa colina junto do
Monte Grande, em cripta aberta na terra, apenas coberta por uma
pedra, na qual se encontra o seguinte epitáfio:</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
“<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Gabriela
Mistral – Prémio Nobel, 1945 – 7-4-1889 – 10-1-1957. O que a
alma faz pelo seu corpo é o que o artista faz pelo seu povo. G.M.</b></i><i>”.</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<br /><br />
</div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<br /><br />
</div>
<div align="CENTER" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="LOS SONETOS DE LA MUERTE"></a>
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">LOS SONETOS DE LA
MUERTE</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /><br /><br />Del
nicho helado en que los hombres te pusieron,<br />te bajaré a la
tierra humilde y soleada.<br />Que he de dormirme en ella los hombres
no supieron,<br />y que hemos de soñar sobre la misma almohada. <br /><br />Te
acostaré en la tierra soleada con una<br />dulcedumbre de madre para
el hijo dormido,<br />y la tierra ha de hacerse suavidades de cuna<br />al
recibir tu cuerpo de niño dolorido, <br /><br />Luego iré espolvoreando
tierra y polvo de rosas, <br />y en la azulada y leve polvoreda de
luna,<br />los despojos livianos irán quedando presos. <br /><br />Me
alejaré cantando mis venganzas hermosas,<br />¡porque a ese hondor
recóndito la mano de ninguna<br />bajará a disputarme tu puñado de
huesos! </span></i></span>
</div>
<div align="CENTER" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<br /><br />
</div>
<div align="CENTER" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="LA MAESTRA RURAL"></a>
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">LA MAESTRA
RURAL<br /><br />La maestra era pura. "Los suaves
hortelanos",<br />decía, "de este predio, que es
predio de Jesús,<br />han de conservar puros los ojos y las
manos,<br />guardar claros sus óleos, para dar clara luz".<br /><br />La
maestra era pobre. Su reino no es humano.<br />(Así en el
doloroso sembrador de Israel.)<br />Vestía sayas pardas, no
enjoyaba su mano<br />¡y era todo su espíritu un inmenso
joyel!<br /><br />La maestra era alegre. ¡Pobre mujer herida!<br />Su
sonrisa fue un modo de llorar con bondad.<br />Por sobre la
sandalia rota y enrojecida,<br />era ella la insigne flor de su
santidad.<br /><br />¡Dulce ser! En su río de mieles,
caudaloso,<br />largamente abrevaba sus tigres el dolor.<br />Los
hierros que le abrieron el pecho generoso<br />¡más anchas le
dejaron las cuencas del amor!<br /><br />¡Oh labriego, cuyo hijo de su
labio aprendía<br />el himno y la plegaria, nunca viste el
fulgor<br />del lucero cautivo que en sus carnes ardía:<br />pasaste
sin besar su corazòn en flor!<br /><br />Campesina, ¿recuerdas que
alguna vez prendiste<br />su nombre a un comentario brutal o
baladí?<br />Cien veces la miraste, ninguna vez la viste<br />¡y
en el solar de tu hijo, de ella hay más que de ti!<br /><br />Pasò por
él su fina, su delicada esteva,<br />abriendo surcos donde
alojar perfección.<br />La albada de virtudes de que lento se
nieva<br />es suya. Campesina, ¿no le pides perdón?<br /><br />Daba
sombra por una selva su encina hendida<br />el día en que la
muerte la convidò a partir.<br />Pensando en que su madre la
esperaba dormida,<br />a La de Ojos Profundos se dio sin
resistir.<br /><br />Y en su Dios se ha dormido, como en cojín de
luna;<br />almohada de sus sienes, una constelación;<br />canta el
Padre para ella sus canciones de cuna<br />¡y la paz llueve
largo sobre su corazón!<br /><br />Como un henchido vaso, traía el alma
hecha<br />para dar ambrosía de toda eternidad;<br />y era su vida
humana la dilatada brecha<br />que suele abrirse el Padre para
echar claridad.<br /><br />Por eso aún el polvo de sus huesos
sustenta<br />púrpura de rosales de violento llamear.<br />¡Y
el cuidador de tumbas, como aroma, me cuenta,<br />las plantas
del que huella sus huesos, al pasar!</span><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><br /></span></i></span><br />
</div>
<div align="CENTER" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<br /><br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Fontes:
www.wikipedia,org.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Lopes de
Oliveira, Américo – Dicionário de Mulheres Célebres</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0.18cm; margin-top: 0.18cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: Times New Roman, serif;">Poemas:
www.los-poetas.com.</span></i></span></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-22142132052282392042015-04-04T23:49:00.000+01:002015-04-04T23:49:29.228+01:00PÁSCOA 2015<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Domingo
de Ressurreição</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Páscoa</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
ou </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Domingo da Ressurreição</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
é uma </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Festividades_religiosas"><span style="font-size: medium;"><i>festividade
religiosa</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> que
celebra a </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus"><span style="font-size: medium;"><i>ressurreição
de Jesus</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> ocorrida
três dias depois da </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Crucifica%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus"><span style="font-size: medium;"><i>sua
crucificação</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> no
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calv%C3%A1rio"><span style="font-size: medium;"><i>Calvário</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
conforme o relato do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Testamento"><span style="font-size: medium;"><i>Novo
Testamento</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>. É a
principal celebração do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano_lit%C3%BArgico"><span style="font-size: medium;"><i>ano
litúrgico</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> cristão
e também a mais antiga e importante festa cristã. A </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Data_da_P%C3%A1scoa"><span style="font-size: medium;"><i>data
da Páscoa</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> determina
todas as demais datas das festas móveis cristãs, exceto as
relacionadas ao </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Advento"><span style="font-size: medium;"><i>Advento</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>.
