A 30 de Julho de 1890 era sepultado no cemitério de Auvers, perto de Paris, o pintor impressionista Vincent Van Gogh, vítima de um ferimento de bala, auto-infligido na tarde do dia 27 desse mês.
Em apenas 10 anos de actividade artística, tinha pintado cerca de 840 quadros a óleo e outros tantos desenhos e aguarelas! Por incrível que pareça, apenas conseguiu vender um único: La Vigne Rouge, em 1890, por 400 francos…Não poderia imaginar que hoje são considerados obras-primas e vendem-se por milhões!
“Para toda a gente sou uma nulidade; consideram-me um homem excêntrico e desagradável e, todavia, há em mim uma espécie de música calma e pura.”
Escrita em 1886 ao seu irmão Théo, mostra toda a solidão e amargura que o pintor sentia. Olhado com desconfiança pelos seus vizinhos a quem desagradava o seu feitio taciturno e insociável, Vincent Van Gogh nunca conseguiu integrar-se na sociedade a que pertencia. Pouca gente fez caso dele ou o tomou a sério.
Até mesmo o seu nascimento teve um certo dramatismo…Viu a luz do dia a 30 de Março de 1853, precisamente no mesmo dia em que no ano anterior, sua mãe tinha tido um nado-morto de quem ele herdou o nome: Vincent Willem.
Filho de Theodorus Van Gogh, um pastor protestante holandês e de sua mulher Anna Cornelia, Vincent teve mais cinco irmãos, mas só com dois deles manteve relações de amizade: Wilhelmina, nascida em 1862 e Theodorus, em 1857, que se tornou no seu amigo, confidente e apoio financeiro até à sua morte.
Incapaz de se sustentar economicamente, apesar dos vários empregos que teve, e dos quais desistia ou era despedido, até no amor foi infeliz. A sua paixão não correspondida por uma jovem ruiva, filha da sua senhoria, transformou-o num homem taciturno e melancólico. Mais tarde, a recusa veemente da sua prima Kee, recentemente viúva, ao seu pedido de casamento levou-o a um maior isolamento emocional.
No princípio de 1882 está em Haia e aí conhece Clasina Maria Hoornik, a quem ele chama de Sien, uma prostituta grávida e com uma filha pequena. Serve-lhe de modelo e de amante, mas a família, chocada com esta ligação, rejeita-o, apenas Theo se mantém do seu lado. Os problemas financeiros avolumam-se, e em fins de 1883, Sien volta à prostituição para se poder alimentar e aos filhos. O pintor, tendo de escolher entre a arte e a família, acaba com a ligação e desloca-se sozinho para Drente, mas não aguentando a solidão volta para casa dos pais, em Nuenen, mantendo-se por lá até 1885.
Neste período, conhece Margot Begemann com quem decide casar, mas como os progenitores de ambos se opõem, Margot tenta envenenar-se. A partir daí a vida em Nuenen torna-se-lhe difícil, e Van Gogh parte para Amsterdão e depois para Antuérpia, onde fica até aos primeiros meses de 1886, indo depois para Paris.
As frequentes discussões com seu pai, um homem de ideias rígidas e muito conservador, provocam-lhe, muitas vezes, depressões e pensamentos suicidas.
Deste período na Holanda, o seu quadro mais importante é “Os comedores de batatas”, que ele considerava uma das suas melhores obras.
Em apenas 10 anos de actividade artística, tinha pintado cerca de 840 quadros a óleo e outros tantos desenhos e aguarelas! Por incrível que pareça, apenas conseguiu vender um único: La Vigne Rouge, em 1890, por 400 francos…Não poderia imaginar que hoje são considerados obras-primas e vendem-se por milhões!
“Para toda a gente sou uma nulidade; consideram-me um homem excêntrico e desagradável e, todavia, há em mim uma espécie de música calma e pura.”
Escrita em 1886 ao seu irmão Théo, mostra toda a solidão e amargura que o pintor sentia. Olhado com desconfiança pelos seus vizinhos a quem desagradava o seu feitio taciturno e insociável, Vincent Van Gogh nunca conseguiu integrar-se na sociedade a que pertencia. Pouca gente fez caso dele ou o tomou a sério.
Até mesmo o seu nascimento teve um certo dramatismo…Viu a luz do dia a 30 de Março de 1853, precisamente no mesmo dia em que no ano anterior, sua mãe tinha tido um nado-morto de quem ele herdou o nome: Vincent Willem.
Filho de Theodorus Van Gogh, um pastor protestante holandês e de sua mulher Anna Cornelia, Vincent teve mais cinco irmãos, mas só com dois deles manteve relações de amizade: Wilhelmina, nascida em 1862 e Theodorus, em 1857, que se tornou no seu amigo, confidente e apoio financeiro até à sua morte.
Incapaz de se sustentar economicamente, apesar dos vários empregos que teve, e dos quais desistia ou era despedido, até no amor foi infeliz. A sua paixão não correspondida por uma jovem ruiva, filha da sua senhoria, transformou-o num homem taciturno e melancólico. Mais tarde, a recusa veemente da sua prima Kee, recentemente viúva, ao seu pedido de casamento levou-o a um maior isolamento emocional.
No princípio de 1882 está em Haia e aí conhece Clasina Maria Hoornik, a quem ele chama de Sien, uma prostituta grávida e com uma filha pequena. Serve-lhe de modelo e de amante, mas a família, chocada com esta ligação, rejeita-o, apenas Theo se mantém do seu lado. Os problemas financeiros avolumam-se, e em fins de 1883, Sien volta à prostituição para se poder alimentar e aos filhos. O pintor, tendo de escolher entre a arte e a família, acaba com a ligação e desloca-se sozinho para Drente, mas não aguentando a solidão volta para casa dos pais, em Nuenen, mantendo-se por lá até 1885.
Neste período, conhece Margot Begemann com quem decide casar, mas como os progenitores de ambos se opõem, Margot tenta envenenar-se. A partir daí a vida em Nuenen torna-se-lhe difícil, e Van Gogh parte para Amsterdão e depois para Antuérpia, onde fica até aos primeiros meses de 1886, indo depois para Paris.
As frequentes discussões com seu pai, um homem de ideias rígidas e muito conservador, provocam-lhe, muitas vezes, depressões e pensamentos suicidas.
Deste período na Holanda, o seu quadro mais importante é “Os comedores de batatas”, que ele considerava uma das suas melhores obras.
Sem comentários:
Enviar um comentário