domingo, 26 de dezembro de 2010

Tradições do Natal - II

A Missa do Galo

Celebrada em Roma na Basílica de Santa Maria Maior, desde o século V, na noite de 24 para 25 de Dezembro à meia-noite, conforme a tradição, era segundo S. Gregório Magno a comemoração do nascimento de Jesus no coração dos fiéis. Até ao sec. IV, a missa comemorativa do Natal celebrava-se durante o dia.
Quanto ao nome há várias versões: o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento do Menino e ficou com a missão de a anunciar ao mundo. Simbolicamente, o galo é o anunciador de um novo dia, de uma nova luz que afasta as trevas, associando-o a Jesus, “Luz do Mundo”.
Pode simbolizar o galo que cantou 3 vezes quando Pedro renegou o Senhor, na noite da Sua prisão, com medo de ser preso também, lembrando as fraquezas humanas.
Ou pode também ser pelo facto de que quando as pessoas voltavam para casa, depois da Missa, era já tarde, pela hora em que os galos cantavam.
Em algumas aldeias portuguesas havia o costume de se levar um galo para a missa; se ele cantasse, seria um bom ano de colheita, se o não fizesse, seria mau. Em aldeias espanholas de Toledo, os lavradores matavam um galo no dia 24 em memória do que cantou 3 vezes para S. Pedro, levando-o para a igreja à noite, a fim de ser distribuído pelos pobres.
As novas normas de higiene pública determinaram o fim de uma das tradições mais antigas de adoração, o beijo no pé ou na testa do Menino Jesus, que o sacerdote apresentava no fim da Missa.
A seguir, as famílias regressavam a casa para a ceia, indo depois as crianças para a cama dormir, porque o Pai Natal só descia pela chaminé a distribuir os presentes, depois de tudo em silêncio.

1881 ilustração de Thomas Nast , que, com Clement Clarke Moore , ajudou a criar a imagem moderna do Papai Noel

Pai Natal ou Santa Claus

S. Nicolau, bispo de Myra, na Lycia, província bizantina da Anatólia (hoje Demre, na Turquia), que viveu no séc. IV e ficou conhecido pela sua generosidade para com os pobres, principalmente as crianças, foi um dos inspiradores da figura do Pai Natal. Fala-se também de S. Basílio de Cesareia, festejado no 1º de Janeiro, data em que os gregos trocam presentes.
Em 1882, em Nova Iorque, um professor de literatura grega escreveu para os seus seis filhos, um poema chamado “Uma visita de S. Nicolau”, contribuindo assim para a lenda do Pai Natal. Nesse poema, ele viajava de trenó puxado por renas e entrava pela chaminé. Nessa altura, o bom do “velhinho”, ainda não tinha uma vestimenta muito bem definida, geralmente de cor marrom e uma coroa de azevinho na cabeça.
A fatiota branca e vermelha com que o conhecemos, foi-lhe dada pelo cartonista Thomas Nast, em 1886, na revista Harper’s Weeklys, edição especial de Natal. Esta figura foi reforçada pela campanha publicitária da Coca-Cola.
A lenda de entrar pela chaminé pode dever-se ao facto de que naquela época, as pessoas geralmente mandavam limpar as chaminés por esta altura, para que a boa sorte lhes entrasse em casa. Outra explicação vem da Finlândia, onde os antigos lapões que viviam nos igloos circulares, cobertos com peles de rena, faziam um buraco no tecto para poderem entrar em casa.
O Pai Natal reside na Lapónia, numa terra sempre gelada, na companhia de sua mulher, de elfos e duendes que fabricam e o ajudam a embalar as prendas. Ao princípio, ajudado pelo gnomo mais velho, ia entregar as prendas a pé, mas como cada vez havia mais casas para visitar e cada vez mais longe, os gnomos e elfos, construíram um trenó para ele se poder deslocar. O problema é que não havia quem o puxasse… Puseram então vários anúncios para os animais que quisessem o emprego, aparecendo vários interessados, mas só as renas cumpriram todos os requisitos.
O Pai Natal contratou então oito, sendo as únicas renas do mundo que sabem voar, mas como foi necessário entrar o Rodolfo, com o seu nariz vermelho para as orientar durante as tempestades (Rudolph, a Rena do Nariz Vermelho – filme de 1960), passaram a ser nove. Os seus nomes são: Corredora, Dançarina, Empinadora, Raposa, Cometa, Cupido, Trovão e Relâmpago.
Para quem lhe quiser escrever, a direcção é:
Santa Claus
FIN-96930 Arctic Circle
Rovaniemi - Finlândia
http://www.santaclausoffice.fi

Fontes: wikipedia.org
Tieleb.wordpress.com
Emule.com.br

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