O domingo de Páscoa marca o ápice da </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Paix%C3%A3o_de_Cristo"><span style="font-size: medium;"><i>Paixão
de Cristo</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> e é
precedido pela </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Quaresma"><span style="font-size: medium;"><i>Quaresma</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
um período de quarenta dias de</i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">
</span></i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jejum"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">jejum</span></i></span></a></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
orações e </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></u></span></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Penit%C3%AAncia">penitências</a>
e seguido por um período de cinquenta dias chamado <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=%C3%89poca_da_P%C3%A1scoa&action=edit&redlink=1">Época
da Páscoa</a> que se estende até o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Domingo_de_Pentecostes">Domingo
de Pentecostes</a>. </span></i></span></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>O termo "Páscoa" que
significa </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>passagem</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
deriva, através do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Latim"><span style="font-size: medium;"><i>latim</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
Pascha e do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Grego_b%C3%ADblico"><span style="font-size: medium;"><i>grego
bíblico</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> </i></span><span style="font-size: medium;"><span lang="grc-GR"><i>Πάσχα</i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
Paskha, do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraica"><span style="font-size: medium;"><i>hebraico</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span><span style="font-family: Tahoma;"><span style="font-size: medium;"><i>פֶּסַח</i></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>(Pesaḥ ou Pesach), a </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1scoa_judaica"><span style="font-size: medium;"><i>Páscoa
judai</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>ca. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>É também uma </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_m%C3%B3vel"><span style="font-size: medium;"><i>festa
móvel</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>, o que
significa que sua data não é fixa em relação ao </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Calend%C3%A1rio_civil&action=edit&redlink=1"><span style="font-size: medium;"><i>calendário
civil</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>. O </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Conc%C3%ADlio_de_Niceia"><span style="font-size: medium;"><i>Primeiro
Concílio de Niceia</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
(325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo
depois da </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lua_cheia"><span style="font-size: medium;"><i>lua
cheia</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> após o início
do </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio_vernal"><span style="font-size: medium;"><i>equinócio
vernal</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> (a chamada
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Lua_cheia_pascal&action=edit&redlink=1"><span style="font-size: medium;"><i>lua
cheia pascal</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>). Do
ponto de vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_mar%C3%A7o"><span style="font-size: medium;"><i>21
de março</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> (embora
ocorra no dia 20 de março na maioria dos anos do ponto de vista
astronómico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente
na data correta astronómica. Por isso, a data da Páscoa varia entre
22 de março e 25 de abril (inclusive). Os </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_oriental"><span style="font-size: medium;"><i>cristãos
orientais</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> baseiam
seus cálculos no </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_juliano"><span style="font-size: medium;"><i>calendário
juliano</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>, cuja data
de 21 de março corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_gregoriano"><span style="font-size: medium;"><i>calendário
gregoriano</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> utilizado
no ocidente. Por conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de
abril e 8 de maio inclusive.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A Páscoa já era comemorada antes
da época de Jesus Cristo. Tratava-se da comemoração do povo judeu
por terem sido libertados da escravidão no Egito, que durou cerca de
400 anos. Essa libertação coincidiu com a Primavera, que ocorria no
mês hebraico (</i></span><em><span style="font-size: medium;">nissan) que corresponde
mais ou menos aos últimos dias de Março e meados de Abril, quando
na bacia do Mediterrâneo começava a Primavera. </span></em>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-size: medium;">Os
<a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Costumes_pascais&action=edit&redlink=1">costumes
pascais</a> variam bastante entre os cristãos do mundo inteiro e
incluem <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Missa_matinal&action=edit&redlink=1">missas
matinais</a>, a troca do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cumprimento_pascal">cumprimento
pascal</a> e de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo_de_P%C3%A1scoa">ovos
de Páscoa</a>, que eram, originalmente, um símbolo do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%BAmulo_vazio">túmulo
vazio</a>. Muitos outros costumes passaram a ser associados à Páscoa
e são observados por cristãos e não-cristãos, como a <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ca%C3%A7a_aos_ovos&action=edit&redlink=1">caça
aos ovos</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Coelho_da_P%C3%A1scoa">coelho
da Páscoa</a> e a <a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Parada_da_P%C3%A1scoa&action=edit&redlink=1">Parada
da Páscoa</a>. Há também uma grande quantidade de pratos típicos
ligados à Pascoa e que variam de região para região.</span></em></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY">
<em><span style="font-size: medium;">A produção de imagens ancoradas
na temática <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hier%C3%A1tico">hierática</a>
e, sobretudo, na emblemática figura do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristo">Cristo</a>,
remonta às representações artísticas da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alta_Idade_M%C3%A9dia">Alta
Idade Média</a>, documentadas a partir do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_III">século
III</a>. No período <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_paleocrist%C3%A3">paleocristão</a>,
a concepção <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Iconografia">iconográfica</a>
de Jesus encontra-se representada quase que exclusivamente na figura
do Cristo como o “<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bom_Pastor">Bom
Pastor</a>”. O enriquecimento da cultura iconográfica cristã após
a promulgação do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89dito_de_Mil%C3%A3o">Édito
de Milão</a> permitiu a ampliação dos ciclos narrativos.</span></em></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Baixa_Idade_M%C3%A9dia">Baixa
Idade Média</a>, a predominância da figura de Cristo como “bom
pastor” foi sendo progressivamente substituída pela do “cordeiro
em sacrifício”, abrindo espaço para as representações do
episódio da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o">ressurreição</a>.
A fonte primária do tema é o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelho_de_Jo%C3%A3o">Evangelho
de João</a> (capítulos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_20">20</a>
e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_21">21</a>), em que se
narra de forma concisa o fenómeno da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesus">ressurreição</a>
e da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Noli_me_tangere">aparição
de Jesus</a> a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_Madalena">Maria
Madalena</a>.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>A cena do Cristo ressuscitado,
ostentando o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estandarte">estandarte</a>
da ressurreição, e elevando-se sobre o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sarc%C3%B3fago">sarcófago</a>
na presença dos <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Soldado">soldados</a>
– alternativamente retratados inconscientes, fascinados ou
espantados diante do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fen%C3%B4meno">fenômeno</a>
que observam –, tornou-se relativamente frequente na cultura
pictórica do R<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento">enascimento</a>.
Artistas como <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Perugino">Perugino</a>
e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Piero_della_Francesca">Piero
della Francesca</a> dedicaram-se ao tema, que, ademais, encontra
ressonâncias para além das fronteiras italianas, nomeadamente na
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Alemanha">Alemanha</a>, em
obras de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Matthias_Gr%C3%BCnewald">Matthias
Grünewald</a> e <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Albrecht_Altdorfer">Albrecht
Altdorfer</a>.</i></span></div>
<br />
<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOospkUqnqOKtqSzmp4yNfXK-dOGdKQ8yGPDB4dHS0c1z2HGFj2DA-LIpJaXafPZ35thJyOXMJKfsUE2A4Unowo3sR1KIOVezBna4JBBStlw-2zWpcyoJdGzEw3B1JS6QgEwyzqKlYzr0/s1600/A+Ressurrei%C3%A7%C3%A3o+de+Cristo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOospkUqnqOKtqSzmp4yNfXK-dOGdKQ8yGPDB4dHS0c1z2HGFj2DA-LIpJaXafPZ35thJyOXMJKfsUE2A4Unowo3sR1KIOVezBna4JBBStlw-2zWpcyoJdGzEw3B1JS6QgEwyzqKlYzr0/s1600/A+Ressurrei%C3%A7%C3%A3o+de+Cristo.jpg" height="320" width="287" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">
<div align="CENTER">
<span style="font-size: small;"><i>A Ressurreição de Cristo – Piero
della Francesca</i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i>
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A
</i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Ressurreição</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
é uma pintura do grande mestre </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Renascimento"><span style="font-size: medium;"><i>renascentista</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1lia"><span style="font-size: medium;"><i>italiano</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Piero_della_Francesca"><span style="font-size: medium;"><i>Piero
della Francesca</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
terminada por volta de </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1460"><span style="font-size: medium;"><i>1460</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>.
