Situada em Ravena, data do primeiro quartel do século, entre 402 e 425, a igreja destruída da Santa Cruz. Tinha planta cruciforme precedida por um grande nartece, num dos extremos do qual ficava o chamado mausoléu de Gala Placídia.
Mandado construir pela imperatriz, era uma igreja dedicada a S. Lourenço ou S. Vicente, e embora de linhas simples, o brilhante policromado dos mosaicos bizantinos que decoravam o seu interior, compensavam a sua modesta forma exterior. Actualmente isolado, este pequeno edifício é uma das construções mais notáveis do sec. V.
Originalmente o edifício era revestido de estuque pintado de modo a imitar mármore, que foi removido posteriormente, e a técnica de construção é uma transição entre as tipologias da Roma imperial e a paleocristã. Uma característica típica dessa fase é o uso de ânforas em vez de tijolos a fim de aliviar o peso das estruturas. No caso do mausoléu, foram encontradas durante as reparações feitas em 1838, no volume cúbico que sustenta a cúpula. É o mais antigo monumento de Ravena a preservar sua decoração original. Sobre o cruzamento dos braços ergue-se uma estrutura cúbica com pequenas janelas e coberta por um telhado em quatro águas. As janelas estão fechadas com placas translúcidas de alabastro oferecidas por Vitório Emanuel III em 1908, e a base do edifício está cerca de 1,5 m abaixo do nível do solo, devido ao seu afundamento no decurso do tempo.
Totalmente forrado de mosaicos, constitui um dos mais belos conjuntos cromáticos do mundo antigo. Elementos figurativos conjugam-se com o profundo tom azul, verde e ouro da ornamentação vegetalista e geométrica, criando uma atmosfera misteriosa, quase sobrenatural.
No centro há uma grande cruz latina dourada. Nos quatro cantos estão meias-figuras de seres alados sobre nuvens, representando as criaturas associadas aos quatro evangelistas - o anjo, o touro, o leão e a águia. São imagens típicas da iconografia paleocristã, não possuindo auréolas nem os livros dos Evangelhos, elementos que só apareceram por volta do século VI, mas diferem do uso da época por terem apenas duas asas cada, quando o comum era a representação de seis. A cruz flutuando livre no céu possivelmente significa o Segundo Advento de Cristo. Debaixo das janelas estão pares de figuras de pombas bebendo água de vasos, que são interpretadas possivelmente como alegorias da luta da alma em busca do Reino dos Céus, e a água dos vasos pode ser um símbolo do baptismo. O tema das pombas e da água era comum em contextos fúnebres e baptismais do cristianismo primitivo. Na parte superior às janelas há um motivo dourado de concha que dá uma impressão de espaço tridimensional para as cenas abaixo, contendo ainda adornos em forma de pérolas e uma pomba, que representa o Espírito Santo. As áreas são delimitadas com faixas de motivos abstractos e ramos de videira entrelaçados, em tons de azul, branco e ouro.
Mandado construir pela imperatriz, era uma igreja dedicada a S. Lourenço ou S. Vicente, e embora de linhas simples, o brilhante policromado dos mosaicos bizantinos que decoravam o seu interior, compensavam a sua modesta forma exterior. Actualmente isolado, este pequeno edifício é uma das construções mais notáveis do sec. V.
Originalmente o edifício era revestido de estuque pintado de modo a imitar mármore, que foi removido posteriormente, e a técnica de construção é uma transição entre as tipologias da Roma imperial e a paleocristã. Uma característica típica dessa fase é o uso de ânforas em vez de tijolos a fim de aliviar o peso das estruturas. No caso do mausoléu, foram encontradas durante as reparações feitas em 1838, no volume cúbico que sustenta a cúpula. É o mais antigo monumento de Ravena a preservar sua decoração original. Sobre o cruzamento dos braços ergue-se uma estrutura cúbica com pequenas janelas e coberta por um telhado em quatro águas. As janelas estão fechadas com placas translúcidas de alabastro oferecidas por Vitório Emanuel III em 1908, e a base do edifício está cerca de 1,5 m abaixo do nível do solo, devido ao seu afundamento no decurso do tempo.
Totalmente forrado de mosaicos, constitui um dos mais belos conjuntos cromáticos do mundo antigo. Elementos figurativos conjugam-se com o profundo tom azul, verde e ouro da ornamentação vegetalista e geométrica, criando uma atmosfera misteriosa, quase sobrenatural.
No centro há uma grande cruz latina dourada. Nos quatro cantos estão meias-figuras de seres alados sobre nuvens, representando as criaturas associadas aos quatro evangelistas - o anjo, o touro, o leão e a águia. São imagens típicas da iconografia paleocristã, não possuindo auréolas nem os livros dos Evangelhos, elementos que só apareceram por volta do século VI, mas diferem do uso da época por terem apenas duas asas cada, quando o comum era a representação de seis. A cruz flutuando livre no céu possivelmente significa o Segundo Advento de Cristo. Debaixo das janelas estão pares de figuras de pombas bebendo água de vasos, que são interpretadas possivelmente como alegorias da luta da alma em busca do Reino dos Céus, e a água dos vasos pode ser um símbolo do baptismo. O tema das pombas e da água era comum em contextos fúnebres e baptismais do cristianismo primitivo. Na parte superior às janelas há um motivo dourado de concha que dá uma impressão de espaço tridimensional para as cenas abaixo, contendo ainda adornos em forma de pérolas e uma pomba, que representa o Espírito Santo. As áreas são delimitadas com faixas de motivos abstractos e ramos de videira entrelaçados, em tons de azul, branco e ouro.
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