Os equinócios
ocorrem nos meses de março e setembro quando definem mudanças de estação.
Nas culturas
pré-cristãs, o culto associado ao Equinócio de Outono era baptizado com o nome
da divindade celta "Mabon" e corporizava uma das épocas de festa na
roda do tempo. O nome Mabon veio de um dos deuses Celtas (também conhecido como
Angus), o Deus do Amor.
A poesia
celta, em especial a dos tempos mais antigos, celebrava principalmente a
Natureza, e no poema irlandês do sec. XI, intitulado “As Quatro Estações”, o
Outono é assim descrito:
- Era uma vez um senhor chamado Athairne, que
no Outono andava de jornada e chegou a casa do seu irmão de leite Amhairghen.
Aí passou a noite e na manhã do dia seguinte aprestou-se para partir. Mas
Amhairghen para o deter, disse-lhe:
O Outono é
uma boa estação para gozar o sossego e a paz.
Para todos há
trabalho que baste e os dias ainda contam muitas horas de sol.
Os gamos
malhados, nascidos da corça, acham abrigo nas moitas vermelhas dos fetos do
bosque.
Ao soarem os
guizos do rebanho de corças, os veados machos correm dos outeiros.
Nos bosques
espessos é grande a fartura de doces bolotas.
Por toda a
lonjura da terra castanha se alongam searas de aveia e cevada.
No pátio em
ruínas crescem as ervas e moitas espinhosas de bagas silvestres.
E pelo chão
se espalha fruta de sumo, madura e pesada.
Grandes
avelãs, de bom sabor, pendem aos cachos de aveleiras velhas e bem alinhadas.
Autor
desconhecido
Fontes:
astral.sapo.pt
Morais, José
Domingos – “A Perfeita Harmonia” Poemas Celtas da Natureza.
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