Aldous Huxley referiu-se a ela como ‘a pintura mais bela do mundo’.
Pode ser vista no Museo Civico de </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sansepolcro"><span style="font-size: medium;"><i>Sansepolcro</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
(</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Tosc%C3%A2nia"><span style="font-size: medium;"><i>Toscânia</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>),
cidade natal do artista. O tema da imagem faz alusão ao nome da
cidade (que significa "Santo Sepulcro"), derivada da
presença de duas relíquias do Santo Sepulcro, realizado por dois
peregrinos no século IX. Cristo está também presente no brasão da
cidade. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Jesus está no centro da composição
em forma piramidal, retratado no momento de sua ressurreição, como
sugerido pela posição do pé no parapeito. A Sua figura, retratada
com uma fixidez icónica e abstracta (e descrita por </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldous_Huxley"><span style="font-size: medium;"><i>Aldous
Huxley</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i> como
"atlético"), paira sobre quatro soldados dormindo, o que
representa a diferença entre o humano e o divino (ou a morte,
derrotada pela luz de Cristo). A paisagem, imersa na luz do
amanhecer, também tem um valor simbólico: o contraste entre as
árvores florescendo na direita e os descalços na esquerda alude
para a renovação dos homens através da luz da ressurreição.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Segundo a tradição, o soldado
dormindo na armadura esverdeada à direita de Cristo é um
auto-retrato de Piero. O contacto entre a sua cabeça e a haste da
bandeira </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Guelfos_e_Gibelinos"><span style="font-size: medium;"><i>Guelfo</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
transportada por Cristo é suposto representar o contacto do artista
com a divindade. Outra curiosidade é que aparentemente o soldado com
o escudo não tem pernas</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Sansepolcro
escapou ao fogo de artilharia durante a </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/2%C2%AA_Guerra_Mundial"><span style="font-size: medium;"><i>2ª
Guerra Mundial</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>,
porque </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Anthony_Clarke&action=edit&redlink=1"><span style="font-size: medium;"><i>Anthony
Clarke</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>, o capitão
</i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido"><span style="font-size: medium;"><i>britânico</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>
encarregado da tarefa, havia lido o artigo já mencionado, de </i></span><span style="color: navy;"><span lang="zxx"><u><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aldous_Huxley"><span style="font-size: medium;"><i>Aldous
Huxley</i></span></a></u></span></span><span style="font-size: medium;"><i>, sobre esta
obra. O capitão nunca tinha visto a pintura, mas no último momento
(os bombardeamentos já tinha começado) lembrou-se onde tinha ouvido
falar de Sansepolcro e ordenou aos seus homens para parar. Uma
mensagem recebida mais tarde informou que os alemães já se tinham
retirado da área - o bombardeamento não foi necessário. A cidade,
juntamente com o seu famoso quadro, sobreviveu e</i></span><span style="font-size: small;"><i>
</i></span><span style="font-size: medium;"><i>Clarke entrou na cidade à procura da
pintura encontrando-a intacta. Saudado como um herói local tem em
Sansepolcro uma rua com o seu nome. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes e
Imagem:<a href="http://www.wikipedia.org/">www.wikipedia.org</a></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Para
todos os votos de uma Páscoa Feliz!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-29839161268464317012015-04-02T19:34:00.000+01:002015-04-02T19:35:20.694+01:00A ÚLTIMA CEIA<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ6iLLT8HBtOOw3Vmoid7PTjo9aXk75W0NDP4ZmKY9UbIpujE0PI_YmuVxczofcVFj2FJpyRH8Aif8NY6TgO0ulBbUU7_hBZkQsupg3w4rzU1NiwfhNpOqABW17M4ssnpgwwatzg0RG-I/s1600/%C3%9Altima+Ceia+,+%C3%8Dcone+de+Te%C3%B3fanes,+o+Cretense.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQ6iLLT8HBtOOw3Vmoid7PTjo9aXk75W0NDP4ZmKY9UbIpujE0PI_YmuVxczofcVFj2FJpyRH8Aif8NY6TgO0ulBbUU7_hBZkQsupg3w4rzU1NiwfhNpOqABW17M4ssnpgwwatzg0RG-I/s1600/%C3%9Altima+Ceia+,+%C3%8Dcone+de+Te%C3%B3fanes,+o+Cretense.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Última
Ceia – Ícone de Teófanes, o Cretense</span></i></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">
</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Enquanto
comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a benção, partiu-o e
entregou-o aos discípulos, dizendo: - </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Tomai,
isto é o Meu corpo</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">.
- Depois, tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam
dele. E Ele disse-lhes: - </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Isto é
o Meu sangue, sangue da aliança, que vai ser derramado por muitos.
Em verdade vos digo: Não beberei do produto da videira até àquele
dia em que o hei-de beber de novo no reino de Deus</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">”.Marcos
(14,22-25).</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">A
</span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Última Ceia</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">
ou a </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Santa Ceia</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
é o nome dado à última refeição que, de acordo com os cristãos,
Jesus tomou com os seus apóstolos em Jerusalém antes da sua
crucificação. </span></i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">O
relato mais antigo provém do Evangelho de Marcos, que foi produzido
por volta do ano 70 d.C., seguido do de Mateus, por volta dos anos 70
a 90 d.C., Lucas em 90 d.C., e, por fim, o de João, escrito entre
os anos 100 e 110 d.C. </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i>Além disso,
é também mencionada na Epístola de S. Paulo aos Coríntios (I
Coríntios 11,23, 26-3), e é comemorada na chamada </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Quinta-Feira
Santa.</b></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Em
Marcos (14,12-25), o relato da Ultima Ceia dá-se no primeiro dia dos
Ázimos, numa “sala arrumada com almofadas”, onde, durante a
refeição, Jesus anuncia que um de seus discípulos o irá trair. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
Evangelho de Mateus (26,17-29) ilustra o cenário de uma forma um
pouco diferente, pois não há menção sobre o lugar em que decorre
a Santa Ceia. O anúncio feito por Jesus de sua iminente traição
segue como descrito em Marcos. Apenas há o detalhe adicional de que
Judas pergunta a Jesus se será ele o traidor, o que confere uma
maior dramatismo à cena. A ceia termina com o ritual do pão e do
vinho, embora com algumas diferenças da versão feita por Marcos. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>No
Evangelho de Lucas (22,7-23), diferentemente dos de Marcos e Mateus,
encontramos a informação de que a traição a Jesus teria ocorrido
