Se
eu fosse uma caravela
Pelos
mares a navegar
Os
meus braços uma vela
Que
a fizessem singrar
Que
rumos eu seguiria?
Aonde
iria parar?
Com
as mãos no leme crispadas,
Abriria
rotas, estradas
Enfrentando
monstros e medos
Desvendando
os seus segredos
Olhando
enfim, descobria
As
terras de além-mar!
Navegando
ao sol risonho
Ou
pelas estrelas cintilantes
À
luz branca do luar
Buscaria
as terras distantes
Onde
em palácios de sonho
Vivem
mouras de encantar!
Talvez
fosse a ligeira “Bérrio”,
Com
a Boa Nova do Gama
De
que a rota - mistério
Que
a El-Rei traria a fama,
E
a glória que o Poder detém
Já
era dele também?
Ou
seria a nau do comércio
Com
ouro, marfim, aves belas
Pimenta,
escravos, canela
D’
África, Brasil e Goa
Que
fazem desta Lisboa
A
capital de um Império?
E
com arrojo iria, isso sim,
Aonde
todos os perigos espreitam...
Provando
ao Mundo que a Terra
É
verdadeiramente uma esfera
E
os oceanos se estreitam
Num
abraço tremendo, sem fim!
E
quando chegasse o dia
De
o meu corpo terminar
O
seu tempo neste mundo
Aos
deuses eu rogaria
Que
me deixassem repousar
Bem
dentro do mar profundo…
N.G.
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