Companheira
Quando pela noite, em meu frio leito,
Chamo alegres memórias de outra vida,
Uma figura etérea, dolorida
Inclina-se a cismar sobre o meu peito.
No suave mistério daquele jeito
Traz a sombra da morte diluída…
Ao tentar ler no seu olhar desfeito
Meigamente, me diz em voz sentida:
“A quem sofre o Presente amargurado,
Mirando-se no espelho do Passado
Eu venho a recordar-lhe por piedade
Os momentos vividos com ternura
Nos dias perfumados da ventura…”
- Quem és tu? Supliquei…
“Sou a Saudade”.
Mário Pissarra de Almeida
Chamo alegres memórias de outra vida,
Uma figura etérea, dolorida
Inclina-se a cismar sobre o meu peito.
No suave mistério daquele jeito
Traz a sombra da morte diluída…
Ao tentar ler no seu olhar desfeito
Meigamente, me diz em voz sentida:
“A quem sofre o Presente amargurado,
Mirando-se no espelho do Passado
Eu venho a recordar-lhe por piedade
Os momentos vividos com ternura
Nos dias perfumados da ventura…”
- Quem és tu? Supliquei…
“Sou a Saudade”.
Mário Pissarra de Almeida
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