porque “Satanás entrou em Judas”. Outra diferença está na
menção de que os discípulos foram enviados por Jesus à casa em
que ocorreu a última ceia: João e Pedro (em Marcos, vemos apenas
Jesus ordenando dois de seus discípulos que fossem a uma casa; e em
Mateus, a dois discípulos se apresentam para procurar um lugar para
a ceia). Aqui, tal como em Marcos, já há detalhes sobre a casa e o
lugar em que Jesus e seus discípulos realizaram a ceia.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O
acto é encerrado com as palavras rituais que são similares àquelas
vistas em Mateus, com o diferencial de que Lucas deixa claro que o
ritual do pão e do vinho deve ser repetido até que o reino de Deus
seja instaurado. Essa mudança é significativa quando posta em
comparação com os dois evangelhos anteriores, já que tanto em
Marcos quanto em Mateus, Jesus não deixa claro se o reino foi ou não
instituído. O que o Nazareno diz é apenas que ele e seus discípulos
beberão um novo vinho no reino de Deus.</i></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_bkV_uZjKqbAf223phyphenhyphenHH-teI53CTA5JJRt-FE1Bgh15hoeW3-Q0dLeqDLCqgTA7QlpXk4ulIO190TCAeQMTaQppEVMwYOFXlRksDc5oHPjOKYXE_twW7n4ulXSVVYr3Jq3qYNYPJyw/s1600/Jesus+lavando+os+p%C3%A9s+dos+disc%C3%ADpulos,+mosaico+no+Mosteiro+de+Osios+Lucas,+na+Be%C3%B3cia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiq_bkV_uZjKqbAf223phyphenhyphenHH-teI53CTA5JJRt-FE1Bgh15hoeW3-Q0dLeqDLCqgTA7QlpXk4ulIO190TCAeQMTaQppEVMwYOFXlRksDc5oHPjOKYXE_twW7n4ulXSVVYr3Jq3qYNYPJyw/s1600/Jesus+lavando+os+p%C3%A9s+dos+disc%C3%ADpulos,+mosaico+no+Mosteiro+de+Osios+Lucas,+na+Be%C3%B3cia.jpg" height="203" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="CENTER" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: small;"><i>Jesus
lavando os pés dos discípulos – Mosaico do Mosteiro de Osias
Lucas, na Beócia</i></span></div>
<div style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i>
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>No
evangelho de João (13,1-30) não temos a Última Ceia, mas a cena do
lava-pés aos discípulos em que Jesus lhes dá um novo mandamento:
"Amai os outros como eu vos amei" e chamando os apóstolos
que seguiam seus ensinamentos de "amigos e não servos".
Apesar disso, é possível traçar paralelos com o material sinóptico
(como são chamados os textos de Mateus, Marcos e Lucas, por poderem
ser lidos em forma justaposta). Essa substituição da ceia pelo
lava-pés é um dado significativo, ao sinalizar que, no século II
d.C. (considerando que o evangelho de João foi escrito por volta do
ano 110), não havia ainda consenso entre os primeiros cristãos
sobre os eventos da última semana de vida de Jesus. Tanto o pão e o
vinho como a água eram elementos empregados pelas comunidades
paleocristãs (seguidores de Jesus, até o século IV, quando se
institucionaliza a religião cristã) para manterem uma conexão
espiritual com seu mestre</i></span></div>
<div style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i>
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<a href="https://www.blogger.com/null" name="cite_ref-Zuffi_64-01"></a>
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">A Última Ceia,
sendo um dos temas mais populares da arte cristã, foi objecto de
múltiplos estudos e interpretações artísticas ao longo dos
séculos.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="font-weight: normal;">
<span style="font-size: medium;"><i>As suas
primeiras representações remontam ao cristianismo primitivo e podem
ser vistas nas Catacumbas de Roma. Artistas bizantinos frequentemente
pintavam os apóstolos recebendo a comunhão ao invés de figuras
reclinadas ceando. Na época do Renascimento, tornou-se um tópico
favorito da arte italiana. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Há três grandes temas nas
representações artísticas da Última Ceia. O primeiro é a
dramática e dinâmica cena em Jesus anuncia que será traído. O
segundo é o momento da instituição da Eucaristia, e o terceiro é
o Discurso do Adeus, no qual Judas Iscariotes já não se encontra
presente, mas onde se sente a tristeza pela eminente partida do
Senhor. </i></span>
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisJ5ZpP5w778SrebGHhMlKUCeiBbigdeAt1W-tl2Jflk7tD4xv-PW_2pA8dZ7GF0Jg5GKUIMc66GU9Khpkkvw5Otz-iXjGYrdu5xxAivr-izDX1yE3w8oCNV-zYmiXA1eVikgcAaGBgAU/s1600/Discurso+do+Adeus+-+por+Duccio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisJ5ZpP5w778SrebGHhMlKUCeiBbigdeAt1W-tl2Jflk7tD4xv-PW_2pA8dZ7GF0Jg5GKUIMc66GU9Khpkkvw5Otz-iXjGYrdu5xxAivr-izDX1yE3w8oCNV-zYmiXA1eVikgcAaGBgAU/s1600/Discurso+do+Adeus+-+por+Duccio.jpg" height="280" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="CENTER">
<span style="font-size: small;"><i>Discurso do Adeus, por Duccio</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i>
</i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Talvez a mais conhecida destas obras
seja a de Leonardo da Vinci, pintada em 1497 numa das paredes do
refeitório dos monges do Convento de Santa Maria Delle Grazie em
Milão, e onde pode ser admirada, apesar deste mosteiro ter sido
bombardeado durante a Segunda Guerra Mundial. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Pela primeira vez as figuras não
apresentam as auréolas de santidade, na mesa há vários alimentos,
pão, laranjas, peixe, vinho, sal e água, mas não se vê carne e
também não existe nenhum cálice (o Santo Graal) em frente a
Jesus, mas apenas copos de vidro. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Desde que a pintura de Leonardo da
Vinci se tornou famosa, houve estudos sobre as técnicas ali usadas,
sobre as tintas e sobre a complexa interacção entre Jesus e os
discípulos evidenciada na imagem. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i>Como esta pintura já é por demais
conhecida, apresento aqui a obra que foi pintada por Jacopo
Tintoretto, que pela sua energia fenomenal em pintar, foi chamado Il
Furioso, e a sua dramática utilização da perspectiva e dos efeitos
da luz fez dele um dos precursores do Barroco.</i></span></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgobsrfa-VKsF5zK8brXq_6cfer57Wj90iZ0xW6-I-pdDznb4HCMbI3nFMuskBCf7ebHY5Pjt_yBiPA52pUc28WCnhqD5qZE2Ru45rHNex0gc_aRst_uE7mB03Rdr54UZH8IumyHGs1pI0/s1600/%C3%9Altima+Ceia+-+Jacopo+Tintoretto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgobsrfa-VKsF5zK8brXq_6cfer57Wj90iZ0xW6-I-pdDznb4HCMbI3nFMuskBCf7ebHY5Pjt_yBiPA52pUc28WCnhqD5qZE2Ru45rHNex0gc_aRst_uE7mB03Rdr54UZH8IumyHGs1pI0/s1600/%C3%9Altima+Ceia+-+Jacopo+Tintoretto.jpg" height="203" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><div align="CENTER">
<span style="font-size: small;"><i>Última Ceia – Jacopo Tintoretto</i></span></div>
<div align="CENTER">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: small;"><i>
</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: medium;"><i>Fontes e Imagens: www.wikipedia.org</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
“<span style="font-size: medium;"><i>Entre a História e os evangelhos” - Revista
