Foi também Hefesto que com o seu machado abriu o cranio de Zeus ( o que provavelmente lhe terá dado algum prazer), para que a deusa Atena pudesse nascer, depois de o rei dos deuses se ter queixado de uma horrível dor de cabeça. A sua melhor obra foi, no entanto, a criação da primeira mulher, Pandora, que ele modelou em argila, a pedido de seu pai. Era tão bela, que podia rivalizar com as deusas do Olimpo!
Hefesto era geralmente representado encostado a uma bigorna, com um martelo numa mão e uma tenaz na outra, e com um boné ponteagudo na cabeça. Construiu para si um palácio magnifico em bronze assim como servos mecânicos para o servirem, os quais poderemos considerar como os antepassados dos modernos robots…
Tinha vários templos no Egipto, na Grécia e em Roma. No Hefestión, o seu templo em Atenas, organizavam-se corridas em sua honra, onde os atletas corriam levando tochas acesas, que não poderiam deixar apagar. O corredor a quem isso acontecesse, teria de sair da arena.
Em Roma, as Vulcanais duravam oito dias, acendendo-se fogos em vários pontos da cidade, e o seu templo estava perto do Circo Flamínio, inaugurado cerca de 215 a.C. Parte do armamento tomado ao inimigo era-lhe dedicado e o leão era-lhe consagrado, porque este animal quando está zangado, parece deitar fogo pelos olhos.
Apesar de coxo, feio e disforme, só se ligou a belas mulheres…Depois de se divorciar de Afrodite devido às suas inúmeras infidelidades e de quem não teve descendencia, casou com Aglaia, a mais jovem das Três Graças, de quem teve quatro filhos. Além destas duas beldades, teve várias ligações amorosas das quais teve também descendentes, entre eles, o ladrão Perifetes e Palemónio, um dos Argonautas.
Apesar de o metal já ser conhecido, o Forno, o Fole, a Bigorna, o Martelo, a técnica de Fusão e tratamento do Ferro revolucionaram o uso dos metais, possibilitando o surgimento da Metalurgia, com a qual o homem passou a produzir a própria matéria de que serão feitas Ferramentas. O Ferreiro passou a ser o mestre e o fabricante de ferramentas e armas, adquirindo, em todos os povos que dominavam a Metalurgia, um papel de destaque. Aparecem então os deuses ferreiros que usam o martelo, a bigorna ou mesmo o fogo, na forma de raio, para simbolizar o poder e a força. O culto a Hefesto parece ser originário do Médio Oriente, espalhando-se depois para a Europa, através da Grécia e Roma. Em Ugarit (actual Ras Shamra, a norte da Síria), o deus-artesão Kothar-Wa-Khasis parecia ser manco, defeito esse extensível tanto ao Hefesto grego e ao Vulcano romano, como a Weland ou Wayland, o deus ferreiro da mitologia nórdica.
Fontes: Historia Y Vida, nº 509
Magno, Albino Pereira – Mitologia
Deuses da Mitologia – Editorial Minerva
www. pt.wikipedia.org.
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