Ah, como eu gosto
Sentar-me de manhãzinha
À mesa, na minha varanda
A tomar o meu café
E sentir a aragem branda
Que ao de leve toca o meu rosto!
Já o meu velho cão anda
De roda da minha cadeira
Para encontrar a maneira
De melhor se acomodar.
E o Sol, pé ante pé
Risonho vai começar
A sua longa viagem
Iluminando o azul do céu,
E ao ver-me ali sozinha
Envia-me um raio seu
Que me conforta e aquece!
Ao mesmo tempo não se esquece
Da Terra que estremunhada
Acorda do seu torpor…
Mantendo-a sempre abraçada
Desperta-a com quentes afagos
Num longo beijo matinal.
O Tempo pára encantado…
E eu sinto um deslumbramento
Que me faz sentir por dentro
Como aquele passarinho
Que numa árvore do quintal,
Canta em tom apaixonado
Desdobrando-se em trinados
Num hino à vida e ao amor…
N.G.
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