História Viva n. 137</i></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span style="font-size: medium;"><i>www.snpcultura.org</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-61527648134447196092015-03-26T20:34:00.000+00:002015-03-26T20:34:01.247+00:00O Mês de Março<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ1f6kfe7hpRaoTKSQmF1B9U4vt8xsUTrWThyphenhyphen15YZOFnoXkEDuHz3NbATDRUdc8HAjHi5FcvdoI6BN0J15Liwd2ASKqctxeqQi0G9-KgPsXebq6CsP1TmUm3Yb3-cwIfkZESAs2fALBmc/s1600/200px-Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_Berry_mars.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQ1f6kfe7hpRaoTKSQmF1B9U4vt8xsUTrWThyphenhyphen15YZOFnoXkEDuHz3NbATDRUdc8HAjHi5FcvdoI6BN0J15Liwd2ASKqctxeqQi0G9-KgPsXebq6CsP1TmUm3Yb3-cwIfkZESAs2fALBmc/s1600/200px-Les_Tr%C3%A8s_Riches_Heures_du_duc_de_Berry_mars.jpg" height="320" width="198" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">
<div align="CENTER">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: small;"><i><span style="font-weight: normal;">Março,
iluminura do livro “</span></i></span></span><i><span style="font-weight: normal;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Les_tr%C3%A8s_riches_heures_du_duc_de_Berry">Très
riches heures du duc de Berry</a>.</span></i><span style="font-weight: normal;">
“</span></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-weight: normal;">O
mês de </span></span></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><b>M</b></span></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><b>arço</b></span></span><span style="color: black;"><span style="text-decoration: none;"><span style="font-weight: normal;">
é o terceiro <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%AAs">mês</a>
do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano">ano</a> no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_gregoriano">calendário
gregoriano</a> e um dos sete meses com 31 <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia">dias</a>.</span></span></span></i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Março
inicia-se (<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Astrologia">astrologicamente</a>,
não <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sideral">sideral</a>) com
o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol">sol</a> no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Signos_zodiacais">signo</a>
de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Peixes_%28astrologia%29">Peixes</a>
e termina no signo de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81ries_%28astrologia%29">Áries</a>.
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Astronomia">Astronomicamente</a>
falando, o sol inicia na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Constela%C3%A7%C3%A3o">constelação</a>
de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Aquarius">Aquarius</a> e
termina na constelação de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pisces">Pisces</a>.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Março
no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_norte">Hemisfério
norte</a> é o sazonal equivalente a setembro no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_sul">Hemisfério
sul</a>. Por volta de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/21_de_mar%C3%A7o">21
de março</a>, o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol">Sol</a>
cruza o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Equador_celeste">equador
celestial</a> rumo ao norte; é o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio_de_mar%C3%A7o">equinócio
de março</a>, começo da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Primavera">primavera</a>
no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_Norte">Hemisfério
Norte</a> e do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Outono">outono</a>
no <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_Sul">Hemisfério
Sul</a>.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Na
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga">Roma Antiga</a>,
março (Martius), sendo o primeiro mês da primavera, iniciava não
só o Ano Novo como também a época das campanhas militares, sendo
por isso dedicado a Marte, o deus da guerra. </span></i></span></span></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">O
ano iniciava-se a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1_de_mar%C3%A7o">1
de março</a> na <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%BAssia">Rússia</a>
até o final do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XV">século
XV</a>. O <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_da_Gr%C3%A3-Bretanha">Reino
da Grã-Bretanha</a> e as suas <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3nia_%28hist%C3%B3ria%29">colónias</a>
continuaram a utilizar o dia <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/25_de_mar%C3%A7o">25
de março</a> para iniciar o ano até <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/1752">1752</a>,
ano em que finalmente adotaram o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_gregoriano">calendário
gregoriano</a>. Muitas outras culturas e religiões ainda celebram o
começo do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano-Novo">Ano-Novo</a>
em março.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Em
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_finlandesa">finlandês</a>,
o mês é chamado de maaliskuu, que tem origem em maallinen kuu
significando o mês terrestre. Isto é porque em maaliskuu a terra
começa a aparecer sob a neve derretida.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">Historicamente
os nomes para março incluem o termo <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Sax%C3%B5es">saxão</a>
Lenctmonat, dado ao <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Equin%C3%B3cio">equinócio</a>.
Os saxões também chamavam março de Rhed-monat ou Hreth-monath
(devido a seu deus Rhedam/Hreth) e os <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Anglos">anglos</a>
chamavam-no de Hyld-monath.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="text-decoration: none;">No
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_judaico">calendário
judaico</a>, o fim de fevereiro e o começo de março é chamado de
<a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Adar">adar</a>, o último mês,
enquanto que o fim de março e começo de abril é chamado de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Nis%C3%A3">nisã</a>,
e é considerado o primeiro mês.</span></i></span></span></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="text-decoration: none;">
<br /><br />
</div>
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Provérbios
de Março</b></i></span></span><br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Água
de Março é pior que nódoa em pano.</span></i></span></span><br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">A
dezanove de Março, e o cuco sem vir, ou ele é morto ou está para
vir.</span></i></span></span><br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Antes
a estopa de Abril que o linho de Março.</span></i></span></span><br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março,
marçagão, manhãs de Inverno e tardes de Verão.</i></span></span><br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março
marçagão,manhã de Inverno, tarde de rainha, de noite corta que nem
foicinha.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março
duvidoso, S. João farinhoso.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<em><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março,
àgua nem tanta que molhe o rabo ao gato; em Abril, quantas puderem
vir.</i></span></span></em><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>
