Se Átila, rei dos Hunos, ficou conhecido como o Flagelo de Deus, Genserico, rei dos vândalos, foi comparado ao Quarto Cavaleiro do Apocalipse pelos católicos da época.
Expulsos das margens do Danúbio pelos Hunos, os Vândalos aproveitando o congelamento do Reno, cruzaram a fronteira com a Gália na noite de 31 de Dezembro de 406, juntamente com parte dos alanos e suevos que se lhes tinham juntado, enfrentando as tropas romanas e os seus aliados, os francos, após a travessia do rio. Na batalha que se seguiu, o rei Geodesildo morreu, sendo sucedido no trono pelo seu filho Gunderico, que após ter saqueado a Gália durante cerca de 3 anos, foi forçado pelos romanos a estabelecer-se na Península Ibérica, onde após vários confrontos com os visigodos, se fixaram no sul da província, escolhendo Sevilha como sua capital, e controlando o tráfico marítimo através de Gibraltar.
Filho ilegítimo do rei Geodesildo e de uma mulher alana, Genserico nasce provavelmente cerca de 389, junto ao Lago Balaton (actual Hungria), sendo eleito rei dos vândalos e alanos em 427/8, depois de um conflito entre os dois irmãos, que acabou com a morte de Gunderico.
No ano de 429, aproveitando o pedido de auxílio feito por Bonifácio, governador romano da província da África Proconsular, em luta com a elite romana, abandona a Bética aos visigodos, e transpondo o estreito a partir de Tarifa, desembarca entre Tânger e Ceuta, à frente de todo o seu povo, cerca de oitenta a cem mil pessoas, incluindo velhos, mulheres e crianças, com a intenção de fundar um novo reino.
A fim de impedir um ataque dos romanos e seus aliados, destrói a frota inimiga fundeada em Barcino e ordena aos seus homens que arrasem Tânger. Em pouco tempo controla um território que abrangia a zona costeira do actual Marrocos e Argélia, e dirigindo-se para leste, põe cerco por terra e mar à cidade de Hipona (actual Anaba, na Argélia). Entre as vítimas da carestia que assolou a cidade durante os treze meses de assédio a que foi submetida, conta-se Santo Agostinho, Bispo de Hipona, então com 75 anos de idade, considerado um dos Doutores da Igreja.
Os africanos, fartos do poder de Roma, aliaram-se aos vândalos e em 435 o Imperador Valentiniano III é forçado a reconhecer Genserico como soberano dos territórios conquistados.
Em 439, apodera-se de Cartago, a segunda cidade do Império e o principal porto do Mediterrâneo, apresando a frota imperial ali atracada. Faz da cidade a sua capital, e a partir dali, as suas naus pilham, saqueiam, raptam, conquistando bases marítimas de grande valor comercial e estratégico como a Córsega, Sícilia, Sardenha, ou Baleares. Privada dos seus “celeiros” tradicionais, Roma vê-se obrigada a comprar os cereais de que necessita, o que deixa os romanos enfurecidos.
Expulsos das margens do Danúbio pelos Hunos, os Vândalos aproveitando o congelamento do Reno, cruzaram a fronteira com a Gália na noite de 31 de Dezembro de 406, juntamente com parte dos alanos e suevos que se lhes tinham juntado, enfrentando as tropas romanas e os seus aliados, os francos, após a travessia do rio. Na batalha que se seguiu, o rei Geodesildo morreu, sendo sucedido no trono pelo seu filho Gunderico, que após ter saqueado a Gália durante cerca de 3 anos, foi forçado pelos romanos a estabelecer-se na Península Ibérica, onde após vários confrontos com os visigodos, se fixaram no sul da província, escolhendo Sevilha como sua capital, e controlando o tráfico marítimo através de Gibraltar.
Filho ilegítimo do rei Geodesildo e de uma mulher alana, Genserico nasce provavelmente cerca de 389, junto ao Lago Balaton (actual Hungria), sendo eleito rei dos vândalos e alanos em 427/8, depois de um conflito entre os dois irmãos, que acabou com a morte de Gunderico.
No ano de 429, aproveitando o pedido de auxílio feito por Bonifácio, governador romano da província da África Proconsular, em luta com a elite romana, abandona a Bética aos visigodos, e transpondo o estreito a partir de Tarifa, desembarca entre Tânger e Ceuta, à frente de todo o seu povo, cerca de oitenta a cem mil pessoas, incluindo velhos, mulheres e crianças, com a intenção de fundar um novo reino.
A fim de impedir um ataque dos romanos e seus aliados, destrói a frota inimiga fundeada em Barcino e ordena aos seus homens que arrasem Tânger. Em pouco tempo controla um território que abrangia a zona costeira do actual Marrocos e Argélia, e dirigindo-se para leste, põe cerco por terra e mar à cidade de Hipona (actual Anaba, na Argélia). Entre as vítimas da carestia que assolou a cidade durante os treze meses de assédio a que foi submetida, conta-se Santo Agostinho, Bispo de Hipona, então com 75 anos de idade, considerado um dos Doutores da Igreja.
Os africanos, fartos do poder de Roma, aliaram-se aos vândalos e em 435 o Imperador Valentiniano III é forçado a reconhecer Genserico como soberano dos territórios conquistados.
Em 439, apodera-se de Cartago, a segunda cidade do Império e o principal porto do Mediterrâneo, apresando a frota imperial ali atracada. Faz da cidade a sua capital, e a partir dali, as suas naus pilham, saqueiam, raptam, conquistando bases marítimas de grande valor comercial e estratégico como a Córsega, Sícilia, Sardenha, ou Baleares. Privada dos seus “celeiros” tradicionais, Roma vê-se obrigada a comprar os cereais de que necessita, o que deixa os romanos enfurecidos.
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