sábado, 19 de março de 2011

Ao meu Pai


Mal me recordo de ti;
A última vez que te vi
Era muito pequenina,
Levavas a mãe contigo
(Espreitava-vos pelo postigo)
E duas malas na mão.

Nunca mais tornei a ver-te.
Não cheguei a conhecer-te
Porque a Morte, rude e ferina,
Cedo de nós te apartou,
Deixando no meu coração
Uma Saudade que ficou…

E já lá vão tantos anos!
Os meus sonhos e desenganos,
Medos, tudo o que vivi,
Tens acompanhado em pleno,
Do retrato, onde sereno
O teu olhar me sorri!

N.G.

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