</i></span></span>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><em>Março
liga a noite com o dia, o Manel com a Maria, o pão com o mato e a
erva com o sargaço.</em><br /><em>Março marceja (chuva miudinha),
pela manhã chove e à tarde calmeja.</em> </i></span></span>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março
seco queima sete reinos.</i></span></span></div>
<div style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março
queima a dama no paço.</i></span></span></div>
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Março pardo e
venturoso traz o ano formoso. </i></span></span>
<br />
<div style="font-weight: normal; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Entre
Março e Abril o cuco há-de vir.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
Março cada dia chove um pedaço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
Março, de manhã pinga a telha e à tarde sai a abelha.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
Março queima a velha o maço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
Março, tanto durmo como faço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
março o sol rega e a chuva queima.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Em
Março cresce cada dia um pedaço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.5cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Em
Março, onde quero eu passo. </span></i></span></span>
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Inverno
de Março e seca de Abril, deixam o lavrador a pedir.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Janeiro
geoso, Fevereiro nevado, Março frio e ventoso, Abril chuvoso e Maio
pardo, fazem o ano abundoso.<br />Nasce a erva em Março, nem que lhe
dêem com um maço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>No
tempo do cuco, tanto está molhado como enxuto.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>O
enxame de Março mete-o regaço.<br />Páscoa em Março, ou fome ou
mortaço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Poda-me
em Janeiro, empa-me em Março e verás o que te faço.<br />Quando em
Março arrulha a perdiz, ano feliz.<br />Quando Outubro for erveiro,
guarda para Março o palheiro.<br />Quando vem Março ventoso, Abril
sai chuvoso.<br />Quem em Março come sardinha, em Agosto lhe pica a
espinha.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Quem
em Março não merenda, aos mortos se encomenda.<br />Quem poda em
Março, vindima no regaço.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Temporã
é a castanha que por Março arrebenta.</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Uma
chuva de Março e duas de Abril valem por mil.<br />Vento de Março e
chuva de Abril, fazem Maio a florir.</i></span></span></div>
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Vinho que
nasce em Maio, é para o gaio; se nasce em Abril, vai ao funil; se
nasce em Março, fica no regaço.</i></span></span><br />
<br /><br />
<br />
<span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span style="font-size: medium;"><i>Fontes e
imagem: www.wikipedia.org</i></span></span><br />
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<br /><br />
<br />
<br /><br />
<br />
</div>
</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-89645661659463496542015-03-21T20:50:00.000+00:002015-03-21T20:50:21.214+00:00Ovídio e “A Arte de Amar”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyOQ_JqA2OsE1IO3kFCrmI6NByx9tEssvoKgBvIFy_XCfmbQ5s2GGx0j-z04-oncyZrTMBizqfaOMq7VbmL2D7xwkR8TeBhX3PPPH2jVC4rckGUYKCNIjETlPLngmrPivt1RZnpjDFEak/s1600/Ov%C3%ADdio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyOQ_JqA2OsE1IO3kFCrmI6NByx9tEssvoKgBvIFy_XCfmbQ5s2GGx0j-z04-oncyZrTMBizqfaOMq7VbmL2D7xwkR8TeBhX3PPPH2jVC4rckGUYKCNIjETlPLngmrPivt1RZnpjDFEak/s1600/Ov%C3%ADdio.jpg" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Particularmente
prezada durante a Antiguidade, lida e relida – sobretudo às
escondidas – ao longo de quase toda a Idade Média, revalorizada a
partir do Renascimento, a </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Arte de Amar</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
( </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Ars Amatoria,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
em Latim), é uma trilogia escrita em verso pelo poeta romano Ovídio,
que, profundo conhecedor do coração humano, não hesitou em ensinar
através deles, aos homens e mulheres do seu tempo (e não só), a
difícil arte de seduzir e fazer perdurar o amor, antecedendo em
cerca de vinte séculos</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>a
“revolução sexual” dos nossos dias...</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os dois
primeiros volumes da trilogia, escritos entre 1 a.C., e 1 d.C., são
dirigidos ao elemento masculino e falam “sobre como conquistar os
corações das mulheres” e “como manter a amada”,
respectivamente. O terceiro volume, que é dirigido especialmente às
mulheres, contém os ensinamentos de “como atrair e seduzir os
homens”, foi escrito posteriormente. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i><b>Públio
Ovídio Naso,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i> mais conhecido por
</i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Ovídio,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
nasceu a 20 de Março do ano 43 a.C., em Sulmona, num vale nos
Apeninos, a leste de Roma, numa importante família da classe nobre
rural, mas foi educado em Roma com os melhores mestres de retórica,
pois seu pai destinava-o à carreira política. O jovem, porém,
decide trocar a política pela poesia, e aos dezoito anos empreendeu
uma viagem à Grécia, um complemento indispensável à educação
dos jovens romanos. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Poeta de
verso fácil, Ovídio antes desta trilogia, escreve um longo poema de
forma epistolar, intitulado </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Heróides,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
constituído por cartas fictícias de grandes heroínas amorosas,
históricas ou lendárias, para os seus amantes ausentes, uma
tragédia intitulada </i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Medeia,</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i>
cujo rasto se perdeu e </i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">uma
série de poemas eróticos em cinco livros, com o nome de </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Amores</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
dirigidos a uma amante, Corina.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>O próximo
poema de Ovídio, </i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Medicamina
Faciei,</b></i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>
um trabalho fragmentado sobre tratamentos de beleza feminina precedeu
</i></span></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Ars
Amatoria, ou “</b></i></span></span><span style="font-size: medium;"><i><b>A Arte de
Amar”</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">
que foi escrita já o autor passava dos quarenta anos, mais ou menos
na mesma altura em que na Galileia, vinha ao mundo um Menino chamado
Jesus. Nesse mesmo ano escreveu ainda outro poema </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Remedia
Amoris</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">.
