Dizem que Santa Isabel
Rainha de Portugal
Montando branco corcel
Percorria o seu pinhal!
-“Ai do meu Esposo! Dizei!
Dizei-me, robles reais!
Meu Dinis! Senhor meu Rei!
Em que braços suspirais?!...
Os robles silenciosos
Do vasto Pinhal do Rei
Responderam receosos
– Não sei!...
E o pranto da Rainha
Nas suas faces rolava,
Regando a erva daninha
No pobre chão que pisava!
– “ Ó meu Pinhal sonhador
Que o meu Rei semeou!
Dizei-me do meu Amor
E se por aqui passou...”
Os robles silenciosos
Do vasto Pinhal do Rei
Responderam receosos:
– Não sei !...
Mas cristalizou-se o pranto
Em muitas bagas branquinhas
E transformou-se num manto
De brilhantes camarinhas!...
Eis que repara a Rainha
Numa casa iluminada...
– “ Quem vela nesta casinha
Numa hora adiantada ?!...”
Os robles silenciosos
Tão tristes que nem eu sei,
Responderam receosos:
– O Rei!...
Afonso Lopes Vieira – “Onde a Terra se acaba e o Mar começa”
Rainha de Portugal
Montando branco corcel
Percorria o seu pinhal!
-“Ai do meu Esposo! Dizei!
Dizei-me, robles reais!
Meu Dinis! Senhor meu Rei!
Em que braços suspirais?!...
Os robles silenciosos
Do vasto Pinhal do Rei
Responderam receosos
– Não sei!...
E o pranto da Rainha
Nas suas faces rolava,
Regando a erva daninha
No pobre chão que pisava!
– “ Ó meu Pinhal sonhador
Que o meu Rei semeou!
Dizei-me do meu Amor
E se por aqui passou...”
Os robles silenciosos
Do vasto Pinhal do Rei
Responderam receosos:
– Não sei !...
Mas cristalizou-se o pranto
Em muitas bagas branquinhas
E transformou-se num manto
De brilhantes camarinhas!...
Eis que repara a Rainha
Numa casa iluminada...
– “ Quem vela nesta casinha
Numa hora adiantada ?!...”
Os robles silenciosos
Tão tristes que nem eu sei,
Responderam receosos:
– O Rei!...
Afonso Lopes Vieira – “Onde a Terra se acaba e o Mar começa”