O Juízo Final
Todo o facial dos pés é ocupado pelo
Juízo Final, composição riquíssima e de extraordinária beleza. Trata-se de uma
cena com itinerário narrativo em S: Sobre a estrada do Bem e do Mal caminham felizes
para o Céu os bem-aventurados; descem os condenados para o Inferno, figurado
pela face de um monstro de onde irrompem extensas chamas. Na parte superior Cristo
entronizado preside ao tribunal divino tendo à Sua direita a Virgem ajoelhada
em oração, cercada de anjos e dos apóstolos. Numa pequenina janela geminada, situada
num recanto à direita, figuram Pedro e Inês em oração. Na parte inferior está
representada a Ressurreição, representada pelas figuras dos mortos que se
levantam das suas sepulturas para serem julgados.
Com esta
representação dramática do Último Julgamento é provável que D. Pedro quisesse
mostrar a todos (inclusive a seu pai e aos assassinos) que ele e Inês tinham um
lugar no Paraíso, ao passo que os seus carrascos entrariam pela bocarra de Leviatão,
representada no canto inferior direito.
Durante a invasão francesa, em 1810,
os soldados mutilaram as estátuas jacentes e violaram os túmulos, causando
danos irreparáveis no lado esquerdo do de D. Inês, sendo o seu corpo retirado
pela abertura assim feita. A cabeça, que ainda conservava os seus belos cabelos
louros, foi atirada para a sala ao lado, onde se encontravam já os ossos
profanados dos outros túmulos que aí se encontravam.
Para que a leitura do túmulo de Inês
de Castro fique completa, tem de se proceder também à leitura do túmulo de D. Pedro,
pois que tal como em vida, encontram-se unidos também na morte!
Fontes e Imagens:
www.wikipedia. org.
www.igespar.pt/
Os Túmulos de D. Pedro e de Dª Inês em Alcobaça, por José Custódio Vieira
da Silva.
Alcobaça – Dom Maur Cocheril
Iconografia dos Túmulos de D. Pedro e D. Inês – Manuel Vieira Natividade
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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
O Túmulo de Inês de Castro- II
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