segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Elizabeth B. Browning


Elizabeth Barrett Browning
O mais belo poema de amor em língua inglesa,” How do I love thee?”, foi escrito por Elizabeth Barrett Browning, uma poetisa nascida na Inglaterra vitoriana em 1806 e falecida em Florença, Itália, em 1861.Era a mais velha de doze irmãos criados e educados em casa com todo o conforto e esmero, por um pai tirânico e extremamente ciumento, que os proibiu a todos de casar, deserdando aqueles que o fizeram. De saúde débil, mas com uma inteligência precoce, aliada à educação cuidada que recebeu, escreveu aos 11 anos o seu primeiro livro de poemas: A Batalha de Maratona. Dois anos depois sofre de uma doença nos pulmões que a obriga a tomar ópio, na forma de láudano, para o resto da sua vida e aos dezasseis cai de um cavalo lesionando-se na coluna vertebral. Falava várias línguas, traduziu clássicos do grego antigo, e aprendeu hebreu para poder ler a Biblia.
Em 1820 morre sua mãe e em 1836 a morte de seu irmão Edward, afogado num passeio de barco afectou-lhe tão profundamente a saúde já de si tão frágil, que esteve entre a vida e a morte. Durante cinco anos não saiu do seu quarto, permanecendo ali quase como uma inválida.
Não descurou no entanto a sua obra, combatendo através dela as injustiças sociais como a escravatura (The Runaway Slave at Pilgrim’s Point – 1849), o trabalho infantil (The Cry of Children), a opressão das mulheres (Aurora Leigh), e mais tarde com o marido escreveu sobre a unificação da Itália, de que eram fervorosos adeptos (As Janelas da Casa Guidi).
Em 1846, completamente apaixonada pelo poeta Robert Browning, seis anos mais novo, mas um profundo admirador da sua obra, com quem namorou em segredo durante dois anos, foge de casa e depois do seu casamento vai morar para Florença com o marido, onde a sua saúde melhorou bastante. Foram 15 anos de um casamento feliz, nascendo-lhes durante este período, um filho, que seria mais tarde, pintor.
A sua obra mais importante foi “Aurora Leigh” (1857), um extenso poema narrativo em versos brancos, abrangendo nove volumes, dedicado a seu primo e amigo John Kenyon, Esq.,onde ela fala da condição feminina, recreando a infância e vida de uma poetisa, e dando a sua visão pessoal da Vida e da Arte.
Em 1845 começou a escrever uma série de poemas onde relata a sua própria história de amor, disfarçando-a depois com o título de Sonnets from the Portuguese (Sonetos Portugueses ou Sonetos do Português). A razão de assim se chamarem prende-se com facto de Elizabeth gostar imenso de Camões e achar que havia uma certa semelhança entre os seus poemas e também porque o seu marido a tratava carinhosamente por “my little portuguese”, dado Elizabeth ser bastante morena. Foram publicados em 1850.
Em 1860 a sua saúde piorou, foi perdendo as forças e a 29 de Junho de 1861, morre calmamente nos braços do marido, enquanto este tentava alimentá-la.
A sua vida deu origem a um filme “The Barretts of the Wimpole Sreet”,sendo a última versão de 1957, com Jennifer Jones no papel de Elizabeth, Sir John Gielgud como seu pai e Bill Travers representando Robert Browning. Virginia Wolf inspirou-se no seu cãozinho, um cocker, para escrever o seu livro “Flush”.
É considerada a maior poetisa inglesa, estando as suas obras impregnadas de ternura e delicadeza aliadas a uma grande força moral e intelectual.
Obras:
An Essay on Mind and Other Poems ( Ensaio sobre a mente e outros poemas) – 1826
Prometheus Bond (Prometeu encadeado), tradução de Esquilo – 1835
The Seraphim and Other Poems (O Serafim e outros poemas) – 1838
The Cry of Children (O Lamento das Crianças), - 1841
Poems – 1844 – 2 volumes
Sonnets from the Portuguese (Sonetos Portugueses) – 1850
Casa Guildi Windows (As Janelas da Casa Guildi) – 1851
Aurora Leigh – 1857 – 9 volumes.
Poems before Congress (Poemas dantes do Congresso) – 1860

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