</span></i></span><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">Esta
coleção de poesia elegíaca e erótica deu a Ovídio um lugar entre
os principais elegistas romanos, Cornélio Galo, Tíbulo e Propércio,
do qual ele próprio se via como o quarto membro. </span></i></span></span><span style="font-size: medium;"><i>Casou-se
por três vezes e divorciou-se de duas das suas mulheres ainda antes
dos seus quarenta anos, tendo uma filha que lhe deu dois netos. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">O
ideal de beleza, masculina ou feminina, os mecanismos de sedução,
os melhores métodos de obtenção do prazer e, mesmo, a arte da
traição e do engano, são alguns dos temas que preenchem este
manual do amor, e que provavelmente levaram a que o autor fosse
banido de Roma pelo Imperador Augusto, muito empenhado numa reforma
dos bons costumes. A celebração do amor extraconjugal pode ter sido
tomada como uma afronta intolerável a um regime que promovia os
'valores da família' e que já tinha levado ao exílio tanto da
filha como da neta do próprio Imperador.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">O
certo é que no ano 8 d.C., o poeta foi exilado para Tomis, hoje
Constança na actual Roménia, sózinho e sem poder levar a sua
mulher, ao mesmo tempo que a sua obra Ars Amatoria era retirada de
todas as bibliotecas. Antes de morrer, preparava aquela que seria sua
última obra, </span></i></span><span style="font-size: medium;"><i><b>Haliêutica</b></i></span><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-weight: normal;">,
sobre a arte da pesca; Caio Plínio Segundo acreditava que este era
mais um ato de diversão de Ovídio, que não tinha qualquer
interesse pelo tema tratado. Faleceu no ano 17 d.C.</span></i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A Arte de
Amar....</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>De
verdades, não mais, aqui se trata.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Ó mãe do
Amor, secunda o meu intento!</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E vós,
longe daqui, ó finas faixas</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>que sempre
do pudor sois ornamento!</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E tú,
também, ó longo véu que tapas</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>das
matronas os pés, vai-te no vento!</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Eu só a
quem é livre me dirijo:</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>apenas me
dirijo a quem não tema</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>os
prazeres mais a furto concedidos...</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>não tem
pois mal nenhum este poema...</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
…<span style="font-size: medium;"><i>.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Se vais
para o amor como quem vai</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>pela
primeira vez ao fogo das pelejas,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>trata de
procurar, antes de mais, </i></span>
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>aquela a
quem desejas.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Trata
depois, então,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>de
conquistar o coração</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>da jovem
que elegeste entre as demais mulheres.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>E trata
finalmente, em último lugar,</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>de esse
amor prolongar</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>o mais que
tu puderes.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Aqui tens
o plano nas suas grandes linhas.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Este vai
ser de nosso carro o curso;</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>esta, a
meta – que há-de ser atingida</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>no termo
do percurso.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
…<span style="font-size: medium;"><i>.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>O pudor
impede a mulher</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>de
provocar certas carícias</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>mas se é
o homem a começar</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>ela
recebe-as com delícia.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Ah! tens
excessiva confiança</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>nas tuas
qualidades físicas</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>se esperas
que seja a mulher</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>a tomar a
iniciativa.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>É ao
homem que compete começar</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>e dizer
palavras suplicantes</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Á mulher
cabe acolher suavemente</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>essas
brandas palavras amorosas.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
…<span style="font-size: medium;"><i>.</i></span></div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="CENTER" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>Fontes:</i></span></span></div>
<div align="JUSTIFY">
<a href="http://www.wikipedia.org/"><span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>www.wikipedia.org</i></span></span></a></div>
<div align="JUSTIFY">
<span style="color: black;"><span style="font-size: medium;"><i>Ovídio – A
Arte de Amar – Edição da Galeria Panorama,1970</i></span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-58386357895279035412015-03-20T21:57:00.001+00:002015-03-20T21:57:49.440+00:00O Mito das Estações<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgANpm048KgvtthUVrQWl_X0EY9tmtO0A1DAnnHNC42nfXih2CIm0TxKm_jsaFzPgAVkGVJAb1MRfDvTyWmM0TbDka4IGX6xI865luLUvi2FuAI9R9Tp0hdO1EWfme9htz_QQFRCNlOW4/s1600/150px-Ishtar_Eshnunna_Louvre_AO12456.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgANpm048KgvtthUVrQWl_X0EY9tmtO0A1DAnnHNC42nfXih2CIm0TxKm_jsaFzPgAVkGVJAb1MRfDvTyWmM0TbDka4IGX6xI865luLUvi2FuAI9R9Tp0hdO1EWfme9htz_QQFRCNlOW4/s1600/150px-Ishtar_Eshnunna_Louvre_AO12456.jpg" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
</div>
<br />
<br />
<div style="text-align: left;">
</div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<br />
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Um dos
mais belos e antigos mitos que se conhecem sobre as estações, teve
origem na Babilónia e diz respeito à bonita história de amor entre
a deusa Ishtar e o jovem Tammuz. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Entre as
divindades babilónicas de menos categoria, contava-se um jovem deus,
belíssimo e bondoso, que vagueava pelos campos a tocar flauta,
protegendo os pastores e os seus rebanhos, tornando as colheitas
fartas e velando pela saúde e pelo vigor de todos os seres vivos,
homens, animais e plantas.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Graças a
este deus jovial, a Natureza mostrava-se permanentemente risonha; as
plantas floriam, as famílias aumentavam e, nos apriscos, o gado
multiplicava-se.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Não
admira, pois, que um belo dia, Ishtar, a deusa da beleza e do amor,
começasse a suspirar por tão bonito moço, acabando por casar com
ele.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A escolha
foi acertada, pois Ishtar também protegia o desabrochar da vida e a
ela se encomendavam as mães para que os filhos nascessem formosos e
robustos e as fêmeas do gado tivessem crias saudáveis.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas...uma
vez que Tammuz passeava por uma floresta próximo da cidade sagrada
de Eridu, um feroz javali saiu, inesperadamente, de uns silvados e
atacou o jovem deus, que acabou por morrer dos graves ferimentos
infligidos pelas presas do animal.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Por toda
a terra se espalhou uma enorme tristeza, como se um véu cinzento
envolvesse todas as coisas e escondesse a claridade do sol.
Lamentavam-se as plantas, carpiam-se as searas, que perderam as
espigas; os rios deslizavam tristonhos e as suas águas foram
secando. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas a
mais confrangedora de todas as tristezas foi a de Ishtar, que assim
se via privada do amor da sua vida. Inconformada com a sua perda,
resolveu descer a Aralu, o mundo subterrâneo para onde Tammuz fora
levado, um lugar sombrio onde os mortos eram alimentados com pó,
usavam penas, o tenebroso reino dos mortos, dominado pela sua irmã e
rival, a deusa Ereshkigal.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Paredes
maciças protegiam este submundo de múltiplas camadas, umas dentro
das outras, com portões fechados a cadeado e monstros a servir de
guarda que lhe recusaram a entrada apesar das suas súplicas.
