quarta-feira, 20 de abril de 2011

A Semana Santa- I

Dado começaram hoje as celebrações mais conhecidas da Páscoa, vou adiar até segunda-feira as mensagens sobre o Panteão de Santa Engrácia, para poder falar da Semana Santa durante estes dias, começando com o dia de hoje, conhecido como Quarta-Feira de Trevas e continuando com Quinta-Feira de Endoenças, Sexta-Feira de Paixão, Sábado de Aleluia e Domingo de Ressurreição.
As celebrações da Páscoa começaram no Domingo passado, chamado de Domingo de Ramos, pois simboliza a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, para o início da sua Paixão.
Montado num burrinho, seguido pelos Apóstolos e por uma multidão que estendia as suas capas ou cortava ramos de árvores para atapetar o caminho que Jesus seguia, o Nazareno, humilde e sereno sua montada, ouvia os gritos de “Hossana ao filho de David” daquela gente que, passados cinco dias pediriam a sua Morte e a libertação de Barrabás.
Durante este período não devem ser celebrados os sacramentos do Baptismo e da Confirmação, pois a Igreja está de luto, preparando-se para a Morte do Senhor. Os sacerdotes vestem paramentos de cor roxos, suprimem-se alguns cantos de alegria como o “Glória” e o “Aleluia” e as imagens são tapadas com panos.
Na Missa lê-se a narrativa da Paixão segundo S. Mateus, e são benzidos os ramos de palmas, de alecrim ou de outras plantas que depois os fiéis levam para casa.
Segundo a tradição popular, estes ramos e velas trazidas da Missa, afastam os raios. Acendendo a vela benta e queimando o alecrim, desvia-se a tempestade, não esquecendo de orar a Santa Bárbara, padroeira das trovoadas.
O quadro abaixo, representando a Entrada de Jesus em Jerusalém, é da autoria de Jean Hippolyte Flandrin, pintor francês nascido em Lyon em 1803 e falecido em Roma em 1864.
Sempre que possível apresentarei quadros de pintores portugueses.
Para todos, uma Páscoa Feliz.

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