UMA ROSA VERMELHA NO TRONO DE PORTUGAL
Nascida Philippa of Lancaster, em Leicester, Inglaterra, em 1360, D. Filipa de Lencastre era filha primogénita do Duque John de Gaunt, 1º duque de Lencastre por via de sua esposa a duquesa Blanche de Lancaster. Era por via paterna, neta do Rei Eduardo III de Inglaterra e irmã do futuro rei inglês Henrique IV, sendo portanto uma princesa da Casa Real Plantageneta. A rosa vermelha era o emblema da Casa de Lencastre.
Educada na Corte de seu pai, junto com os seus irmãos e meios-irmãos legítimos e ilegítimos, depois da morte de sua mãe, quando tinha nove anos de idade, D. Filipa teve por madrasta a princesa Constança de Castela, e por ama, Katherine Swinford, a própria amante de seu pai, que a impôs à esposa e com quem viria a casar, depois do falecimento desta.
Aos 18 anos, tinha recebido, juntamente com a sua irmã e a sua madrasta, a Ordem da Jarreteira.
Loura, de olhos azuis, não herdou da mãe a sua famosa beleza, tinha antes as feições dos Plantagenetas: o nariz comprido e afiado, as maçãs do rosto salientes, os olhos pequenos, um pouco perdidos em arcadas fundas e a boca marcada. Extremamente devota, quase fanática, tivera, como todas as grandes senhoras da época, uma educação profundamente católica, norteando-se toda a vida por normas rígidas e inflexíveis.
Aos 26 anos de idade e passada já a idade casadoira para a época, casa, no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo Castela-França, com D. João I, rei de Portugal, de 30 anos, filho bastardo de D. Pedro I, que pretendia com esta união, não só ajuda militar contra o rei de Castela, como também o reconhecimento pelas outras monarquias europeias, do seu direito ao trono português.
Efectuado no Porto, a 2 de Fevereiro de 1387, o casamento é ilegítimo até à chegada, em 1391, da bula papal “Divina Disponente”, que dispensa o noivo dos seus votos eclesiásticos, o que não o impediu de ter dois filhos bastardos, de quem a rainha tomou conta.
Embora sendo um casamento de conveniência, como todos, na altura, e apesar dos seus feitios completamente diferentes, foi uma união harmoniosa de que resultaram 8 filhos, seis dos quais sobreviveram. Quando o último nasceu, a rainha tinha cerca de 42 anos!
Estes numerosos filhos, que se notabilizaram na História portuguesa do sec XV, são conhecidos pela Ínclita Geração, na célebre expressão de Luís de Camões, e na MENSAGEM, de Fernando Pessoa.
Com o rei muitas vezes ausente em operações militares, a Rainha, que sabia ler e escrever e tinha tido uma educação esmerada, além de ser muito inteligente e decidida, foi, sempre que necessário, a representante do poder real. Mesmo quando o rei estava na corte, D. Filipa era chamada para assistir ao Conselho, onde dava a sua opinião. Por várias vezes acompanhou o marido em expedições bélicas, como na tomada de Melgaço em 1388.
Foi para acudir ao marido, que se encontrava muito doente, no Curval, que D. Filipa, em adiantado estado de gravidez, se pôs ao caminho, de Coimbra, para o acompanhar na doença, perdendo assim o primeiro filho que esperava.
A ela se deve, a reconstrução, entre outros, do Palácio de Sintra, sendo a responsável pelas chaminés cónicas, que são um dos emblemas do Paço, assim como da belíssima varanda do Paço do castelo de Leiria.
Mas nunca se desligou do seu mundo inglês… Os seus tesoureiros, chanceleres confessores e a maior parte das suas damas de companhia eram inglesas. Mantinha correspondência com os monarcas ingleses, seu primo Ricardo II e seu irmão Henrique IV, que a informavam de tudo o que se passava em Inglaterra. Das damas portuguesas que faziam parte da sua casa, a mais chegada era D. Beatriz Gonçalves de Moura, viúva do senhor de Leomil, que foi encarregada, quando D. Filipa chegou a Portugal, de iniciar a rainha nos costumes da terra “cá doutra guisa escusada fora”.