Irritada, a deusa gritou:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>-Guardião,
abre ou despedaçarei estas portas, libertarei os mortos e
levá-los-ei comigo para a Terra, a fim de devorarem os vivos!!!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Assustado,
o guarda correu a pedir instruções à rainha do Inferno que
autorizou a entrada da deusa, com a condição de esta se despojar de
cada uma das suas vestes e adornos, à medida que transpusesse cada
uma das sete portas que davam acesso ao interior do submundo.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Ishtar
concordou com esta condição e, na primeira porta depôs a coroa; na
segunda, os brincos; na terceira, o colar; na quarta, as pulseiras, e
assim sucessivamente até que ao chegar junto de Ereshkigal estava
nua e indefesa, pois como deusa da formosura e do amor, os adornos
eram parte integrante da sua personalidade e do seu poder. Apenas
conseguiu ter um vislumbre do seu amado marido antes que a rainha a
mandasse aprisionar.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Depois
disto, como poderia a vida continuar na Terra, se as duas divindades
que a sustentavam estavam uma morta e a outra presa? O solo não era
semeado nenhum útero podia conceber, as plantas murchavam, enfim,
toda a Natureza caminhava para a extinção. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Preocupados,
os deuses recorreram sem perda de tempo para Ea, o qual, por meio de
um dos seus enérgicos encantamentos obrigou a rainha dos Infernos a
libertar Ishtar. Reintegrada no seu poder, a deusa obrigou a sua
rival a aspergir Tammuz com a água da vida, para que este a
acompanhasse e a abrir-lhe as portas do Inferno para que os dois
pudessem de novo regressar à Terra. </i></span>
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>À medida
que saíam, a Natureza ia-se regenerando e quando, por fim, Ishtar já
na posse de todas as suas vestes e jóias, chegou com o esposo à
superfície e deparou com a luz brilhante do Sol, entoou este hino
de orgulhosa alegria:</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
“<span style="font-size: medium;"><i>Rejubilo
com o meu esplendor e regresso à Terra a transbordar de felicidade
excelsa e divina! Sou Ishtar, a deusa da noite estrelada; sou Ishtar,
a deusa da manhã e da alvorada; sou a deusa sempre triunfante no Céu
e na Terra”</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Mas não
era impunemente que se descia ao reino dos mortos; Ishtar
reconheceu-o tempos depois, quando Tammuz, como se lhe tivessem
inoculado o vírus de uma atracção maléfica pelas trevas em que
caíra, começou a descer, todos os anos, aos abismos infernais,
passando aí metade do ano no torpor do sono do Inverno, despertando
na estação primaveril para cumprir novo ciclo renovador!</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<br />
</div>
Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7147282261179886446.post-9144648546677216932015-03-16T21:15:00.002+00:002015-03-16T21:15:36.695+00:00Os Etruscos e o Mundo do Além -1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMzIPQTQjJ2OXD-ZPHEWNqJt9V3PEl4SGPhcXdzXlOObUCJ3gPymJxME0YUkROn6kxoqXfu-BhigwVoIehHd571DVbDTRJcDOlVHV46r9s_HHmI5nTzWuN-FgkCiW67d0GhciK0VY2EK8/s1600/cerveteri_tumulii.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMzIPQTQjJ2OXD-ZPHEWNqJt9V3PEl4SGPhcXdzXlOObUCJ3gPymJxME0YUkROn6kxoqXfu-BhigwVoIehHd571DVbDTRJcDOlVHV46r9s_HHmI5nTzWuN-FgkCiW67d0GhciK0VY2EK8/s1600/cerveteri_tumulii.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os
historiadores não estão de acordo quanto à origem dos Etruscos.
Admitem, no entanto, que a civilização etrusca surgiu na Itália
Central no sec. VIII a. C., seguindo-se, sem interrupção sensível,
à civilização vilanovense, sólidamente instalada no Lácio desde
o princípio do 1º milénio a. C.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Segundo
Heródoto, os Etruscos viveram inicialmente na Lídia, na Ásia
Menor. Uma prolongada fome fê-los emigrar. Será isto verdade? Seja
como fôr, os vestígios etruscos provam a existência de contactos
muito estreitos com o Oriente. Entre outros, foram encontrados, um
vaso de pedra com o nome de um faraó egípcio que reinou cerca de
700 a.C., e uma reprodução em bronze de um fígado que deveria ter
sido utilizada para o ensino da predição do futuro a partir das
entranhas. A interpretação dos presságios através do exame das
entranhas dos animais sacrificados e do voo das aves fazia parte da
arte divinatória dos Orientais e passou para os Etruscos, que, por
seu turno, a ensinaram aos Romanos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>A
arquitectura apresenta semelhanças ainda mais notáveis.
Contrariamente aos templos gregos – e ao romanos posteriores -, os
templos etruscos são construídos sobre uma plataforma elevada, à
semelhança das “montanhas artificiais” dos Sumérios, os
ziggurats.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Tal como
os outros povos do Próximo Oriente, os Etruscos representavam toda a
espécie de animais fabulosos. Nas paredes dos deus túmulos
encontramos uma fauna extremamente variada: esfinges, grifos e
quimeras. Foi, sem dúvida, do Oriente, por intermédio da Grécia,
que receberam os seus modelos. Em geral, a influência grega depressa
se torna mais forte do que a oriental.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>No início
do sec. V a. C., os Etruscos estavam no auge do seu poder. Em
seguida, a pressão dos povos celtas, vindos do Norte, e dos Gregos,
vindos do Sul, tornaram-lhes a vida difícil. Encontraram um aliado
em Cartago, mas a sorte não estava com eles. Em 480 a.C., o ano em
que os Gregos metropolitanos venceram os Persas, os gregos ocidentais
infligiram uma derrota esmagadora aos Cartagineses e seis anos mais
tarde foi a vez dos Etruscos, vencidos perto de Cumas por Hiéron,
tirano de Siracusa. Esta derrota marca uma viragem na história dos
Etruscos, a sua decadência foi ininterrupta; o seu território foi
sendo, pouco a pouco, conquistado pelos Celtas, pelos Samnitas e
pelos Romanos.</i></span></div>
<div align="JUSTIFY" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: medium;"><i>Os mais
belos tesouros artísticos deixados pelos Etruscos são os seus
esplêndidos túmulos, com as paredes ornamentadas de frescos; do
ponto de vista ornamental, só as últimas moradas dos Egípcios de
elevada categoria podem rivalizar com os túmulos etruscos. Tanto
para uns, como para outros, a morte e as cerimónias fúnebres,
tinham, no plano religioso, grande importância. A morte devia
inspirar aos Etruscos um terror sem limites. Nenhum povo europeu
imaginou criaturas mais pavorosas do que os demónios etruscos, com
garras e bicos de ave de rapina: possuíam cabelos de um vermelho
vivo e reviravam os olhos selvagens numa face lívida. Os Etruscos
ornamentava os seus túmulos com cenas escolhidas entre as mais
divertidas da vida terrena, como se quisessem arranjar compensação
para a morte. Aí se vêem imensos festins, jogos e bailados onde
pequenas dançarinas marcam o ritmo com a ponta dos dedos. As
pinturas tumulares exprimem as alegrias da vida e dos sentidos e
atestam uma tão refinada elegância que lembram os frescos do
palácio de Cnossos. Os escritores gregos e romanos cantaram a beleza
das mulheres etruscas e as pinturas dos túmulos confirmam o que por
eles foi dito. Já as esculturas funerárias dos homens mostram-nos
homens gordos e feios, por isso os Romanos aos descreverem-nos
chamavam-nos de “gordos e barrigudos”.</i></span></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gRBK_tGlIr-phzRSjZmUgt2wWE-AYzWEOmEudSxJ_YWofSOjbQMTLQHRFnwk-FDraqtGhjvyLYwQYJCsOHQTzuEv0NPUHpoOjhWQ9wd6zEgsykdACrKeu5MvlixUlsXukA6J6z_VfdQ/s1600/640px-Etruskischer_Meister_001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9gRBK_tGlIr-phzRSjZmUgt2wWE-AYzWEOmEudSxJ_YWofSOjbQMTLQHRFnwk-FDraqtGhjvyLYwQYJCsOHQTzuEv0NPUHpoOjhWQ9wd6zEgsykdACrKeu5MvlixUlsXukA6J6z_VfdQ/s1600/640px-Etruskischer_Meister_001.jpg" height="320" width="245" /></a></div>
<br />Cassandrahttp://www.blogger.com/profile/13845598172137564536noreply@blogger.com0