Poemas escritos por Elizabeth Barrett Browning (Biografia na mensagem anterior), onde ela descreve a evolução do seu amor pelo poeta Robert Browning, seu futuro marido, desde o momento que o conheceu. São 44 sonetos escritos entre 1845-1846, mas apenas publicados em 1850, incluídos nos 2 volumes de Poems, editados nessa altura.
Como a autora os achava demasiado íntimos para serem publicados, o marido, que a tratava por “my little portuguese” e sabia que ela era uma admiradora da lírica de Camões, sugeriu-lhe este título como disfarce.
Foram traduzidos para várias línguas, sendo a tradução abaixo apresentada do poeta e escritor brasileiro Manuel Bandeira.
Como a autora os achava demasiado íntimos para serem publicados, o marido, que a tratava por “my little portuguese” e sabia que ela era uma admiradora da lírica de Camões, sugeriu-lhe este título como disfarce.
Foram traduzidos para várias línguas, sendo a tradução abaixo apresentada do poeta e escritor brasileiro Manuel Bandeira.
Poema XLIII
HOW DO I LOVE THEE?
How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candlelight.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, - I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life! - and, if God choose,
I shall but love thee better after death.
Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingénua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
Elizabeth Barrett Browning
(Tradução de Manuel Bandeira)
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