Nascida Philippa of Lancaster, em Leicester, Inglaterra, em 1360, D. Filipa de Lencastre era filha primogénita do Duque John de Gaunt, 1º duque de Lencastre por via de sua esposa a duquesa Blanche de Lancaster. Era por via paterna, neta do Rei Eduardo III de Inglaterra e irmã do futuro rei inglês Henrique IV, sendo portanto uma princesa da Casa Real Plantageneta. A rosa vermelha era o emblema da Casa de Lencastre.
Educada na Corte de seu pai, junto com os seus irmãos e meios-irmãos legítimos e ilegítimos, depois da morte de sua mãe, quando tinha nove anos de idade, D. Filipa teve por madrasta a princesa Constança de Castela, e por ama, Katherine Swinford, a própria amante de seu pai, que a impôs à esposa e com quem viria a casar, depois do falecimento desta.
Aos 18 anos, tinha recebido, juntamente com a sua irmã e a sua madrasta, a Ordem da Jarreteira.
Loura, de olhos azuis, não herdou da mãe a sua famosa beleza, tinha antes as feições dos Plantagenetas: o nariz comprido e afiado, as maçãs do rosto salientes, os olhos pequenos, um pouco perdidos em arcadas fundas e a boca marcada. Extremamente devota, quase fanática, tivera, como todas as grandes senhoras da época, uma educação profundamente católica, norteando-se toda a vida por normas rígidas e inflexíveis.
Aos 26 anos de idade e passada já a idade casadoira para a época, casa, no âmbito da Aliança Luso-Inglesa contra o eixo Castela-França, com D. João I, rei de Portugal, de 30 anos, filho bastardo de D. Pedro I, que pretendia com esta união, não só ajuda militar contra o rei de Castela, como também o reconhecimento pelas outras monarquias europeias, do seu direito ao trono português.
Efectuado no Porto, a 2 de Fevereiro de 1387, o casamento é ilegítimo até à chegada, em 1391, da bula papal “Divina Disponente”, que dispensa o noivo dos seus votos eclesiásticos, o que não o impediu de ter dois filhos bastardos, de quem a rainha tomou conta.
Embora sendo um casamento de conveniência, como todos, na altura, e apesar dos seus feitios completamente diferentes, foi uma união harmoniosa de que resultaram 8 filhos, seis dos quais sobreviveram. Quando o último nasceu, a rainha tinha cerca de 42 anos!
Estes numerosos filhos, que se notabilizaram na História portuguesa do sec XV, são conhecidos pela Ínclita Geração, na célebre expressão de Luís de Camões, e na MENSAGEM, de Fernando Pessoa.
Com o rei muitas vezes ausente em operações militares, a Rainha, que sabia ler e escrever e tinha tido uma educação esmerada, além de ser muito inteligente e decidida, foi, sempre que necessário, a representante do poder real. Mesmo quando o rei estava na corte, D. Filipa era chamada para assistir ao Conselho, onde dava a sua opinião. Por várias vezes acompanhou o marido em expedições bélicas, como na tomada de Melgaço em 1388.
Foi para acudir ao marido, que se encontrava muito doente, no Curval, que D. Filipa, em adiantado estado de gravidez, se pôs ao caminho, de Coimbra, para o acompanhar na doença, perdendo assim o primeiro filho que esperava.
A ela se deve, a reconstrução, entre outros, do Palácio de Sintra, sendo a responsável pelas chaminés cónicas, que são um dos emblemas do Paço, assim como da belíssima varanda do Paço do castelo de Leiria.
Mas nunca se desligou do seu mundo inglês… Os seus tesoureiros, chanceleres confessores e a maior parte das suas damas de companhia eram inglesas. Mantinha correspondência com os monarcas ingleses, seu primo Ricardo II e seu irmão Henrique IV, que a informavam de tudo o que se passava em Inglaterra. Das damas portuguesas que faziam parte da sua casa, a mais chegada era D. Beatriz Gonçalves de Moura, viúva do senhor de Leomil, que foi encarregada, quando D. Filipa chegou a Portugal, de iniciar a rainha nos costumes da terra “cá doutra guisa escusada fora”.
Os filhos do mestre de Avis não eram bastardos mas sim filhos naturais, pois ele na altura da sua conceção nõ era casado.
ResponderEliminarde mapsguis@hotmail.com
Filipa e João não tiveram 8, mas nove filhos. A sua 7ª filha também morreu jovem, chamava-se Branca.
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